CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

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domingo, 16 de maio de 2021

VIDA NEWS- RELAÇÕES BILATERAIS ENTRE ESTADOS UNIDOS E TURQUIA

 

ARTIGO: Há espaço para um ‘reset’ nas relações de EUA e Turquia?.

Especialista vê relação entre os dois governos mais conturbada e causadora de crescentes prejuízos para ambas as partes.

As relações bilaterais entre Estados Unidos e Turquia atravessaram uma intensa deterioração nos últimos anos. Crises e antagonismos deram a tônica nas interações de ambos os países. No centro destas animosidades, estão divergências e interesses conflitantes em assuntos estratégicos tanto para Ancara quanto para Washington. Agora, porém, o advento de uma nova administração na Casa Branca fornece oportunidades para um reset. As tensões recentes refletem os rumos tomados pela política externa de cada país de 2008 para cá. Sob o comando de Erdogan, o governo turco assumiu um viés autonomista, de modo a suavizar o alinhamento ocidental e a diversificar os horizontes do engajamento externo. Nesse sentido, ocorre uma recalibragem da projeção internacional. Em vez da condição de potência intermediária, com pouco espaço para protagonismo, atribui-se à Turquia o papel de potência regional. Há duas consequências disto. Por um lado, significa a priorização da defesa dos interesses nacionais em detrimento de preferências coletivas. Naturalmente, essa postura cria pontos de tensão com seus aliados. Por outro, a adesão dessa abordagem também indica a regionalização da política externa. Do ponto de vista geopolítico, Ancara passa a enfatizar a projeção no Oriente Médio. A inflexão da política externa norte-americana decorre, por sua vez, das preferências adotadas pela administração Obama. O descontentamento da opinião pública, junto com as restrições orçamentárias, criou um ambiente doméstico pouco favorável a comportamentos ofensivos ao estilo praticado pelo governo de George W. Bush. Ou seja, há uma indisposição geral em se envolver em intervenções externas que demandem o estacionamento massivo de tropas e a alocação de recursos, como as ocorridas no Iraque e no Afeganistão. Sob essas circunstâncias, o democrata estabelece uma doutrina que gravita em torno do princípio “leading from behind”. Em termos práticos, Washington não abdica de sua proeminência, mas reduz seu engajamento no teatro global. Ocorre, então, uma reformulação da projeção estratégica em alguns cenários. O aspecto central disso é a delegação de tarefas e de responsabilidades a atores locais aliados dos Estados Unidos. Precária leitura do cenário Apesar de divergentes, essas trajetórias apresentam pontos de interseção. Um deles é a revolta na Síria. Naturalmente, os atores em tela delineiam suas respostas à crise em concordância com os vetores em voga na política externa de cada um deles. Embora a destituição de Bashar al-Assad tenha sido um objetivo comum, a evolução do conflito tornou suas agendas incompatíveis. À medida que ocorre a escalada da luta armada, não apenas Erdogan amplia seu envolvimento, mas também espera de Obama o mesmo comprometimento na derrubada do ditador. Essa expectativa indica, porém, uma leitura equivocada por parte das lideranças turcas a respeito do momento de inflexão da potência atlântica e, sobretudo, sua postura no tocante aos assuntos do Oriente Médio. Havia pouco espaço de manobra na política interna dos EUA para acomodar empreitadas militares, uma vez que a plataforma eleitoral do presidente democrata se pautara pelo fim das guerras na região. Os desentendimentos se intensificariam com a patronagem norte-americana aos curdos. Mesmo sendo coerente com o “leading from behind”, o expediente revela uma miopia estratégica, em que interesses a curto prazo (no caso, a derrota do ISIS) preponderam acima do risco de alienar um importante aliado no Oriente Médio.A autonomia perseguida por Erdogan criou condições para que, diante de tais constrangimentos, seu país pudesse preservar seus interesses em vez de ter uma conduta passiva. O custo disso, da perspectiva estadunidense, é uma fragilização da aderência de Ancara ao arranjo euro-atlântico. Em outras palavras, a Turquia se desprende da órbita de Washington. Ainda que esse processo não signifique, de modo algum, uma ruptura formal, com uma eventual saída da OTAN, por exemplo, ele representa uma mudança substancial na postura da Turquia, tendo em vista a disposição de seus líderes em confrontar seu aliado. Em termos concretos, constatam-se esforços para balancear o comportamento norte-americano, que culminam no alinhamento estratégico com a Rússia. Da perspectiva de Ancara, o ônus dessa postura assertiva se manifesta nas tentativas de Washington de penalizá-la por aquilo que pode ser considerado uma defecção. Observa-se, então, a mobilização de instrumentos coercitivos para elevar os custos da transgressão. Nesse sentido, uma das primeiras medidas implementadas se trata da expulsão dos turcos do programa de desenvolvimento dos jatos F-35, em 2019. No ano seguinte, o Congresso norte-americano acionou o dispositivo legal CAATS (Countering America’s Adversaries Through Sactions Act) para impor sanções contra o governo turco pela compra do sistema S-400 da Rússia. Escolhas difíceis para BidenCom o novo ocupante da Casa Branca, emerge o questionamento: é possível que as relações melhorem, ou continuem em sua tendência de debilitação? Fica evidente que o padrão de interação até aqui gera prejuízos para ambas as partes. Em um momento em que a política internacional se define pelo retorno da competição entre as grandes potências, a perda de um aliado de longa data não adiciona qualquer incremento à posição dos Estados Unidos, em uma região tão vital a seus interesses como o Oriente Médio.Na verdade, os decisores norte-americanos deveriam evitar fissuras em sua rede de alianças. Do contrário, abrem flancos que os adversários podem facilmente explorar para cooptar parceiros. Tampouco é totalmente proveitoso para Ancara uma ruptura com a grande potência atlântica. Embora a aproximação junto à Rússia tenha resultado em ganhos táticos, principalmente, no contexto da Guerra da Síria, a colaboração não está longe de ser vantajosa. Se, por um lado, Erdogan conseguiu aliviar as pressões de Moscou, por outro, tornou-se ainda mais seu refém.Diante desse cenário, há espaço para resetar as relações? Certamente sim, mas as dificuldades abundam. É necessário boa vontade e concessões, o que torna esse resultado pouco provável. Do lado turco, prevalecem ressentimento e suspeitas. E com razão, pois não há nenhum sinal da administração Biden de ajustar sua cooperação com os curdos para acomodar as demandas de Ancara. Além do mais, ainda que assuma uma conduta pragmática, o viés normativo da política externa de Biden – que dentre outras coisas, prioriza a agenda democrática – complica o diálogo com Erdogan, dado seu autoritarismo e o desmantelamento das instituições pluralistas na Turquia.À luz disso, as escolhas de Biden transitam entre encapar a bandeira dos direitos humanos, mas arriscar um maior alienamento das lideranças em Ancara, e/ou fazer vista grossa ao histórico autoritário e buscar a reabilitação das relações bilaterais. Em um cenário em que a segunda opção fosse selecionada, porém, seu êxito seria incerto, em face das amarras impostas por decisões passadas de Erdogan. O reatamento das boas relações com a Casa Branca poderia reverberar de forma negativa sob os vínculos com a Rússia. Dificilmente o Kremlin não enxergaria nisso algum tipo de ameaça a seus interesses e agiria para minar as posições turcas no Mar Negro, no Cáucaso e no Oriente Médio. Em suma, o grande desafio para ambos os lados é contornar os trade-offs envolvidos. Independentemente disso, alcançar um modus vivendi em que os interesses de ambos sejam servidos é imperioso.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

VIDA NEWS- RESERVAS CAMBIAIS CAI PARA O NÍVEL MAIS BAIXO EM 25 ANOS

 

ARTIGO: Dólar nas reservas cambiais mundiais cai para nível mais baixo em 25 anos.

Bancos centrais de países como China e Rússia têm se movimentado para diversificar cesta de moedas nos últimos anos.

