Preços da energia, que avançaram 26% sobre o ano
anterior, continuaram sendo os maiores vilões, aponta Eurostat.
A inflação na zona do euro acelerou inesperadamente no mês
passado, provavelmente provocando mais reações desconfortáveis no Banco Central
Europeu, que tem consistentemente subestimado as pressões de preços e vem sendo
criticado por isso por algumas de suas próprias autoridades.A inflação nos 19
países que usam o euro acelerou a 5% em dezembro sobre o ano anterior, de 4,9%
em novembro, máxima recorde para o bloco monetário e acima da expectativa de
analistas de 4,7%.Os preços da energia, que avançaram 26% sobre o ano anterior,
continuaram sendo os maiores vilões, mas altas em alimentos, serviços e bens
importados também ficaram bem acima da meta de inflação do BCE de 2%, mostraram
dados da Eurostat nesta sexta-feira (7). Com a economia se recuperando
do choque inicial da pandemia no ano passado, os preços dispararam, pegando o
BCE — que previa uma inflação benigna há poucos meses — de surpresa.Ampliando a
pressão, gargalos na cadeia de oferta reduziram a disponibilidade de produtos,
enquanto as famílias começaram a gastar em tudo, de novos carros a restaurantes.
A maior parte desses motores da inflação é temporária, portanto a pressão de
preços deve acabar diminuindo.Mas as visões sobre a velocidade com que a
inflação vai diminuir divergem, bem como a expectativa sobre onde ela vai se
acomodar quando a economia se ajustar ao novo normal.O BCE estima que a
inflação voltará a ficar abaixo de 2% até o final deste ano, mas uma longa
lista de autoridades questiona essa narrativa, alertando que os riscos são de
alta e que leituras acima da meta pode, persistir até o próximo ano.( Fonte R 7
Noticias Internacional)
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