Senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo no
Senado, afirmou que a operação da PF é 'ataque frontal à democracia'.
O líder do governo no Senado, senador Carlos
Portinho (PL-RJ), disse nesta quinta-feira (15) que sugeriu ao PL que acione a
Justiça para garantir proteção a parlamentares, sobretudo os da legenda. O
comentário ocorre após o ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado o cumprimento de
mandados de busca e apreensão contra envolvidos em atos antidemocráticos.
A operação foi cumprida em oito estados e no Distrito Federal. Portinho citou
decisões judiciais anteriores que miravam parlamentares. Segundo ele, as
medidas do ministro do STF cerceiam a atividade legislativa e são "ataques
frontais à democracia". A ideia do líder do governo é entrar com pedido de
habeas corpus para impedir futuras ações do Supremo contra deputados e
senadores. Portinho também disse que as ações de Moraes são direcionadas aos
parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Agora é a hora
de pacificar e não de dobrar a aposta. Acho que o Judiciário tem uma
responsabilidade muito grande pelo que está acontecendo e pelo [caminho] que
está nos levando", afirmou. Além da medida de proteção preventiva,
o PL tem articulado a votação de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) com o
objetivo de barrar decisões monocráticas do Poder Judiciário, o que Portinho
chamou de "superpoderes". Os aliados de Bolsonaro querem aprovar um
requerimento de urgência para discutir a matéria. Operação da Polícia Federal A Polícia Federal
(PF) realizou nesta quinta-feira (15) uma operação contra suspeitos de
financiar protestos antidemocráticos no país após o resultado das eleições. São
81 mandados de busca e apreensão realizados em oito unidades da Federação
(Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo,
Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal). Os agentes cumprem os mandados
por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Os nomes dos alvos da
operação não foram divulgados. A ação é realizada contra pessoas e empresas
identificadas pelas forças federais e locais de segurança como financiadores
dos atos e bloqueios nas rodovias brasileiras. Desde o fim do segundo turno das
eleições, manifestantes contrários ao resultado têm fechado rodovias e acampam
em frente a quartéis das Forças Armadas em diversas cidades do país.Na última
segunda-feira (12), manifestantes protagonizaram atos de vandalismo em
Brasília, ao atear fogo em ônibus e carros e atacar prédios públicos — entre
eles uma delegacia — e comerciais. Apesar da depredação, ninguém foi preso.Os
manifestantes tentaram invadir o prédio da Polícia Federal depois que o
ministro determinou, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a
prisão de uma liderança indígena que participava das manifestações.( Fonte R 7
Noticias Brasília)
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