O consumo de substâncias como álcool e drogas por parte de condutores agrava a situação e resulta em uma incontável lista de problema sociais.
Em média,
de oito a doze pessoas são presas em flagrante quando da realização das
barreiras móveis, ou blitzen, ações desenvolvidas nos finais de semana (de
sexta-feira para sábado, preferencialmente) pela Polícia Civil, através da
Delegacia Especializada de Infrações de Crimes de Trânsito do Município, sob o
comando do Delegado Manoel Vanderic Correa Filho. Este trabalho impede que as
consequências destas infrações se desdobrem para casos mais graves, como
acidentes, ferimentos, lesões corporais e, em algumas situações, óbitos. Isto,
sem contar os prejuízos materiais. As abordagens são em número muito maior e,
quase sempre, resultam na aplicação de fianças, recolhimento dos veículos e
outras penalizações. Leia também: Homem é preso e investigado por
estupro a uma criança de 11 anos Na comparação com cidades do mesmo
porte, Anápolis estaria em situação pior, caso não houvesse a incansável
insistência nesse serviço sistemático da Policia Civil que, por sinal, poderia
ser mais amplo, por exemplo, durante todos os dias da semana. Só que, a
estrutura disponível não permite. Cada motorista bêbado, ou, drogado, impedido
de seguir viagem, é um risco a menos para a comunidade. As estatísticas mostram
que o trânsito brasileiro resulta em uma das maiores causas de mortes evitáveis
no Brasil. Supera, até mesmo, homicídios por armas de fogo em 13 estados e no
Distrito Federal. Dados recentes do Atlas da Violência 2024, em estudo da
Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do Rio Grande do Sul, revelam
que, em 2022, foram registradas 34.892 mortes no trânsito, enquanto os
homicídios por arma de fogo somaram 33.580. Números assustadores Estes dados alarmantes demonstram que a
insegurança no trânsito é uma epidemia silenciosa que precisa ser tratada com a
mesma seriedade do combate à violência. De acordo com a Organização Mundial da
Saúde, as mortes no trânsito não são acidentes, mas, sim, uma crise de saúde
pública mundial. E, a resposta para essa crise passa, entre outros fatores,
pelo aumento da fiscalização e pelo controle rígido sobre o uso de substâncias
psicoativas por motoristas. “O exame toxicológico é uma ferramenta essencial para
mudar o alarmante cenário de insegurança no trânsito brasileiro. Ele não,
apenas, ajuda a identificar e retirar das estradas motoristas sob o efeito de
substâncias psicoativas, principalmente bebidas alcoólicas, mas, também, atua
preventivamente e impede acidentes evitáveis”, destaca Pedro Serafim,
presidente da Associação Brasileira de Toxicologia. Questão de saúde Estudos recentes
mostram que o endurecimento da política de exames toxicológicos no Brasil já
apresenta resultados positivos. Com mais de um milhão e 200 mil motoristas
positivados e 350 mil removidos das estradas desde 2016, a medida tem
contribuído, diretamente, para a redução de sinistros no trânsito. “A
conformidade com essa obrigação legal não apenas protege empresas e motoristas
de sanções, mas, também, contribui significativamente para a segurança viária e
a preservação da vida humana”, completa o estudo. O exame toxicológico
periódico deve ser realizado a cada dois anos e seis meses por todos os
motoristas que tenham CNH nas categorias C, D e E. Sua principal finalidade é
garantir que o condutor continue habilitado com a CNH regular e livre do uso de
substâncias psicoativas. Não realizar o exame no prazo estipulado acarreta em
infração gravíssima, com multa de R$1.467,35, sete pontos na CNH e suspensão do
direito de dirigir por três meses. (Fonte Jornal Contexto Noticias GO)