A participação do dólar nas reservas mantidas pelos bancos centrais caiu para 59% — o nível mais baixo em 25 anos — durante o último trimestre de 2020, de acordo com o levantamento do FMI sobre a Composição em Moedas das Reservas Cambiais Oficiais (COFER). Alguns analistas apontam que isso reflete, em parte, o declínio da importância do dólar na economia mundial diante da concorrência de outras moedas usadas pelos bancos centrais em transações internacionais. Se as mudanças nas reservas dos bancos centrais forem suficientemente grandes, podem afetar os mercados de câmbio e de títulos.Nosso Gráfico da Semana analisa os dados recém-publicados com base numa perspectiva de longo prazo. Mostra que a participação dos ativos em dólar nas reservas dos bancos centrais caiu 12 pontos percentuais, de 71% para 59%, desde o lançamento do euro em 1999 (painel superior), embora com flutuações sensíveis ao longo desse período (linha azul). A participação do euro desde então flutuou em torno de 20%, enquanto a participação de outras moedas, como o dólar australiano, o dólar canadense e o renminbi chinês, subiu para 9% no quarto trimestre.As flutuações cambiais podem ter um impacto importante na composição em moedas das carteiras de reservas dos bancos centrais. Variações nos valores relativos de diferentes títulos públicos também podem ter um impacto, embora esse efeito tenderia a ser menor, pois os rendimentos dos títulos das principais moedas costumam oscilar em conjunto. Durante períodos de desvalorização do dólar frente às principais moedas, a participação da moeda norte-americana nas reservas mundiais de modo geral diminui, pois o valor em dólar das reservas denominadas em outras moedas aumenta (e vice‑versa em períodos de valorização do dólar). Por sua vez, as taxas de câmbio em relação ao dólar podem ser influenciadas por vários fatores, como trajetórias econômicas divergentes entre os Estados Unidos e outras economias, diferenças nas políticas monetária e fiscal, bem como a compra e venda de divisas pelos bancos centrais. O painel inferior mostra que o valor do dólar em relação às principais moedas (linha preta) manteve-se praticamente inalterado nas duas últimas décadas. Contudo, houve flutuações significativas nesse intervalo, o que pode explicar cerca de 80% da variância de curto prazo (trimestral) da participação do dólar nas reservas mundiais desde 1999. Os 20% restantes da variância de curto prazo podem ser explicados, sobretudo, pelas decisões ativas de compra e venda pelos bancos centrais para apoiar suas próprias moedas.Voltando as atenções para o ano passado, após contabilizarmos o impacto das oscilações das taxas de câmbio (linha laranja), vemos que a participação do dólar nas reservas se manteve de modo geral constante. No entanto, em uma visão de mais longo prazo, o fato de que o valor do dólar tem permanecido praticamente inalterado, enquanto a participação da moeda norte-americana nas reservas mundiais tem diminuído, indica que os bancos centrais de fato têm se afastado gradativamente do dólar.Alguns preveem que a participação do dólar nas reservas mundiais continue a cair à medida que os bancos centrais das economias de mercados emergentes e em desenvolvimento procurem diversificar ainda mais a composição em moedas de suas reservas. Alguns países, como a Rússia, já anunciaram sua intenção de fazê-lo.Apesar das grandes transformações estruturais no sistema monetário internacional nas últimas seis décadas, o dólar continua a ser a moeda de reserva internacional dominante, mas eventuais mudanças na situação do dólar devem ocorrer no longo prazo.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

VIDA NEWS- GERAÇÃO CONHECIDA COMO NEM-NEM TOTALIZA 766 MIL PESSOAS

 

Falta de trabalho formal e estudo afetam 30% dos jovens em SP.

Geração conhecida como Nem-Nem totaliza 766 mil pessoas na capital e quer oportunidades para inclusão produtiva nas periferias.

"Eu parei de estudar no ensino médio. Minha mãe ficou doente e criava a gente sozinha, na luta, com reciclagem. A gente sempre estava com ela para ter o que comer em casa. Quando fui ter estudo mesmo foi quando fomos para um abrigo. Meu marido, que tem 30 anos, parou na sexta série para poder trabalhar. Eu pretendo terminar os estudos, mas não sei como", lembra. Segundo ela, o maior preconceito enfrentado pelos jovens para conseguir trabalho é o fato de serem moradores da periferia. "Falta de capacitação, exigem experiência, mas nem todos tiveram oportunidades. Às vezes o trabalho é muito longe. A gente sente na pele e os olhares falam muito", ressalta.Ensinos profissionalizantes são opções mais viáveis: 80% dos estudantes do ensino técnico de 14 a 18 anos vêm de famílias com renda de até 5 salários mínimos. No entanto, apenas 8% dos jovens se formam nessa modalidade.  A inclusão produtiva dos jovens-potência significa retornos financeiros à cidade, com a redução do custo da evasão escolar e arrecadação de impostos. Segundo pesquisa Accenture, a inclusão pode somar até 0,3% ao PIB (Produto Interno Bruto) de São Paulo, o que representa R$ 2 bilhões. Exclusão digital A pandemia trouxe ainda mais problemas à família de Rute Franciele de Lima. O marido faz bicos como ajudante de pedreiro, mas não tem renda fixa. Eles recebem auxílio emergencial enquanto as crianças estudam em casa. "Tão tendo aula por celular, mas a conexão é ruim. Eles estão em séries diferentes, no mesmo horário, e só tem um celular. Fica complicado. Não tem uma estrutura boa para estar com as crianças em casa. Tem que pegar no pé para eles terem o que a gente não teve: o estudo", diz Rute. De acordo com a pesquisa feita pelo GOYN para implantação do projeto na cidade de São Paulo, a exclusão digital está diretamente relacionada à desigualdade social. Ermelino Matarazzo e São Mateus, na zona leste, tinham menos de 60% da população conectada à internet em 2017. Na Grande São Paulo, 825 mil moradias em situação de alta vulnerabilidade não possuem banda larga fixa. Também 26% da população da região metropolitana usa a internet apenas via celular e 9% dos estudantes sequer possuem acesso.Para resolver definitivamente o problema da conectividade, precisaria haver uma política pública. Na ausência de um projeto de fôlego, iniciativas são testadas antes de se tornarem programas em larga escala. Uma delas é a periferia digital."Os jovens estão alheios à discussão, não estão conectados, num momento em que se fala de indústria 4.0. A ideia são jovens, mentores, que são remunerados por isso, que mostram a outros jovens onde encontrar a conexão: é o letramento digital nas periferias", conta Gabriella Bighetti. Em 2019, cinco das oito profissões com maior oferta de vagas estavam relacionadas ao mercado digital. Ponto fora da curva Lucas Viana Gregório tem 20 anos, cursa Letras na USP e se considera um ponto fora da curva quando olha para os outros jovens da periferia. Ele mora em Taboão da Serra, no limite com o bairro do Campo Limpo, na zona sul."Passei na ETEC Paraisópolis, as aulas começavam às 7h, mas eu saía 5h30. De carro, seriam 20 minutos, mas de ônibus era 1h30. Consegui fazer um cursinho online noturno para o vestibular e passei na USP pelo SISU [Sistema de Seleção Unificada]. Sou privilegiado. Muitos colegas abandonam as escolas por falta de incentivo", afirma.Ele mora com os pais e, na pandemia, o pai perdeu emprego e passou a trabalhar como motorista de aplicativo. Em junho, Lucas descobriu o edital do GOYN, passou no processo seletivo para o Núcleo Jovem e recebe uma bolsa como assistente de projetos.O universitário reconhece muitos desafios que encontrou no percurso, entre eles os longos deslocamentos entre a periferia e o centro da cidade, a conectividade ruim de internet se não for um pacote pago e o pouco acesso a espaços de lazer e esporte."Consegui fazer muita coisa que os outros jovens não fizeram. É difícil ter acesso a oportunidades, a condução é cara e o bilhete não dá para fazer toda a viagem, os trajetos são longos. Mas há um contexto por trás. Muitos não têm apoio familiar, as escolas não provocam o interesse dos alunos, às vezes não tinha aula, com a pandemia, as escolas fecharam. Tem muitos jovens caminhando na direção contrária de serem potência", destaca.Lucas não concorda que os jovens sejam culpabilizados. "Nem trabalha nem estuda. Os jovens não são os culpados, eles não foram incentivados a mudar. Como diz a música, o jovem no Brasil não é levado a sério. São vítimas de um sistema que não incentiva a pensar no futuro. A parcela maior de culpa é do Estado, mas vamos tentar resolver junto", garante.Outros desafios Outros dois desafios à juventude periférica identificados pelo levantamento são o racismo estrutural e a crise laboral.  Os jovens negros têm menos escolaridade que os brancos: 34,3% entre 18 e 20 anos e 44,1% das mulheres negras completam o ensino médio em São Paulo. Na comparação, 62,6% das mulheres brancas e 53,7% dos homens terminam o ciclo nos colégios. Consequentemente, a renda de pessoas brancas é quase três vezes maior. Apenas 4,7% dos executivos das empresas brasileiras são negros. Já nos cargos funcionais, 35,7% dos trabalhadores são negros. As mulheres são as mais excluídas produtivamente. Nos últimos anos, o desemprego aumentou entre os jovens de 18 a 24 anos, chegando a 29,7% no segundo trimestre de 2020. Durante a pandemia, 80% das famílias nas favelas de todo o país passaram a sobreviver com menos da metade da renda que costumavam ter. Neste período, empresas suspenderam 52% dos contratos de jovens aprendizes. "Fui jovem aprendiz numa empresa em 2019. Seria na área administrativa, mas fiquei no almoxarifado. Me deram responsabilidades que não condiziam com o cargo, mas fiquei porque precisava do dinheiro", lembra Lucas Gregório. Em 2019, São Paulo registrou mais de 700 mil MEIs (Microempreendedores Individuais), sendo que 168 mil tinham menos de 30 anos.  Na práticaUm dos parceiros do GOYN é a Fundação Tide Setubal, com forte atuação no Jardim Lapena, no extremo leste de São Paulo. Sauanne Bispo é coordenadora de Nova Economia e Desenvolvimento Territorial do projeto e conta que 70% dos funcionários da instituição têm vivência na periferia, em todos os níveis hierárquicos. "É uma maneira inteligente de impacto nos territórios, sem achismos, com prática na escuta ativa dos moradores, buscando meios de tornar realizáveis as demandas. Nossa missão é a justiça social e o desenvolvimento para enfrentamento das desigualdades", explica. Uma das formas de auxílio à população são os programas de aceleração, com incentivo a negócios que possam ser aplicados na região, e a capacitação de jovens entre 16 e 25 anos, com remuneração, porque muitos precisam ter renda. Por 4 a 6h de trabalho na semana, podem receber entre R$ 500 e 700.Só neste ano, Sauanne já analisou 180 negócios de impacto sobre empreendedorismo periférico, sendo que 37 conduzidos por mulheres negras."Não criamos iniciativas, apoiamos. Disponibilizamos o capital-semente porque negócios na periferia tendem a fechar em menos de três anos. Precisa de dinheiro, não é só ajuda na gestão. Um apoio para dar fôlego porque, para muitos, é o sustento familiar", destaca a coordenadora. A fundação criou o Galpão ZL, que fica no Jardim Lapena, e oferece atividades gratuitas na área de educação, cultura, esporte, culinária, empreendedorismo e atendimento às demandas sociais, com foco na geração de renda."O limitador é o abismo social gerado pelo racismo. Desigualdade impede o acesso à educação. O Brasil está entre os 10 países mais desiguais do mundo. O jovem não vê semelhantes ocupando espaços e acaba ficando estagnado", diz Sauanne Bispo.Ela mesma conta que nasceu na periferia de Salvador (Bahia), é negra, mulher e nordestina. Aos 17 anos, entrou na UFBA (Universidade Federal da Bahia) e se formou em estatística. Hoje tem 35 anos e há 2 veio para São Paulo."Nunca me imaginei colocando currículo em banco. Meu grande feito seria ensinar estatística na faculdade. Mas recebi proposta até da Bolsa de Valores de São Paulo. Outros não têm oportunidades ou não veem possibilidades. Minha filha de 3 anos já nasceu com outras referências", conta Sauanne.  A diretora executiva da United Way Brasil ressalta que os problemas da juventude são complexos, por isso precisam ser enfrentados de forma conjunta e organizada."Queremos a inclusão produtiva, que os jovens cresçam, tenham carreiras, uma vida digna e próspera. Não é só empregabilidade. Soluções sistêmicas não elencam prioridades, tudo está interligado. Não são desafios que uma entidade dê conta sozinha, mas sim uma rede. Trabalhar de forma colaborativa não é fácil, mas vamos mais longe, mesmo que mais devagar", conclui Gabriella Bighetti. ( Fonte R 7 Noticias Brasil)

