As autoridades francesas preveem que estarão nas
ruas de Paris cerca de 100 mil pessoas para uma "mobilização
histórica".
Anova jornada de greve geral convocada para esta segunda-feira em
França por todos os sindicatos, coincidindo com o Dia do Trabalhador, deverá
concentrar nas ruas de Paris, segundo as autoridades, cerca de 100 mil pessoas. Segundo
anunciou a união de sindicatos que mantém há meses um 'braço de ferro' com o
Governo sobre a lei que visa aumentar a idade da reforma para os 64 anos, já
promulgada pelo Presidente Emmanuel Macron, os franceses vão sair à rua
"com um espírito de vingança" para uma "mobilização
histórica". Sem grande expectativa sobre um recuo
presidencial na reforma do sistema de pensões, este protesto acontece dois dias
antes do Conselho Constitucional avaliar um segundo pedido de referendo de
iniciativa partilhada sobre esta lei.Esta
é a primeira vez em muitos anos que todos os sindicatos franceses fizeram um
apelo coletivo para a manifestação, estando previstas manifestações um pouco
por toda a França. As autoridades, que preparam o dispositivo
de segurança dos protestos, preveem que estarão nas ruas de Paris cerca de 100
mil pessoas.De forma a prevenir a violência e os incêndios verificados nas
últimas semanas à margem dos protestos, a Polícia Nacional vai destacar 12 mil
efetivos para as manifestações e cerca de 5.000 vão estar em Paris. Entre os
manifestantes, as autoridades dizem que podem estar entre 1.000 e 2.000
elementos violentos como membros dos 'black blocs', que podem tentar perturbar
a celebração do Dia do Trabalhador.Os estabelecimentos comerciais à volta das
ruas por onde vão passar os cortejos foram aconselhados a manterem-se fechados,
para não sofrerem qualquer tipo de destruição. De forma a manter a pressão
política nos próximos dias, os sindicatos do setor da energia preparam
protestos que podem levar a cortes de luz em algumas zonas."Cartão vermelho"
para MacronQuase três em cada quatro franceses estão descontentes
com Macron, segundo uma sondagem do grupo de pesquisa IFOP no mês passado.Desde
meados de janeiro, a França tem sido abalada por uma dúzia de dias de greves e
protestos a nível nacional contra Macron e as suas mudanças nas pensões, alguns
dos quais tornaram-se bastante violentos.Porém, o ímpeto diminuiu nas recentes
greves e manifestações realizadas durante a semana de trabalho, uma vez que os
trabalhadores parecem não estar dispostos a continuar a sacrificar os salários.Durante
os protestos das últimas semanas os manifestantes fizeram barulho com
utensílios de cozinha para abafar Macron durante um discurso após a aprovação
da lei sobre a idade da reforma no mês passado.Perto do estádio Stade de France,
nos arredores de Paris, este sábado, alguns ativistas sindicais distribuíram
cartões vermelhos e apitos aos adeptos de futebol que vinham assistir à final
da Taça de França."Um cartão vermelho para a reforma aos 64 anos",
lia-se, antes de começar o jogo no qual Toulouse venceu Nantes.Os seguranças
confiscaram a maior parte dos apitos à medida que os adeptos entravam no
estádio e não se ouviram muitos protestos à hora prevista para o início do
jogo, aos 49 minutos e 30 segundos.Este tempo era uma referência ao controverso
artigo 49.3 da constituição, que a primeira-ministra Elisabeth Borne invocou em
março para fazer passar a reforma das pensões no parlamento sem uma votação na
câmara baixa.( Fonte Diário de Noticias Internacional)
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