Em
meio a hortaliças, ovos, frutas e verduras, o campo também produz literatura.
Ana Maria Cintra começou a escrever há 30 anos e, agora, lança livro
O universo da literatura é povoado por
inúmeros casos de sucesso, mas também apresenta, em paralelo, diversas
situações em que uma obra literária se revela um extenuante exercício marcado
pela paciência e pela superação de adversidades que só o escritor conhece
profundamente. A escritora anapolina Ana Maria Cintra realizou o sonho do
primeiro trabalho autoral, publicando a primeira parte de uma novela que
começou a escrever há três décadas. Neste período, conheceu de perto, as
enormes dificuldades encontradas no Brasil para a publicação de um livro. Sua
resiliência resultou no lançamento, em 03 de maio último, do romance “Sítio Boa
Esperança”, ADM Editora, 120 páginas e recebeu amigos, parentes e escritores,
para uma noite de autógrafos. O evento realizado na propriedade rural em que
mora com o marido e as duas filhas, na Fazenda Lagoa Formosa, região periférica
de Anápolis, foi marcado por muita emoção e também como um fato incomum junto à
comunidade campestre da localidade, cujas rotinas diárias estão ligadas à
produção de leite e derivados, além de outros produtos hortifrutigranjeiros. Segundo análise do editor Newton Rodrigues, a
qualidade do texto da escritora não se perdeu com o tempo e mostra-se
adequadamente atualizado. “É uma obra que remete a uma característica
folhetinesca muito em voga no século XVIII e que se estende até os anos de
1960. Também é uma composição de personagens com perfis discretos, texto bem
produzido, exigindo poucas adaptações ou ajustes”, destaca o editor.
A autora Ana Maria Barbosa Cintra Pereira é natural de Anápolis-GO. Filha de
José Barbosa Cintra e Vandelice Pereira Cintra, casada com Sérgio Dias Pereira
e mãe de Ana Carolina Cintra Dias e Ana Luíza Cintra Dias. Aos 18 anos de idade
começou a escrever a história que resultou neste primeiro livro, que terá
sequência compondo uma trilogia. Sempre foi uma jovem cheia de sonhos e
fantasias, algo muito próprio na juventude. As palavras foram preenchendo as
folhas brancas de um pequeno caderno, muito bem guardado até os dias de hoje. Participou
recentemente da coletânea “Celeiro Literário Brasiliense, Leia-me”, ao lado de
mais de 60 escritores com um bonito conto sobre a vida do falecido pai e do
avô. Também teve a participação destacada em livro da Academia Poética
Brasileira com três lindos poemas. A escritora escolheu a chácara onde reside,
para receber um grande número de pessoas, as quais considera como importantes
na sua formação pessoal e agora se tornam também seus leitores. Tem uma visão
muito íntima do universo literário quando afirma que “a literatura nos
impulsiona, nos atrai, nos diverte! Muitas vezes, faz com que nos desprendamos
do nosso eu interior e vivamos intensamente um personagem ao qual nos
assemelhamos”. Muita satisfeita com a presença de tantas pessoas que nunca
tinham participado de uma noite cultural, ela declarou que continua sendo a
mesma pessoa humilde e religiosa, que cuida da casa, da família e dos animais,
faz queijos e quitandas, mas, ao realizar o seu sonho, quer dar continuidade à
carreira literária. Já estão previstos mais quatro livros de sua autoria para
serem lançados nos próximos dois anos.( Fonte Jornal Contexto Noticias GO)