A interminável discussão sobre preservação ambiental persiste sem sinais de políticas eficazes. Grandes potências realizam encontros para propor soluções ecologicamente corretas, mas sem sucesso devido a interesses econômicos. A devastação das florestas e o desperdício de água potável são desafios urgentes.
Do que se sabe, o Brasil
ocupa o primeiro lugar em volume de água potável, com 5,661 bilhões de metros
cúbicos. Em seguida vêm Rússia, com 4,312 bilhões de metros cúbicos; Canadá,
com 2,850 bilhões de metros cúbicos, Estados Unidos, com 2,818 bilhões de
metros cúbicos e China, 2,813 bilhões de metros cúbicos. Mas, se o Brasil é o
campeão em reservas, é, também, o campeão em desperdício. Os menores índices de
desperdício de água potável no País estão em Goiás (28,3 por cento), Rio de
Janeiro (32 por cento) e Mato Grosso (33,2 por cento). Só que, apesar de
estarem abaixo do índice de perda nacional, esses estados, ainda, ficam acima
do ideal estipulado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento que
seria reduzir a perda para 25%. Todavia, a realidade vivida é outra. O País
perdeu 37,78% de toda a água potável antes de ela chegar às residências em
2022, o último levantamento oficial, com base no Censo Demográfico. É um volume
que, segundo o Instituto Trata Brasil, daria para abastecer o Estado do Rio
Grande do Sul (que experimenta os reflexos do desastre ecológico ocorrido a
partir do final de abril) por cinco anos. E, curiosamente, os gaúchos estão
entre os maiores desperdiçadores de água potável, com 40 por cento. O Amapá tem
perda de 71,14 por cento de suas águas, seguido pelo Acre, com 66,6 e Rondônia,
com 59,8 por cento. É um número escandaloso que remete ao desconforto das
populações e o chamado custo/benefício: os estados gastam fortunas com o tratamento
de uma água que não chega às torneiras dos domicílios. Ao se puxar para a
realidade doméstica, no caso Goiás e, particularmente, Anápolis, mesmo com os
recentes investimentos para se ampliar a oferta de água tratada nas torneiras,
a preocupação insiste, uma vez que a Cidade não para de crescer, as demandas
são, cada vez maiores e, ainda se desperdiça muita água no Município. Uma água
que tem ficado mais longe e mais cara. Os mais antigos hão de se lembrar que,
até a década de 70, a água que servia à região urbana, vinha da Represa
Fanstone, onde está o Central Parque “Onofre Quinan”, a pouco mais de dois
quilômetros da Praça Bom Jesus. Hoje, ela vem do Sistema Piancó, a dez
quilômetros da Estação de tratamento do Jardim das Américas. E, a previsão é de
que, em um futuro próximo, a captação deva ficar mais longe ainda, no município
de Abadiânia. Vai ficar mais caro. O sinal de alerta está aceso.( Fonte Jornal
Contexto Noticias)
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