 

 

VIDA NEWS- FALTA DE TRABALHO FORMAL E ESTUDO AFETAM 30% DOS JOVENS EM SÃO PAULO

 

Falta de trabalho formal e estudo afetam 30% dos jovens em SP.

Geração conhecida como Nem-Nem totaliza 766 mil pessoas na capital e quer oportunidades para inclusão produtiva nas periferias.

A cidade de São Paulo tem 2,57 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos de idade. Quase 30% delas estão em situação de vulnerabilidade social. São mais de 766 mil jovens sem oportunidade de estudo ou emprego formal. Os que já foram chamados de geração Nem-Nem agora querem ser vistos como jovens-potência à procura de oportunidades para superar o racismo estrutural, a evasão escolar, a falta de trabalho e a exclusão digital na periferia da maior metrópole do país."Parte do problema é como a sociedade olha para o jovem que mora na periferia, de forma negativa, que vai chegar atrasado e cansado no trabalho porque mora longe. Mas são jovens resilientes, criativos e com habilidades socioemocionais. São potências enormes. Em geral, escolhemos olhar para o lado que falta e não para o que abunda", afirma Gabriella Bighetti, diretora executiva da United Way Brasil, articuladora do GOYN.. A missão do GOYN (Global Opportunity Youth Network) São Paulo é impactar a vida de 100 mil jovens da periferia até 2030 por meio de parcerias com empresas e a sociedade civil para criar soluções estruturais aos desafios enfrentados pela juventude e combater a desigualdade de raça e gênero. "Que a gente da periferia seja regra e não exceção, para que a gente não tenha que trabalhar o dobro para ganhar a metade", afirmam os jovens em um manifesto.A iniciativa foi criada nos Estados Unidos por uma organização internacional que tem recursos para ajudar populações vulneráveis. Já foi implantada em Bogotá (Colômbia) e Cidade do México, na América Latina. Em São Paulo, começou em 2020 e hoje soma 70 instituições parceiras. "O estudo, em parceria com a Accenture Brasil, foi o ponto de partida para pensar intervenções que gerem oportunidades para o jovem. Baseado em evidências, dados e voz ativa dos jovens, podemos direcionar os investimentos em projetos para mudanças sistêmicas, que se sustentam com o tempo, e não àqueles que enxugam gelo", ressalta a executiva da United Way. Na capital paulista, 70% dos jovens vivem nos extremos das zonas sul e leste, em áreas como Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, São Mateus, São Miguel, Campo Limpo, Capela do Socorro, Cidade Ademar, M’Boi Mirim, Parelheiros e Santo Amaro. A maioria são mulheres e negros (53%). Alana Gonçalves Vieira tem 24 anos e vive em Ermelino Matarazzo, na zona leste, em uma casa com a mãe e duas irmãs. Desde que se formou no ensino médio em 2014, só teve uma experiência de emprego por três meses com telemarketing."O mais difícil é conseguir emprego. Não dão oportunidade para quem não tem experiência e treinamento. Vivo da renda familiar. Minha mãe é pensionista. Mas tenho amigos com faculdade, mestrado, que também não conseguiram colocação no mercado", conta.O índice de desemprego entre os jovens da cidade de São Paulo é de 35%. Quase o dobro quando comparado ao da população total (16%).Alana sonha em conseguir um trabalho para estudar psicologia. Sem uma renda garantida, não tem como pagar os livros, alimentação e transporte, mesmo que consiga uma bolsa de estudos. Hoje ela recebe um auxílio de R$ 300 e integra o projeto do GOYN, participa de reuniões com empresas e ajuda a propor soluções para juventude.Um dos problemas por ela relatados é a falta de entretenimento na periferia. Há uma pista de skate, onde os jovens se reúnem, mas em más condições de uso. "Fico desiludida, mas tenho esperança que as coisas vão mudar. Um dia o 'sim' vai vir. As coisas não são fáceis e nem vão ser. A gente aprende, tem vontade e quero despertar o outro também. O que falta na periferia é estímulo. O governo não dá a mesma oportunidade de quem mora no centro. As escolas não são as melhores e nem o emprego vai ser tão bom. Tinha que ter na periferia para ficar na periferia", enfatiza Alana. Evasão escolar A evasão escolar em São Paulo é alta e a pandemia agravou o problema. "Esse dado é muito preocupante porque 28% dos jovens que estavam matriculados no ensino médio não pretendem voltar para a escola. Temos que lidar com um desafio cada vez maior que é a evasão, enquanto o mercado de trabalho exige cada dia mais habilidades", explica Gabriella Bighetti. De acordo com levantamento do GOYN, dentre os jovens de 15 a 29 anos na capital, 26% não completaram o ensino fundamental, 24% saíram antes de concluir o ensino médio e apenas 13% têm ensino superior. A situação é mais grave nos extremos das regiões leste e sul, onde menos de 35% terminaram o ensino fundamental e apenas 4% concluíram o ensino superior. Um dos motivos para o abandono da escola é a questão financeira. Muitos precisam trabalhar para sobreviver. Foi o caso de Rute Franciele de Lima, de 27 anos, que foi criada na comunidade da Ilha, no Jardim Elba, na zona leste de São Paulo. Ela está há 9 anos com o marido e tem dois filhos, de 9 e 7 anos. Há dois, mora em um barraco numa invasão do Jardim Santo André porque não tem mais condições de pagar aluguel. "Eu parei de estudar no ensino médio. Minha mãe ficou doente e criava a gente sozinha, na luta, com reciclagem. A gente sempre estava com ela para ter o que comer em casa. Quando fui ter estudo mesmo foi quando fomos para um abrigo. Meu marido, que tem 30 anos, parou na sexta série para poder trabalhar. Eu pretendo terminar os estudos, mas não sei como", lembra.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

