Ações são uma resposta do governo de Ancara ao atentado
de Istambul que terminou com mais de 50 vítimas.
Uma série de bombardeios
perpetrados na noite de sábado (19) pela aviação turca contra
vários pontos do norte da Síria causou a morte de 29 pessoas, 11 delas civis,
informaram neste domingo as FSD (Forças da Síria Democrática), uma aliança
armada liderada pelos curdos sírios.Segundo a contagem oferecida pelo porta-voz
curdo Farhad Shami no Twitter, 11 das vítimas são civis e outras 15 pertencem
às fileiras das forças do governo sírio, enquanto o FSD sofreu uma baixa e dois
guardas de segurança morreram enquanto guardavam alguns silos. Pouco antes da
meia-noite de sábado, a Turquia bombardeou várias áreas nas províncias sírias
de Aleppo, Al Raqa e Al Hasaka e atacou principalmente pontos controlados pelos
sírios curdos, que mantêm uma autoproclamada administração autônoma no nordeste
do país árabe.Os ataques aéreos também atingiram algumas posições das tropas de
Damasco. O FSD disse em um comunicado que os 11 civis foram mortos no mesmo
incidente na localidade de Derik, onde um grupo de residentes e agentes de
saúde estava reunido para atender a vítima de um primeiro bombardeio, quando
foram surpreendidos por um novo lançamento. Segundo a nota, o bombardeio
continuou de forma intermitente até esta manhã."O Estado turco há muito se
prepara para lançar ataques em grande escala contra várias regiões do norte e
leste da Síria. Depois de arquitetar a conspiração da explosão de Istambul,
usou-a como pretexto para ameaçar nossas regiões", denunciou a aliança
armada.Os bombardeios ocorreram depois que Ancara apontou uma mulher síria como
a principal suspeita do ataque que há uma semana matou seis pessoas e deixou 81
feridos em Istambul, e afirmou que ela havia sido treinada pelas Unidades de
Proteção do Povo Sírio (YPG), um dos principais componentes do FSD.Ancara
considera o YPG e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), guerrilheiros
curdos da Turquia, ramos regionais da mesma organização e, portanto, considera
ambos como organizações terroristas. As forças curdas sírias negaram qualquer
conexão com a explosão de Istambul e acusaram o presidente turco, Recep Tayyip
Erdogan, de buscar uma desculpa para atacar o norte da Síria a fim de obter
apoio para as eleições a serem realizadas no país no ano que vem.Embora esta
não seja a primeira "operação aérea" lançada pela Turquia contra
alvos curdos na Síria nos últimos meses, os bombardeios e o contexto em que são
enquadrados aumentaram o temor de uma ofensiva transfronteiriça em grande
escala com a qual Erdogan vem ameaçando.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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