De acordo com o MPGO, o esquema criminoso consistia na simulação de contratos de locação de carros entre o o Poder Legislativo e indivíduos particulares a partir da dispensa ilegal de licitação.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) instaurou inquérito civil
público para apurar supostas irregularidades na locação de veículos pela Câmara
Municipal de Goiatuba. De acordo com o MPGO, o esquema criminoso consistia na
simulação de contratos de locação de carros entre o o Poder Legislativo e
indivíduos particulares a partir da dispensa ilegal de licitação e o
direcionamento da contratação em benefício de proprietários de empresas
“fantasmas” que tinham vínculo com o presidente da Câmara na época dos fatos
apurados. O MP constatou que Alexandre Borges Santana, ex-presidente do
Legislativo municipal, no exercício do seu mandato, deflagrou “falso” processo
licitatório na modalidade dispensa de licitação entre janeiro e agosto de 2021
para a contratação da empresa Well Locações. As investigações revelaram que a
empresa Well Locações teria sido beneficiada por contratos forjados, sem
concorrência legítima. Os contratos eram realizados por meio de dispensa
irregular de licitação e carta-convite com fracionamento indevido, o que teria
possibilitado o direcionamento do serviço para a empresa de Maxwel Nunes
Santos, que, segundo o MP, não teria estrutura real para prestar o serviço. Foram
identificadas irregularidades como a falta de comprovação da existência dos
veículos alugados, inexistência de apólice de seguro e emissão de notas fiscais
sem a devida prestação de serviços. O valor total dos contratos investigados
soma mais de R$ 160 mil. A promotora de Justiça Cristina Emília França Malta,
responsável pelo inquérito, destacou que as ações podem configurar atos de
improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e prejuízo ao erário,
conforme previsto na Lei nº 8.429/1992. A reportagem tentou contato com o
ex-presidente da Câmara, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.
Não conseguimos contato com a empresa Well Locações, o espaço segue aberto para
manifestação. Leia também: Ministério Público propõe
ação por improbidade contra três ex-presidentes da Comurg MP recomenda que Goiânia
realize concurso público para preencher 48 vagas de auditor fiscal.(Fonte
Jornal Opção Noticias GO)
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