 

VIDA NEWS- BRUNO COVAS PERMANECE INTERNADO ESTADO GRAVE

 

Bruno Covas permanece internado em estado grave na capital paulista.

Amigos estiveram no hospital Sírio-Libanês durante todo o sábado para consolar familiares do prefeito licenciado de São Paulo.

O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), segue sedado e internado no hospital Sírio-Libanês, no centro da capital paulista. Não houve nenhum novo boletim médico desde o publicado na noite da última sexta-feira (14), quando foi informado que seu quadro é irreversível. Durante todo o dia de sábado (15), amigos e pessoas que trabalhavam com Covas estiveram no Sírio-Libanês para consolar familiares do prefeito. No fim da noite, um ato ecumênico, com diversos líderes religiosos, foi realizado por quase 30 minutos em frente ao hospital. O ato foi organizado pelo Núcleo Interreligioso do PSDB. Internado desde o dia 2 de maio para tratamento do câncer no sistema digestivo com metástase nos ossos e no fígado, Covas apresentou piora do estado de saúde no início da noite da sexta-feira (14). O prefeito de São Paulo em exercício, Ricardo Nunes, e o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, se mostraram bastante emocionados ao comentar o estado de saúde de Covas durante evento do Dia D da Vacinação contra a Influenza. "É o que ele sempre nos orientou, que a cidade não parasse, que a equipe permanecesse coesa, que continue seguindo as orientações do prefeito. Não existe melhor homenagem do que continuar trabalhando", afirmou Ricardo Nunes.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

VIDA NEWS- MORRE AOS 87 ANOS ATRIZ EVA WILMA EM SÃO PAULO

 


Eva Wilma morre aos 87 anos, em São Paulo 

Atriz havia sido internada no dia 10 de janeiro com um quadro de pneumonia e descobriu um câncer de ovário.

Morreu na noite deste sábado (15), aos 87 anos, a atriz Eva Wilma. A informação foi confirmada por seu assessor. Ela foi vítima de um câncer no ovário descoberto recentemente. Eva estava internada no Hospital Israelita Albert EinsteinEva foi internada em 10 de janeiro com um quadro de pneumonia. Na época, foi submetida a um teste de covid-19, que deu negativo. Dias depois foi descoberto o câncer no ovário. A atriz já havia tido problemas respiratórios no passado. Em 2016, ela sofreu uma embolia pulmonar. Após passar por um tratamento de três semanas, ela se recuperou. De família de origem alemã, Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini nasceu em 14 de dezembro de 1933, em São Paulo. TRAJETÓRIA A arte faz da vida de Eva desde pequena. Aos 14 anos, ela já atuava como bailarina clássica.Da dança, ela começou a ter oportunidade no teatro, participando de inúmeras peças. Logo no começo da carreira, fez clássicos como HamletEdipo ReiA Canção para Bernadette e Casa de Bonecas.No cinema, ela estreou em 1953 quando foi convidada pelo diretor italiano Luciano Salce para o filme Uma Pulga na Balança. Ela fez filmes como Assassinato em CopacabanaA SograO Quinto PoderA IlhaSão Paulo S/A, Asa Branca - Um Sonho BrasileiroO Signo da Cidade e A Guerra dos Vizinhos. Sua última produção nas telonas foi Minha Mãe, Minha Filha, de 2018 Ela estrou na TV ao participar do seriado Namorados de São Paulo, de Cassiano Gabus Mendes, na TV Tupo, de 1953. A produção foi então adaptada para se tornar Alô, Doçura!, inspirada no sucesso I Love Lucy. Eva se tornou protagonista com Mário Sérgio e, na sequência, o ator foi substituído por John Herbert. Eva e Herbert se casaram em 1955 e ficaram juntos até 1976. O casal teve dois filhos: Vivien e John  Herbert. O sucesso do seriado foi tanto que o casal se tornou um dos mais marcantes da época na TV brasileira.  Na Record, Eva fez ao lado do marido novelas como Comédia Carioca e Prisioneiro de um Sonho. Na década de 60, ela também fez papeis marcantes em produções como Ana Maria Meu amorFatalidade Angústia de Amar, novela baseada no filme O Que Aconteceu a Baby Jane?, e O Amor Tem Cara de Mulher, seriado pelo qual foi aclamada. Já na década de 70, fez sucessos como Meu Pé de Laranja Lima, interpretou as gêmeas Ruth e Raquel na primeira versão de Mulheres de Areia e viveu Dinah, também na primeira adaptação da novela A Viagem.Eva fez alguns trabalhos com o ator e diretor Carlos Zara, com quem se casaria em 1979. Eles ficaram juntos por 23 anos, até a morte de Zara em 2002. Em 1980, Eva Wilma foi contratada pela Globo, onde fez de cara novelas como Plumas e PaetêsElas por Elas e Ciranda de Pedra. Na década, fez trabalhos marcantes como Guerra dos Sexos, na qual viveu Bárbara Guerra, Sassaricando, novela em que interpretou Penélope Bacelar e Que Rei Sou Eu?, onde viveu a Marquesa D'Anjou.Nos anos 90, deu vida a um de seus papeis mais queridos, a vilã Maria Altiva, de A Indomada, com seu famoso bordão "Oxente, my god". Ela também fez novelas como O Rei do GadoHistória de Amor e Pátria Minha.Outro personagem marcante da atriz foi a Tia Íris, da novela Fina Estampa, em 2011. Já em 2014, ela chamou a atenção como a alcóolatra Fábia, de Verdades Secretas.A última novela de Eva foi O Tempo Não Para, de 2018, enquanto sua última aparição na TV foi na série Os Experientes, de 2019.No teatro, estrelou recentemente O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, ao lado de Nicette Bruno, que morreu de covid-19 em 2020. A montagem foi bastante elogiada. Eva foi premiada por sua atuação desde o início da carreira, colecionando prêmios em seus mais de 60 anos de sucesso. (Fonte R 7 Noticias Brasil)

 


VIDA NEWS- VIETNÃ UM FENÔMENO NO COMBAT Á COVID

 

Os números que fazem do Vietnã um fenômeno no combate à covid

Com mais de 100 milhões de pessoas, o país asiático não registra uma morte desde o início de setembro, há mais de 250 dias.

