O governador foi afastado do cargo nesta quarta-feira, 4.
A Polícia Federal aponta que aliados próximos do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), trataram com deboche o esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares durante a pandemia da Covid-19. Segundo as investigações, eles chegaram a fazer fotos com maços de dinheiro e elaboraram estratégias para disfarçar entregas fraudulentas de cestas básicas. O governador foi afastado do cargo nesta quarta-feira, 4, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), durante a segunda fase da Operação Fames-19, que apura fraudes em contratos do governo estadual entre 2020 e 2021. Para a PF, a gestão de Barbosa teria se transformado em um “verdadeiro balcão de negócios”. Em nota, o governador negou qualquer envolvimento: “As tentativas de vinculá-lo ao caso se apoiam unicamente em falas de terceiros reproduzidas em investigação policial, sem qualquer prova material ou evidência concreta”. Conversas e fotos reveladas pela investigação Os investigadores citam mensagens em que Paulo César Lustosa Limeira, ex-marido da primeira-dama Karynne Sotero Campos, dizia que o governador estava “guloso” com os recursos. Em outro diálogo, Wilton Rosa Pires, irmão de Limeira, se refere a pagamentos de propina como “bênção”. A PF afirma que Limeira intermediava negociações de propina e que Pires operava os desvios. Ambos não se manifestaram. Também foram obtidas fotos de Marcus Vinícius Santana, filho de Ticiano Darles Santana Sousa, assessor especial de Barbosa, segurando maços de dinheiro. Segundo os investigadores, Marcus atuava como operador financeiro, responsável por saques e transferências. O dinheiro seria repassado ao pai e a Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, assessor e sobrinho do governador, que o redistribuíam entre o grupo, incluindo Wanderlei Barbosa. Listas falsas e contratos suspeitos A investigação ainda aponta que os envolvidos chegaram a cobrar listas com nomes e CPFs falsos para justificar entregas de cestas básicas que nunca ocorreram. Outro ponto destacado é o pagamento de R$ 550 mil de propina ao governador, ligado a um contrato de fornecimento de frangos congelados firmado com a empresa Sabores Regionais. O contrato previa 50 mil frangos, mas apenas 15 mil foram entregues. A dívida, segundo diálogos interceptados, seria compensada em futuras licitações fraudulentas. A empresária responsável pela empresa teria confirmado em 2023 a devolução da quantia paga em propina, reforçando os indícios do esquema.(Fonte Jornal Opção Noticias Nacional)
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