Busca por soldados reservistas levou mais russos a se
queixarem de apatia, astenia e incapacidade de fazer atividades cotidianas.
Uma plataforma para consultas psicológicas
constatou que a população do país está recorrendo mais a consultas psicológicas
por terem entrado em depressão desde que o presidente da Rússia, Vladimir
Putin, declarou mobilização parcial para a guerra na Ucrânia em 21 de setembro.Segundo
a plataforma Alter, essas consultas aumentaram 19% desde que Putin decidiu
recorrer aos reservistas devido à falta de homens na frente ucraniana. Há dois
meses, disparou o número de chamadas devido à perda de sono, medo sobre entes
queridos ou incerteza sobre o futuro, revelou o jornal RBK.“Muitos se queixam
de apatia, astenia ou incapacidade de fazer algo, que são todas consequências
de um estado depressivo”, explica Daniil Ibraguimov, diretor do centro
psicológico Elementarno. Entre os que mais recorrem a esses serviços
encontram-se precisamente os que trabalham no setor das tecnologias de
informação, muitos deles jovens, incluindo os que foram para o exílio para
evitar serem mobilizados. De acordo com o serviço online Yasno, no
início da campanha militar, em fevereiro, houve muitas ligações por medo ou
estresse, consultas que foram reduzidas ao mínimo a partir de abril e
disparadas novamente em setembro.O decreto de mobilização provocou um êxodo de
russos em idade militar, estimado por algumas fontes em centenas de milhares de
homens apenas nos últimos dois a três meses.Diferentes fontes sugerem que Putin
poderia decretar uma segunda onda de mobilização em janeiro por temer perder
ainda mais territórios ocupados nas quatro regiões anexadas pelo Kremlin.Por
isso, muitos dos exilados não se atrevem a voltar mesmo após Putin ter
anunciado o fim da mobilização. De acordo com o Centro para o Desenvolvimento
de Altas Tecnologias, os russos gastaram
70% mais dinheiro comprando antidepressivos nos primeiros
nove meses deste ano. No total, os russos gastaram neste ano cerca de 5 bilhões
de rublos (mais de R$ 413 milhões) com esses medicamentos.Os russos compraram
8,4 milhões de contêineres desses medicamentos — 48% a mais que no mesmo
período de 2021 —, uma lista encabeçada por Moscou e São Petersburgo. De acordo
com a pesquisa, o apoio total à "operação militar especial" entre os
russos diminuiu desde que o presidente ordenou a mobilização, somando-se aos
reveses que os militares russos sofreram no campo de batalha nos últimos dois
meses.Muitos soldados mobilizados e famílias reclamaram da falta de treinamento
militar, da falta de equipamentos, das más condições de manutenção no campo,
dos abusos e da negligência dos oficiais.De fato, cada vez mais russos defendem
um diálogo com a Ucrânia para acabar com os combates no país vizinho.( Fonte R
7 Noticias Internacional)
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