Com cerca de 100 milhões de habitantes, o Vietnã é o 15º país mais populoso do mundo, mas tem apenas a 39ª economia e um sistema de saúde considerado relativamente precário. O que explica, então, que a nação tenha registrado apenas 3,8 mil casos de contaminação pelo novo coronavírus ao longo de toda a pandemia e somente 35 mortes. Para se ter ideia, o último óbito por covid-19 registrado no país aconteceu há mais de 250 dias, em 4 de setembro de 2020. Com apenas 39 casos por milhão de habitantes e 0,4 morte por milhão, as marcas obtidas pelo Vietnã estão entre as mais baixas do mundo, tanto em termos absolutos como em proporcionais.As estratégias adotadas pelo governo vietnamita foram claras e centradas na prevenção desde o início do ano passado. Elas incluem um controle rigoroso das fronteiras do país (que tem cerca de 1,4 mil km de divisa com a China, onde surgiu a pandemia), uso de máscaras já disseminado entre a população, rastreio de contatos e isolamento imediato de contaminados.Para entender um pouco melhor como funcionou isso, o R7 conversou com um empresário vietnamita que mora em São Paulo, mas que estava em seu país natal quando a pandemia foi decretada pela Organização Mundial de Saúde, no início de 2020.Viagem quase sem volta.Era para ser uma viagem de férias comum. Um mês no Vietnã, principalmente em sua cidade natal, Ho Chi Minh, a maior do país, com cerca de 8,4 milhões de habitantes. Até que veio a pandemia, o fechamento das fronteiras e um mês virou dois, depois três, depois oito.O vietnamita Yann Dupierre e o argentino Adrián Polimeni, donos de um restaurante de comida típica do Vietnã que fica na região central de São Paulo, acabaram passando praticamente o ano de 2020 inteiro sem poder deixar o país e conseguiram voltar para o Brasil apenas em novembro."Fazia uns 6 anos que eu não ia ao Vietnã. Acabamos passando mais tempo do que o esperado, mas no fim foi ótimo. Pude ficar com meus pais, irmãos, sobrinhos, visitar tios e primos", conta Yann. Para ele, o fato de seu país natal ter apenas um partido no governo foi importante não apenas para determinar as estratégias de combate à pandemia como para que a população as cumprisse."Eles preferiram apostar na política de prevenção, foi o que ajudou o Vietnã. Fecharam as fronteiras pra todos os visitantes no início. Agora, só podem entrar diplomatas e quem for a negócio, mas precisa de uma autorização de trabalho. Todos que entram são obrigados a cumprir uma quarentena de duas semanas", relata.A questão das máscaras também foi facilitada porque os vietnamitas já são acostumados com o uso, explica Yann. "Principalmente nas grandes cidades, como tem muita poluição e muita gente anda de moto, as pessoas precisam usar as máscaras, então já fazia parte. O Vietnã também é um exportador de máscaras, então tinha para todos, diferente do Brasil que não estava acostumado. Lá é distribuído pelo governo em centros de saúde".O rastreio de contatos também é feito de uma maneira muito detalhada no país. "Se uma pessoa for infectada, o governo isola essa pessoa e a comunidade inteira também. A polícia fecha os acessos do quarteirão todo e não deixa saírem até todos terem teste negativo", detalha o empresário.Segundo ele, os boletins do governo na internet continham detalhes essenciais de onde a pessoa infectada tinha se deslocado, indicando até assentos em ônibus em que ela pegou, para que outros que pudessem ter tido contato fossem fazer testes.Após voltar ao Brasil, Yann e Adrián reabriram o restaurante e voltaram a atender. Como o estabelecimento fica em uma casa antiga, com muitos cômodos, eles conseguem reservar os diversos ambientes para grupos separados, para evitar que clientes que não se conhecem fiquem no mesmo local."Acho que isso ajuda as pessoas a se sentir mais seguras", afirma o vietnamita, que mora no Brasil desde 2016. Mesmo assim, apesar de amar o país que adotou, ele confessa: "me sentia mais seguro lá, aqui não tem uma polícia clara, acho que muitas pessoas ficam confusas". ( Fonte R 7 Noticias Internacional)

 

 

sábado, 15 de maio de 2021

VIDA NEWS- DEPUTADO MAJOR ARAÚJO É CONDENADO POR CALUNIA E DIFAMAÇÃO

 

Deputado Major Araújo é condenado por calúnia, difamação e injúria contra delegado-geral da PC-GO.

Sentença diz respeito a entrevistas concedidas pelo parlamentar em 2014, após delegado presidir operação que investigava policiais. Em uma das falas, deputado chegou a dizer que investigador era 'propineiro', 'fajuto' e 'defensor de traficantes'. Defesa afirma que vai recorrer. A Justiça de Goiás condenou o deputado Major Araújo (PSL) por calúnia, difamação e injúria contra Alexandre Lourenço, atual delegado-geral da Polícia Civil. A sentença diz respeito a entrevistas concedidas à imprensa pelo parlamentar em 2014, quando o investigador presidia uma operação que apurava crimes cometidos por policias militares e civis. Na época, deputado saiu em defesa dos investigados.Em nota, a defesa do major disse que vai recorrer da decisão e que as declarações do parlamentar à imprensa foram prestadas em razão do mandato que exerce como deputado estadual, com profunda vinculação às pautas da Polícia Militar do Estado de Goiás, e, portanto, cobertas pelo manto da imunidade parlamentar que lhe assegura a completa liberdade de crítica (veja na íntegra ao final). A condenação foi dada na última terça-feira (12), pelo juiz André Reis Lacerda, que determinou como pena ao deputado a prestação de serviços à comunidade em órgãos da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas. Segundo o documento, em uma das entrevistas, o parlamentar acusou o delegado de estar prendendo policias por ser "protetor de traficantes". “Ele é protetor de traficante. Não sei como é que o Delegado-Geral protegendo traficante lá dentro. Talvez tenha apreendido o carregamento de um cliente dele, do delegado”, disse Major Araújo em entrevista a um jornal impresso da capital. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), à época, o delegado estava à frente da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Drago) e presidia a “Operação Malavita”, que chegou a cumprir 39 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão temporária contra policias investigados em crimes de sequestros, homicídios, extorsões, ameaças e lesões corporais, a maioria em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Consta nos autos que, em outra entrevista que repercutia a operação, o parlamentar acusou o delegado de receber propinas de traficantes. “O grande propineiro ali pode ser o próprio delegado. E eu acho que é. Ele nunca prendeu um traficante, ele só investiga policiais militares”, disse o parlamentar. Delegado Alexandre Pinto Lourenço da Polícia Civil de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera O juiz analisou ainda que restou configurado o crime de injúria, uma vez que o acusado, munido de vontade específica de ferir a autoimagem da vítima, ofendeu-lhe e insultou-lhe a honra subjetiva, atingindo a sua respeitabilidade. “É preciso detectar essas pessoas desagregadoras na segurança pública, igual esse delegado, que tem que ser colocado em uma funçãozinha lá na Secretaria de Segurança Pública, junto do delegado-deral, para ele não dar trabalho. Ele protege os traficantes, não sei o interesse dele, se ele está ganhando de traficantes para protegê-los”, disse o parlamentar à imprensa na época. Na sequência, em entrevista concedida a uma rede de televisão, novamente o acusado se referiu à vítima de forma desrespeitosa, que, conforme magistrado, são expressões extremamente danosas à autoestima do delegado e configuradoras do crime de injúria. “Delegado sem-vergonha, delegado fajuto, delegadinho vagabundo, moleque', disse o major em entrevista. No documento, o juiz argumentou ainda que, recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF), entendeu que a imunidade parlamentar não pode ser invocada para difundir ofensas pessoais e discurso de ódio. O magistrado determinou que a pena deverá ser cumprida em local a ser definido após entrevista no Setor Interdisciplinar Penal. O juiz deixou de condenar o réu à reparação de danos, tendo em vista a inexistência de prejuízo apurado. O delegado Alexandre Lourenço tem 52 anos e trabalha na Polícia Civil há 17 anos. Ele assumiu a diretoria-geral da Polícia Civil de Goiás em fevereiro deste ano. Nota na íntegra Major Araújo Vamos recorrer da decisão, as declarações do Major Araújo à imprensa foram prestadas em razão do mandato que exerce como Deputado Estadual, com profunda vinculação às pautas da Polícia Militar do Estado de Goiás, e, portanto, cobertas pelo manto da imunidade parlamentar que lhe assegura a completa liberdade de crítica. Já houveram outras ações penais que apesar de terem sido recebidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás foram trancadas pelo Superior Tribunal de Justiça. Essa é uma decisão ainda inicial que será submetida à reapreciação. (Fonte Portal Forte News)

VIDA NEWS-ATO A FAVOR DA TOTURA EM GOIÁS

 

Polícia Civil indicia responsável por ato a favor da tortura em Goiás.

