Governos africanos prestam apoio
à campanha da China em Xinjiang.
Governos de Burkina Faso, Congo e
Sudão elogiaram ‘sucesso’ da China em meio a denúncias de abusos contra uigures.
Os
governos de Burkina Faso,
Congo e Sudão elogiaram o “sucesso” das autoridades chinesas em “elevar o
padrão de vida” na província de Xinjiang, no oeste do
país. em um encontro diplomático em março deste ano. O governo chinês é acusado
de empreender um genocídio contra a população local, de maioria muçulmana e
origem turca.No movimento, as nações africanas rejeitaram as críticas
ocidentais à China. Segundo os embaixadores, denúncias de abusos e
sanções por violações aos direitos humanos, como é o caso dos EUA,
têm “segundas intenções”. A organização Human Rights
Watch vê com preocupação essa motivação dos líderes africanos
de compactuar com os abusos contra a população uigur. Denúncias apontam que a
minoria étnica é submetida a esterilizações e
trabalho forçado, além de maus tratos nos
campos de detenção. Essas estruturas que abrigam uigures se multiplicaram desde
2017. Em outra ocasião, os governos de Burkina Faso e Sudão defenderam as
políticas de Xinjiang ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Os
países apresentaram uma resolução para colocar o “racismo sistêmico nos EUA e
em todo mundo” sob escrutínio internacional como forma de desviar a atenção
dedicada aos chineses. A HRW questionou o motivo dos líderes do continente em
compactuarem com o governo chinês a encobrir graves violações de
direitos humanos contra a minoria étnica. “O evento pode ser diplomacia de
rotina, mas a disposição dos governos africanos de permanecer em silêncio sobre
a supressão de direitos de Beijing tem consequências no mundo real”, diz a
organização. Questão
econômica A HRW vê paralelos nas torturas,
desaparecimentos forçados e perseguição cultural dos uigures com o histórico de
violações na África. Apesar de os líderes africanos condenarem a indiferença de
outros países sobre os abusos e crises no continente, os benefícios econômicos
proporcionados pela China minam o compromisso dos governos com a assistência e cooperação
internacional independente de Beijing. “Os governos devem se
orientar e refletir sobre os princípios, normas e valores de liberdade e
igualdade estabelecidos na Carta da União Africana [documento de 2000 em defesa
dos direitos humanos no continente]”, afirmou a HRW.( Fonte A Referencia
Noticias Internacional)
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