Golpistas se utilizam de estratégias diversas para
enganar e roubar as vítimas, seja pela internet, seja presencialmente.
O ano de 2022 foi marcado por uma sequência de
golpes e, entre os principais, está o golpe do Pix. A ferramenta bancária que, desde 2020, permite
transferências de dinheiro sem a cobrança de taxas, também fez com que o número de
sequestros-relâmpagos no estado de São Paulo aumentasse. Nesse tipo de golpe, pessoas são enganadas por mensagens de
WhatsApp ou telefone e acabam fazendo transferências. Há casos em que
as vítimas são feitas reféns, o que causa trauma e pavor. Quem
utiliza as redes sociais e aplicativos de relacionamento deve se atentar aos golpes aplicados pela pessoa que está atrás da tela. Esse tipo de crime pode ocorrer em duas modalidades: na
primeira, o criminoso seduz a vítima após conhecê-la e, após os primeiros
encontros, mesmo sem tê-la conhecido pessoalmente, alega problemas financeiros
e pede empréstimos por transferências bancárias. Então, ele some com o
dinheiro. Na segunda, o sujeito é atraído para o encontro e, chegando ao local,
é sequestrado e forçado a transferir altas quantias para os golpistas. A
criatividade para realizar extorsões é tanta que, no início do ano,
consumidores registraram o golpe da fruta, principalmente no Mercadão de São Paulo. O local, que é um dos pontos turísticos mais conhecidos de
São Paulo, foi alvo de diversas denúncias por parte de consumidores que
praticamente foram obrigados pelos vendedores a comprar as frutas, diante de
ameaças, comportamentos agressivos e ofensivos ou ainda que pagaram valores
errados inseridos nas máquinas de cartão de crédito e débito. No golpe do 0800, também ocorrido com frequência neste ano, os enganadores enviam
um SMS para a vítima, dizendo que houve uma transação bancária de alto valor no
cartão de crédito dela, e junto da mensagem, há um link que a pessoa pode
acessar. Ao clicar no link, é aberto o aplicativo de chamadas do celular, com
um número 0800 na tela. Quando a vítima liga para esse número, do outro lado da
linha uma falsa atendente informa que é representante do banco e pega os dados
do cartão dela, que é usado pelos golpistas. Períodos de festas e
feriados acendem alertas para os golpes em aluguéis por
temporada. Já imaginou você alugar um imóvel, pagar o valor, e quando
chega ao local ele simplesmente não existe? A maior ocorrência desse tipo de
crime acontece com contratos estabelecidos entre a vítima e o golpista, sem
intermediários, mas também pode ocorrer por meio de aplicativos e sites.
Mais antigo e conhecido que os demais, o golpe do boa noite, Cinderela vitima frequentadores de festas, baladas e outros
eventos. As substâncias soníferas, discretamente postas em copos de vítimas,
não têm cheiro, sabor nem cor e não demoram a surtir efeito. Uma vez
desacordada, a pessoa tem seus pertences levados ou pode até ser sequestrada, a
depender do caso. No golpe do falso ingresso, a vítima faz o pagamento do valor por meio de um site
duvidoso, recebe o voucher com a confirmação da compra pelo email e somente no
momento do acesso ao evento descobre que o QR Code obtido não funciona. Um
grupo que simulava a venda de entradas para shows causou, em um só espetáculo,
um prejuízo de R$ 300 mil. Mais comum entre falsos entregadores de
aplicativo, o ‘golpe da maquininha’ é aplicado em outras circunstâncias, como
eventos abertos, e os golpistas se passam por vendedores ambulantes. Nesse
caso, a máquina utilizada para a compra por cartão está adulterada, seja no
visor do aparelho, seja no software. Assim, o valor cobrado é
significativamente superior ao que aparece na tela. Mensagens que
oferecem propostas de emprego com salários de R$