Desde 1991 que o problema existe quando a Prefeitura começou a duplicar a Avenida Macambira.
Dona
Maria Gonçalves Corrêa e sua filha Terezinha tinham uma audiência com o
Prefeito Darci Accorci no dia 17 de fevereiro de 1993, às 08:30. Ela era gente
humilde e ia ver com prefeito se conseguia resolver um problemão: sua casa
ficava bem ao lado do Conjunto Morada dos Ipes, perto da Cidade Jardim. Os
moradores do conjunto queriam a demolição da casa da Dona Maria para que a
Avenida Macambira pudesse ser duplicada. Eles tinham várias razões para isso:
melhorar o trânsito na região e facilitar o escoamento da água da chuva. Desde
1991 que o problema existe quando a Prefeitura começou a duplicar a Avenida
Macambira. E desde aquela época os moradores estavam incomodados com a casa da
Dona Maria. Em 1992, os moradores do Morada dos Ipes enviaram para o então
Prefeito Nion Albernaz um abaixo assinado com 360 assinaturas pedindo uma
solução para o caso. No meio do caminho tinha uma casa. Tinha uma casa no meio
do caminho. O progresso precisava passar sem nenhum empecilho. A questão da
posse daquela região era outro embrolho. A casa da Dona Maria e o Conjunto
Morada dos Ipês ficavam às margens da antiga estrada de ferro. Foi só desativar
os trens que os arredores trilhos foram ocupados por barracões e conjuntos
habitacionais. Enquanto a Prefeitura tentava resolver o trânsito duplicando
avenidas ou construindo o anel viário onde antes era a linha do trem, outro
problema surgia: a moradia. Dona Maria sabia que o ideal era sair da casa que
morava há 16 anos, mas para onde ela iria? O vereador Saul de Carvalho (PL)
tentou encontrar uma casa para ela dentro do programa habitacional do
governador Iris Rezende, mas sem sucesso. Comparando a foto que saiu no Diário
da Manhã mostrando a casa da Dona Maria e outra foto do Google Maps, nós vemos
que a Avenida Macambira, que passa ao lado do Conjunto Morada dos Ipês, foi
duplicada. Isso significa que a casa da Dona Maria foi demolida. É como diz um
verso da música “Saudosa maloca” de Adoniran Barbosa: “Os homi tá cá razão/nois
arranja outro lugar”. Espero que a Dona Maria Gonçalves Corrêa tenha encontrado
outra casa para morar. Leia também: Preservar a memória de Goiânia é preservar a nossa própria memória.(Fonte
Jornal Opção Noticias GO)
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