"Deus perdoe os torturadores", dizia faixa segurada por pessoas vestindo roupas semelhantes às do movimento supermacista Ku Klux Klan.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia da Cidade de Goiás, indiciou a pessoa responsável por arquitetar o ato em que duas pessoas vestidas como membros da organização supremacista Ku Klux Klan, saíram pelas ruas da antiga capital goiana com uma faixa “Deus perdoe os torturadores”, no último dia 1º de maio. Ao que consta, o mentor confeccionou a faixa e providenciou os trajes brancos, bem como determinou o percurso. Em razão da conduta, ele foi indiciado pela prática de apologia a criminoso e por prática e incitação ao crime de racismo. O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário para a adoção das providências cabíveis.Os dois indivíduos foram identificados pela polícia. Um deles seria o próprio articulador do ato. Os trajes se assemelham aos dos farricocos, personagens que participam da Procissão do Fogaréu, que é encenada na cidade e é reconhecida internacionalmente.De acordo com a corporação, o indiciado contratou o outro participante, pessoa em situação de rua e que estava embriagado na data do fato, para que o auxiliasse a carregar a faixa pelas ruas da cidade. O fato ocorreu durante manifestações do Dia do Trabalho. Entenda Duas pessoas vestidas de branco, com máscaras semelhantes ao do movimento supremacista Ku Klux Klan foram registradas em diferentes locais do município segurando uma faixa amarela com a seguinte frase: “Deus perdoe os torturadores”. Logo abaixo, um cartaz branco, colado à faixa, dizia: “Nosso Brasil pertence ao senhor Jesus. Direita com Bolsonaro”. O ato ocorreu no mesmo dia em que houve uma carreata na cidade favorável ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e uma série de manifestações em várias cidades do país. A prefeitura e organizações culturais do município repudiaram o ato. A Organização Vilaboense de Artes e Tradições (Ovat) comunicou o fato à polícia, que deu início às diligências para identificar os responsáveis. Em nota, a prefeitura destacou o caráter criminoso da manifestação e citou o artigo 287 do Código Penal, que criminaliza a apologia de fatos criminosos ou de autores de crimes, com pena prevista de três a seis meses de detenção ou multa.Uma das fotos foi feita em frente à igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, símbolo da resistência da comunidade negra local. Ela foi construída pelos pretos da cidade que não podiam frequentar a catedral. Fogaréu As vestes utilizadas, apesar de semelhantes às do movimento extremista e supremacista branco Ku Klux Klan, lembram também as roupas que são utilizadas pelos integrantes da Procissão do Fogaréu, um dos principais eventos culturais e religiosos da cidade. Os homens encapuzados, chamados de farricocos, encenam todos os anos, durante a Semana Santa, a perseguição e prisão de Jesus Cristo. Eles representam os soldados romanos e andam descalços pelas ruas da cidade, segurando tochas de fogo e dramatizando o ato que atrai milhares de turistas de todo o Brasil. “A utilização de um símbolo da tradição religiosa e cultural da Cidade de Goiás, o farricoco da procissão do Fogaréu, para fazer apologia a tortura e a ditadura militar, é não somente uma afronta a sociedade vilaboense e a fé de nosso povo, mas configura crime”, destacou a prefeitura na nota divulgada. A Ovat é a instituição mantenedora e organizadora da Procissão do Fogaréu. O presidente Rodrigo Passarinho fez questão de frisar, à época, ao Metrópoles a posição contrária a tudo que representa o ato favorável à tortura, realizado no sábado. “Nós, enquanto instituição, somos contra qualquer ato do tipo. Trabalhamos os direitos humanos e a harmonia entre as religiões. A Ovat é contra a incitação à ditadura, à intolerância religiosa, preconceitos, silenciamento, tortura, violência e quaisquer que sejam os atos que estimulem a violação dos direitos”, disse. Passarinho avaliou o ato como um desserviço, que mancha a imagem cultural da cidade e que contraria tudo que é defendido e foi construído pela Procissão do Fogaréu. DiferençasAs semelhanças entre as roupas existem, mas há também diferenças. As roupas dos farricocos não são,necessariamente, brancas. Elas são coloridas. Além disso, eles utilizam faixas nas cinturas, o que não aparece na veste utilizada por quem fez o ato favorável à tortura.Ainda não se sabe de onde partiu. Rodrigo Passarinho prefere não fazer relação com a carreata pró-Bolsonaro, ocorrida instantes antes. Ele diz que vai aguardar a investigação da polícia para que a autoria seja desvendada, mas reforça que os integrantes da Procissão do Fogaréu não têm relação com o ato.A prefeitura considerou que a manifestação extrapolou a normalidade democrática. “Celebrar a tortura em frente ao Convento Dominicano, congregação que teve membros perseguidos e torturados é cruel. Do mesmo modo, fazer alusão a grupos supremacistas e ao racismo é atacar os Direitos Humanos conquistados a duras penas no Brasil”, disse o texto da nota divulgada. (Fonte Portal Forte News)


VIDA NEWS -HOMEM PRESO SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

 

Polícia prende homem por suspeita de violência doméstica e investiga se ele matou a namorada, em GO.

Samantha de Medeiros Marques dos Santos, de 30 anos, foi encontrada morta com uma corda amarrada ao pescoço, como se tivesse se matado. Laudo cadavérico apontou que vítima tinha escoriações e hematomas pelo corpo e concluiu que ela tinha sofrido agressão física antes de morrer.A Polícia Civil prendeu um homem por suspeita de violência doméstica e investiga se ele matou a namorada, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Samantha de Medeiros Marques dos Santos, de 30 anos, foi encontrada morta com uma corda amarrada ao pescoço, como se tivesse se matado, segundo a corporação. O laudo de exame cadavérico apontou que a vítima tinha escoriações e hematomas pelo corpo e concluiu que ela tinha sofrido agressão física recente, ou seja, antes de morrer.O G1 não conseguiu localizar a defesa do investigado até a última atualização desta reportagem. Em depoimento, segundo o delegado Luiz Carlos da Cruz, o suspeito admitiu que agrediu Samantha, mas negou que a matou.O homem foi preso em flagrante no último dia 3 de maio, mesma data em que a mulher foi encontrada morta. Em um documento do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que chegou a pedir a prisão preventiva do suspeito, o promotor Eliseu Antônio da Silva Belo, da 6ª Promotoria de Justiça da Comarca de Anápolis, narra o que foi apurado do caso para sustentar a necessidade de que o suspeito continue preso.Segundo ele, apesar de a vítima ter sido encontrada com uma corda pendurada em volta do pescoço, as circunstâncias, como as imagens do caso e declarações dadas pela testemunha que encontrou o corpo, excluem a possibilidade de suicídio. “Os pés da vítima estavam plantados ao chão, não existindo banco ou mureta atrás do seu corpo para que ela pudesse ter subido, nem seu corpo estava suspenso demonstrando enforcamento pela ação da gravidade”, escreveu o promotor. No entanto, segundo o delegado responsável pelo caso, mesmo com as fotos e o relato de testemunhas, ainda não há elementos suficientes que comprovem que o homem matou a namorada. Com isso, as investigações, de acordo com ele, estão em andamento com o objetivo de apurar realmente o que aconteceu naquele dia.“Ainda não temos convicção de nada. Há vários indícios a serem apurados. Sabemos que houve agressão na véspera do óbito, mas não podemos afirmar ainda que ele a matou ou que ela tirou a própria vida. Ele foi autuado em flagrante pela violência doméstica e continua preso por essa suspeita”, afirmou. O caso Conforme os autos do processo, no dia 2 de maio, por volta das 18h, uma equipe da Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de violência doméstica no Setor Vila Isabel, em Anápolis. A testemunha, de acordo com o documento, contou que sua vizinha estava sendo agredida pelo namorado e que estava ouvindo gritos e sons de objetos sendo quebrados.Diante das informações, a equipe se deslocou até o local informado, mas não encontrou o casal, segundo o documento. Sendo assim, os militares repassaram o caso à equipe de Patrulha Maria da Penha, que, no dia seguinte, recebeu a informação que a mulher teria sido encontrada morta.A polícia informou ainda que, ao chegar no local, o homem já havia deixado a casa. Com a suspeita de que ele havia fugido, os policiais fizeram buscas pela região e o encontraram na BR-153, sentido a Santa Isabel, norte de Goiás. Na ocasião, o namorado da vítima foi preso e encaminhado à Central de Flagrantes, onde foi autuado por violência doméstica. Relacionamento conturbado Conforme o processo, no dia em que a mulher foi encontrada morta, policiais militares conseguiram apurar que ela já tinha uma medida protetiva contra o namorado. Ainda segundo o documento, vizinhos informaram à polícia que o investigado agredia a vítima frequentemente, inclusive, no dia anterior à morte dela. Ao G1, a irmã da vítima contou que Samantha e o namorado chegaram a morar juntos por dois anos, mas acabaram se separando por conta de brigas. Ela completou que, no dia que a vítima morreu, eles tinham tentado uma reconciliação. “Ela já tinha largado dele, mas acabou voltando atrás. Já sabíamos que eles tinham uma relação bastante complicada, de idas e vindas, mas temos certeza que minha irmã não tirou a própria vida. Ela tinha três filhos e não iria fazer isso”, afirmou Viviane Medeiros. (Fonte Portal Forte News)

