Investigação apontou que o Governo de MG recolheu pagamento de empréstimos nos contracheques, mas não repassou aos bancos.
A área técnica do MPMG
(Ministério Público de Minas Gerais) tem até o próximo dia 27 de outubro para
emitir um parecer sobre o suposto recolhimento irregular de
parte dos salários dos servidores do Governo de Minas Gerais, entre 2017 e
2018, durante a gestão de Fernando Pimentel (PT).O prazo foi estabelecido pela
Justiça depois de o órgão pedir mais tempo para concluir as análises técnicas.
Após a avaliação dos documentos, a 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do
Patrimônio Público vai definir se irá denunciar ou não os investigados. O MP
recebeu o caso em junho de 2020, após a Polícia Civil indiciar o ex-governador Pimentel
e seu então secretário de Fazenda, José Afonso Bicalho Beltrão da Silva, por
peculato, devido a responsabilidade sobre os possíveis crimes.Na época, o
Departamento de Combate à Corrupção e Fraudes da Polícia Civil identificou que
a equipe econômica da gestão Pimentel se apossou de quase R$ 1 bilhão dos
servidores.Os valores foram recolhidos nos contracheques para pagamento de
empréstimos consignados feitos pelos trabalhadores. O Governo, no entanto, não
repassou o montante aos bancos, o que deixou alguns servidores com o crédito
negativado no mercado financeiro. O inquérito apontou que quase 280 mil
servidores foram afetados. Na época, o delegado Gabriel Ciríaco Fonseca
explicou que a equipe de Pimentel confirmou que sabia da prática, mas alegou falta
de recursos para fazer o repasse, devido à crise financeira que o Estado
enfrentava.O inquérito ainda indicou que a gestão petista em Minas Gerais não
quitou metade da dívida atrasada com os bancos. Os valores foram pagos pelo
governo de Romeu Zema (Novo), que assumiu em 2019.A assessoria de Fernando
Pimentel informou que só vai se manifestar após a conclusão das análises. A
reportagem aguarda retorno dos advogados de José Afonso Bicalho Beltrão da
Silva. Segundo inquéritoEm
abril de 2021, um segundo inquérito da Polícia Civil foi concluído no Depatri
(Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio) referente
ao caso.Nele, o delegado César Matoso optou por não
indiciar Pimentel. O investigador alegou, à época, falta de
elementos objetivos e subjetivos que indicassem o conhecimento e a intenção do
político na trama.Matoso indiciou José Afonso Bicalho e o ex-subsecretário do
Tesouro Paulo de Souza Duarte 102 vezes por peculato.Durante a investigação,
Duarte relatou aos investigadores que apenas cumpria ordens de Bicalho que, por
sua vez, disse que conversava com Pimentel sobre a situação geral do caixa do
Estado sem detalhar pagamentos específicos.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário