Jornalista foi atacado na última quinta-feira (14) e se recupera de lesões em hospital particular de Brasília. Não há previsão de alta.
O jornalista Gabriel Luiz, da TV Globo, em Brasília, esfaqueado dez
vezes na noite da última quinta-feira (14), mostrou sinais de
evolução depois de ter sido submetido a uma série de cirurgias para conter as
hemorragias causadas pelos golpes. Segundo o boletim médico mais recente, ele
já consegue conversar, está lúcido e respira sem a ajuda de aparelhos. "De acordo com a família, Gabriel Luiz passou a
noite estável e sem intercorrências. Está com a pressão arterial controlada,
conversando, lúcido e consciente", diz um documento divulgado neste sábado
(16) sobre o estado de saúde do jornalista. Gabriel Luiz, contudo, segue sem
previsão de alta. Ele está internado em um hospital particular de Brasília.
Segundo o boletim médico, a família passou a noite com ele na UTI da
instituição hospitalar e vai se revezar no acompanhamento ao longo da
internação. Neste sábado, Gabriel Luiz conversou com o pai. O
jornalista foi atacado próximo do prédio onde mora, no Sudoeste, região
administrativa do Distrito Federal. Imagens de câmeras de segurança mostram que
ele estava andando em uma área de estacionamento quando dois homens começam a
segui-lo. Em seguida, um deles parte para cima de Gabriel e o segura, enquanto
desfere golpes de faca. Polícia Civil já
encontrou os suspeitos Os dois suspeitos envolvidos no ataque a Gabriel
Luiz foram identificados pela Polícia Civil do DF. Um deles é um adolescente de
17 anos, que já foi apreendido. Na tarde deste sábado, ele deve passar por
audiência de custódia. O outro é José Felipe Leite Tunholi, de 19 anos. Na
manhã deste sábado, ele foi levado ao Departamento de Polícia Especializada da
Polícia Civil, onde ficará preso de forma temporária até a realização da
audiência de custódia. Caso a Justiça determine a prisão preventiva dele, José
Felipe será transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda. A Polícia Civil trata o esfaqueamento a Gabriel Luiz como
tentativa de latrocínio, ou seja, roubo seguido de tentativa de
morte. A corporação descartou outras linhas de investigação e chegou a essa
conclusão depois de constatar que, após atacarem o jornalista, os dois jovens
levaram o celular e a carteira dele."Houve a subtração da carteira, da
qual os autores subtraíram R$ 250. Dispensaram o celular porque sabiam que
poderia ser rastreado. Com isso, as outras linhas de investigação estão, por
ora, descartadas", afirmou o delegado Douglas Fernandes, em entrevista à
imprensa nesta sexta-feira (15).De acordo com o delegado, José Felipe e o
adolescente de 17 anos não conheciam Gabriel Luiz. Os dois relataram que
estavam sob o efeito de drogas no momento do esfaqueamento. Segundo a Polícia
Civil, o menor de idade foi atingido durante o ataque ao jornalista e procurou
uma delegacia alegando que tinha sido assaltado, o que facilitou a
identificação dele. "Eles falaram que usaram muita droga e decidiram
cometer um roubo. O menor, inclusive, foi esfaqueado pelo maior acidentalmente
enquanto segurava o Gabriel. Ele foi para o hospital e depois a mãe de um amigo
dele decidiu registrar ocorrência policial, porque ele mentiu dizendo que havia
sido vítima de um assalto. Nós desconfiamos, porque seria raro dois crimes
muito parecidos na mesma região terem ocorrido praticamente no mesmo horário.
Percebemos que ele estava mentindo", detalhou Douglas Fernandes.(
fonte R 7 Noticias Brasília)