 

VIDA NEWS- CASAL PRESO COM DÓLAR FALSO DESTINO GO E NO DF

 

Casal uruguaio é preso com dólar falso que seria deixado em GO e no DF.

Homem de 34 anos e mulher de 33 foram flagrados com 136 notas falsas de US$ 100, em um envelope que estava na bolsa de mão da estrangeira.

Um casal uruguaio foi preso, na quinta-feira (13/5), enquanto transportava US$ 13,6 mil em cédulas falsas, em um carro, na BR-060, em Anápolis (GO), onde entregaria parte delas. A cidade fica a 55 quilômetros da capital. Os suspeitos disseram à polícia que compraram as notas em São Paulo e as distribuiriam em agências de viagem e casas de câmbio também no Distrito Federal e Entorno.O homem de 34 anos e a mulher de 33 foram presos em operação que envolveu a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar (PM). A suspeita é de que os dois integram um esquema criminoso maior, já que, durante a abordagem policial, teriam admitido a entrega das notas falsas para mais de uma agência de viagem e casa de câmbio.De acordo com os policiais, a dupla viajava em um carro Chevrolet Ônix, que seguia de Pirenópolis para Goiânia. Ao serem abordados pelos policiais, segundo a operação, o homem e a mulher foram flagrados com 136 notas falsas de US$ 100, em um envelope que estava na bolsa de mão da estrangeira.Depois de ser questionado sobre a origem do dinheiro falso, o uruguaio informou aos policiais que compra as notas ilegais em São Paulo, paga por cada uma o valor de R$ 30 e as distribui em agências de viagens e casas de câmbio no DF e Goiás, principalmente nas cidades da região do Entorno de Brasília.Os suspeitos foram presos e encaminhados à delegacia de Polícia Federal em Anápolis. Os nomes do homem e da mulher não foram divulgados. O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa deles.(Fonte Portal Forte News)

VIDA NEWS- SENADO FEDERAL APROVADO PROJETO QUE SUSPENDE REAJUSTE DE REMÉDIOS

 

Senado aprova projeto que suspende reajuste de remédios; texto vai à Câmara.

O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (13) o projeto de lei que suspende o reajuste anual na tabela de preços de medicamentos em 2021, em função da pandemia de covid-19. Foram 58 votos a favor e 6 contrários. Agora o PL 939/2021, do senador Lasier Martins (Podemos-RS), segue para a Câmara dos Deputados.A tabela é estabelecida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O documento estipula o preço máximo dos remédios comercializados no país.O reajuste anual de 2021 foi concedido pela CMED no fim de março, mas o projeto contém dispositivo para tornar inválidos os aumentos deste ano que ocorreram antes de sua promulgação. No entanto, essa medida não dá direito a ressarcimento de valores já pagos. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi o relator da matéria.Lasier pediu apoio para o projeto argumentando que a indústria farmacêutica brasileira é uma das que mais lucram no mundo, com uma margem de mais de 22%, segundo pesquisa da revista Forbes. O valor equivale a sete vezes a inflação projetada para o ano.— As farmácias têm uma função social. Tem havido colaboração de meio mundo para socorrer as vítimas desta pandemia. São 14 milhões de brasileiros desempregados sem ter recursos para comprar remédio. Além do mais, a demanda aumentou consideravelmente e compensa o aumento dos custos dos insumos pelo dólar elevado — afirmou o senador.No ano passado, o governo federal tentou suspender por 60 dias o reajuste dos medicamentos por meio de uma medida provisória (MP 933/2020), mas ela acabou perdendo a validade sem ser votada pelo Congresso. O senador Eduardo Braga atribuiu isso ao poder de lobby “absurdo” do setor farmacêutico, e observou que o reajuste de 2020 foi concedido logo depois da expiração da MP.Braga afirmou, também, que a medida não representa congelamento de preços ou intervenção no mercado, uma vez que ela afeta apenas a regra de teto que já é regulamentada, e não os preços em si. O senador explicou que a medida se justifica para proteger o Sistema Único de Saúde (SUS) e os pequenos fornecedores.— Essa referência de teto de preço impacta diretamente o custo do SUS, impacta diretamente todos aqueles que são pagos com dinheiro público e aqueles que não têm poder aquisitivo nem poder para negociar diretamente com os laboratórios.Uma emenda ao projeto, da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), suspendia também os reajustes de planos de saúde em 2021. É o mesmo teor de um projeto de Eliziane que ainda aguarda relatoria (PL 1.444/2021). Eduardo Braga rejeitou a mudança, ponderando que isso criaria mais resistências ao projeto em discussão. Ele lembrou que isso aconteceu no ano passado com um texto de sua autoria que tinha o objetivo de suspender reajustes de remédios e planos (PL 1542/2020), que foi aprovado no Senado e está parado na Câmara dos Deputados.Entre os senadores resistentes ao projeto, Izalci Lucas (PSDB-DF) argumentou que o texto representa uma interferência que pode inibir o desenvolvimento de novos fármacos, incluindo vacinas. Ele pediu mais oportunidades para discutir a proposta.— O investimento em pesquisa é muito alto, e ele vem do lucro. Quando você pega um balanço e vê um lucro imenso, isso não foi necessariamente distribuído para os quotistas ou para os acionistas. Grande parte pode ter sido investido em pesquisa de vacina e de outros medicamentos. (Fonte: Agência Senado)

VIDA NEWS- SENADO FEDERAL COMPORTAMENTO DE RISCO PODERÁ SER CRIME DE RESPONSABILIDADE

 

Estímulo a comportamento de risco poderá ser crime de responsabilidade.

Começou a tramitar no Senado um projeto de lei que permite denunciar o presidente da República por crime de responsabilidade quando ele "praticar ato ou estimular comportamento que potencialize grave risco à saúde pública ou à integridade física e moral da pessoa humana, na ocorrência de epidemias e pandemias, por ação ou omissão deliberada". Esse projeto de lei (PL 981/2021) foi apresentado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA).Para enquadrar essas ações como crime de responsabilidade, a proposta acrescenta um item ao artigo 7º da Lei dos Crimes de Responsabilidade (Lei 1.079, de 1950). O artigo trata dos crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais.Conforme determina essa lei, os crimes de responsabilidade, "ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o presidente da República ou ministros de Estado, contra os ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República".IrresponsabilidadeNa justificativa do projeto, Jaques Wagner argumenta que a medida é necessária devido à situação em que se encontra o país e às “atitudes e ações irresponsáveis que altas autoridades governamentais lamentavelmente vêm adotando”.“O Congresso Nacional não pode assistir impassível e impotente à prática de atos e comportamentos inaceitáveis e incivilizados por parte de altas autoridades que, pelos cargos que ocupam, têm a obrigação institucional de buscar amenizar a terrível situação pela qual passam os brasileiros, e não de agravar essa situação”, afirma o senador.Ainda não há data prevista para a apreciação do projeto.( Fonte: Agência Senado)

VIDA NEWS- SENADO FEDERAL SAÚDE PROMETE VACINA PARA PROFESSORES EM JUNHO

 

Após pressão de senadores, Saúde promete vacina para professores em junho.

