Fake news nas redes diz que há na Justiça 105 processos contra empresa de homem flagrado fazendo sexo com mulher do agressor.
Tem circulado nas redes sociais e sites na internet a informação
falsa de que Givaldo
Alves de Souza, espancado após ser flagrado em
relação sexual com a mulher de um personal trainer, em Planaltina, no Distrito
Federal, é empresário do ramo de transporte de cargas e
responde "a mais de cem processos
judiciais". Há até postagens com a foto de um homem
parecido com o morador de rua e menção a "estelionato", "penhora
de bens" e "medida protetiva".Em uma das postagens, a
pessoa atribui ao falso passado como empresário o motivo para ele
ter “eloquência e boa dicção”, como demonstrado
em entrevistas. A publicação diz que Givaldo já foi bem de vida,
mas faliu e se tornou mendigo há três anos, sendo “novo no ramo”. “O
cara é 171 [número do artigo referente a estelionato no Código Penal] nato, com mais de cem processos nas costas,
entre eles medidas protetivas da ex, penhoras de bens das prefeituras, de
ex-funcionários da sua falida empresa, estelionato e demais golpes”, consta na
postagem (veja imagem abaixo). A fake news começou a ser divulgada porque a
empresa em questão, a GFrigo Transportadora de Cargas, tinha como proprietário
um homem também chamado Givaldo Alves de Souza. A companhia tinha sede em
Jandira, no interior de São Paulo. Uma
consulta no site JusBrasil mostra que há 105 processos judiciais contra a
empresa. Junto à Receita Federal, a transportadora tem
situação cadastral “inapta” desde 17 de outubro de 2018, por “omissão de
declarações". A checagem nos CPFs do morador de rua e do sócio da empresa
mostra que são pessoas diferentes. O R7 procurou a empresa pelos contatos informados na
Receita Federal e conseguiu falar com a Lapidus Contabilidade, um escritório de
Osasco que prestou serviços à GFrigo. Segundo uma funcionária da companhia, que
preferiu não se identificar, a transportadora foi atendida por pouco tempo e há
pelo menos cinco anos não há qualquer contato entre eles. A Lapidus informou
que tem recebido ligações frequentes de pessoas querendo saber do caso do
morador de rua. “Quase sempre ligam xingando, falando desse mendigo, que ele é
um estelionatário”, afirmou a funcionária do escritório contábil. Relembre o caso Em 9 de março último, o
personal trainer Eduardo Alves, 31 anos, flagrou a esposa dentro de um carro
mantendo relações sexuais com o homem em situação de rua. Ao ver a cena, o
marido passou a agredir Givaldo. Câmeras de segurança registraram a ocorrência.Eduardo
deu uma entrevista à Record TV em 17 de março. Ele disse que a esposa havia sido
internada por causa de um surto psicótico.No dia 24, Givaldo também gravou com
a emissora e negou ter estuprado a mulher. Ele chegou a contar detalhes sobre o
encontro na ocasião, mas na última terça-feira (29) disse estar arrependido e envergonhado por ter exposto a
intimidade da esposa do personal trainer. "Gostaria de
pedir desculpas primeiramente a ela, às meninas da minha família, à minha mãe e
todas vocês [mulheres]'', disse. O relatório médico psiquiátrico sobre a
mulher aponta para a "hipótese diagnóstica de transtorno afetivo bipolar em fase
maníaca psicótica". O R7 teve acesso ao documento.O relatório detalha que
ela foi levada ao pronto atendimento do Hospital Regional de Planaltina no dia
10 de março "devido às alterações de comportamento descritas e por ter se
envolvido em relação sexual com pessoa em situação de rua motivada pelo quadro delirante".O
documento é assinado digitalmente por um médico psiquiatra da UnB (Universidade
de Brasília) no dia 15 de março, seis dias depois do caso, e
nele consta ainda que "a paciente não é capaz de responder por si,
tampouco de exercer vários atos da vida civil, em especial o de assinar
documentos e procurações, assim como o de celebrar contratos ou contratar serviços
de qualquer natureza".( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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