O Ministério da Saúde deve assegurar vacinas para iniciar a imunização dos profissionais da educação até o dia 15 de junho. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (14) pelo secretário-executivo da pasta, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, durante sessão temática do Senado. O debate sobre uma estratégia nacional para o retorno seguro às aulas presenciais foi sugerido pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN).— Os professores estão priorizados no Plano Nacional de Imunização (PNI). Estamos agora vacinando nossas comorbidades. O compromisso do governo federal é antecipar quanto antes os imunizantes, para a que a gente tão logo chegue no grupo prioritário dos professores. Nossa expectativa é de que na primeira quinzena de junho, pelo menos a primeira dose seja levada a essa categoria tão importante do país — prevê Cruz.Senadores e especialistas cobraram a prioridade de vacinação para professores como meio de garantir o retorno seguro às aulas presenciais. Para Jean Paul Prates, as escolas precisam ser reabertas, mas isso não pode colocar em risco a vida de alunos, professores e demais trabalhadores da educação.— Precisamos, sim, das escolas abertas. Mas não vamos abrir as escolas “cartorialmente”, ignorando que o vírus continua a matar. Precisamos discutir a vacinação de todos os profissionais da educação, que também têm o direito de trabalhar sem medo. Escolas abertas, sim. Mas com vacinação, protocolos de segurança e respeito à vida — destaca.A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) lembrou que a prefeitura de João Pessoa chegou a iniciar a vacinação de professores. Mas o Ministério Público da Paraíba e o Ministério Público Federal entraram na Justiça para que os docentes só sejam imunizados após todos os grupos considerados prioritários.— A prefeitura estava vacinando profissionais de educação. Mas o Ministério Público entrou em cima, não permitindo que acontecesse a imunização. A prefeitura afirma que segue o PNI e que chegou a hora dos trabalhadores de educação. Está sendo bem acelerada a campanha de vacinação. Mas está tendo esse probleminha, essa guerra com relação ao Ministério Público — afirma.Quem também defende a vacinação prioritária da comunidade escolar é Andréia Pereira da Silva, representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Ela sugere que o imunizante seja aplicado não apenas em professores, mas também em alunos, profissionais e gestores da educação. Ela criticou o teor do Projeto de Lei (PL) 5.595/2020, que inclui o ensino entre os serviços essenciais e impede a suspensão de aulas durante a pandemia.— A educação é um direito constitucional, e não um serviço essencial. Ao contrário do que se pensa, tornar a educação um serviço essencial atenta contra a vida e a dignidade humana, ao se expor a comunidade escolar ao risco de contaminação. A Undime não é contra a volta às aulas. Mas há necessidade de uma volta segura — diz Andréia Pereira. Mais dinheiro O Ministério da Educação defende o retorno imediato às aulas. Para o secretário de Educação Básica da pasta, Mauro Luiz Rabelo, a suspensão do ensino presencial por conta da pandemia “retira os direitos de aprendizagem dos estudantes”. Ele alerta para consequências “potencialmente devastadoras” da interrupção das aulas. — Perda de aprendizagem, maiores taxas de abandono escolar, aumento da violência contra crianças, gravidez na adolescência, casamento precoce. No âmbito do Programa Dinheiro Direto na Escola emergencial, foram empenhados R$ 662 milhões no ano passado. São recursos destinados para as escolas adquirirem insumos necessários para a retomada segura das atividades presenciais — destaca. Para o senador Jean Paul Prates, o dinheiro liberado para a compra de álcool em gel, sabonete líquido, toalhas de papel e outros produtos de higiene é insuficiente. — Pelas cifras demonstradas, nós teríamos R$ 3,7 mil por escola. Não sei se isso dá para muita coisa. Se pegarmos por aluno, que são 40 milhões, dá R$ 13 por aluno. Acho que mal dá para comprar duas máscaras. É um trabalho de nós todos tentar viabilizar mais recursos — diz Jean Paul Prates. A representante da Undime também defendeu a liberação de mais recursos. Para Andréia Pereira da Silva, a retomada segura das atividades presenciais depende de um orçamento mais robusto para as escolas públicas. — O dinheiro simplesmente não dá para a gente ter uma retomada segura para alunos, famílias, professores e pessoas que trabalham dentro da escola. Não dá para voltar simplesmente, apesar de todos os problemas que sabemos que temos. Não dá para abrir as escolas e falar “vamos voltar” com o que nos é colocado financeiramente. As escolas públicas deste país precisam de infraestrutura e dinheiro para fazer isso. Com mágica, a gente não consegue fazer nada — argumenta. A representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Joana Angélica Guimarães, afirma que as universidades enfrentam o mesmo problema. — Nossas instituições precisam de recursos para que a gente possa dar conta da dimensão e do desafio que é essa circulação de pessoas dentro de uma universidade. Hoje temos um orçamento para as universidades que corresponde a 40% do orçamento que tínhamos em 2014. Com toda a demanda que surge com a pandemia, nosso orçamento foi reduzido significativamente — denuncia. “Vítimas ocultas”Especialistas em saúde e educação defenderam o retorno imediato às aulas presenciais. Para Florence Bauer, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), crianças e adolescentes “são as vítimas ocultas desta pandemia”. Ela defende a reabertura de forma segura e adaptada à realidade epidemiológica de cada local, com uso de máscaras, distanciamento e turmas híbridas.— Enquanto antes da pandemia havia 1,1 milhão de adolescentes fora da escola, com a pandemia é 1,5 milhão de não matriculados e 3,7 milhões que perderam o vínculo com a escola. Isso nos leva a mais de 5 milhões de crianças e adolescentes. Quase 14% dessa população em idade escolar desvinculada da educação. Isso nos leva a um cenário de 20 anos atrás — argumenta.O médico Márcio Bittencourt, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, destaca que as crianças representam pouco risco de infecção e transmissão do coronavírus. Embora representem 22% da população, respondem por 7% dos casos.— Criança pega menos, criança transmite menos, criança complica menos e criança morre menos. Criança não é grupo de risco nem como fonte, nem como consequência da infecção. Há como transformar a escola num ambiente mais seguro do que ficar em casa. Pode não ser fácil. Pode não ser simples. Mas vejam que as medidas não são complexas: controlar a entrada dos alunos, espaçar as carteiras, não compartilhar materiais entre os alunos e reduzir as turmas — enumera.O médico Wanderson Oliveira, doutor em epidemiologia e secretário de Serviços de Saúde do Supremo Tribunal Federal (STF), é favorável ao PL 5.595/2020. Segundo ele, o texto “é condizente com experiências exitosas” nos estados de Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.— Até o dia 13 de maio, foram registrados 15,4 milhões de casos e mais de 400 mil óbitos no país. No entanto, no últimos 30 dias, há casos registrados em apenas 2.402 dos 5.570 municípios. Ou seja, em 57% dos municípios do Brasil não há sequer um registro de covid nos últimos 30 dias. Portanto, não há motivo racional que me faça aceitar escolas fechadas nesses locais — argumenta. Novo normal O senador Marcos do Val (Podemos-ES) é relator do PL 5.595/2020. Ele apresentou parecer sobre a matéria, que aguarda votação pelo Plenário da Casa.— Esperamos que de forma rápida e com procedimentos de segurança nossos alunos possam estar de novo sentados em suas salas de aula. Para mim, é muito importante que seja presencial. É esse caminho que a gente tem que trilhar — afirma.Para Carolina de Oliveira Campos, fundadora da Consultoria Vozes da Educação, experiências internacionais indicam que o retorno à escola não deve ser definitivo. A entidade realizou uma pesquisa em mais de 30 países sobre os critérios adotados para a retomada das aulas presenciais.— O novo normal vai ser de abrir e fechar escola. A gente tem que parar de achar que se a escola fechou, isso é um insucesso. Não, a escola em alguns momentos vai ter que fechar. A gente tem que parar de achar que voltar à escola significa de 8h ao meio-dia de segunda a sexta-feira. Não é assim: a gente precisa voltar de uma forma escalonada — defende. (Fonte: Agência Senado)

 

 

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