Blocos parlamentares intensificaram os acordos após eleição da mesa
diretora, mas lideranças ainda divergem sobre distribuição.
Os senadores devem deixar para
depois do carnaval as definições para as presidências das comissões do Senado.
Mesmo após a eleição da mesa diretora, as lideranças partidárias ainda negociam
as distribuições e há disputas dentro dos blocos parlamentares
mirando colegiados de maior destaque. O consenso é que Davi Alcolumbre (União
Brasil-AP) continue na presidência mais visada, a da Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ). O acordo
foi fechado como forma de apoiar a reeleição de Rodrigo
Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado. O PSD formou um
bloco com o União Brasil e o MDB para a recondução de Pacheco à presidência da
Casa. A moeda de troca foi liberar a CCJ para indicação do União Brasil. A
aliança, no entanto, tem sido motivo de desconforto entre senadores do próprio
PSD. O voto para a presidência do Senado é secreto, mas o que circula entre as
lideranças é que membros do próprio partido de Pacheco votaram contra a
reeleição dele em razão da parceria com Alcolumbre. O cenário fez com que o PL,
que tem a segunda maior bancada da Casa, entrasse na disputa pela condução da
CCJ. Esse plano, no entanto, é visto como improvável pelos próprios
parlamentares do partido. "A maior bancada da Casa que começa a indicação.
Temos um processo de proporcionalidade. Vamos ficar com o que remanesceu, o que
nos couber pelo direito de escolha", afirmou o senador Rogério Marinho (PL-RN),
líder da oposição do Senado. Previsão
Além da liderança na CCJ, o União Brasil pleiteia ficar à frente
de mais um colegiado. Dentro do partido, a indicação é para que a senadora
Soraya Thronicke (União Brasil-MS) fique com a presidência da Comissão de
Agricultura e Reforma Agrária (CRA). "Temos o Rodrigo Cunha na mesa, o
Alcolumbre para a CCJ. Para a segunda rodada de comissões eu sou o nome
escolhido dentro do partido", confirmou a parlamentar. Segundo Thronicke,
ela escolheu entre Agricultura e Reforma Agrária e Ciência, Tecnologia,
Inovação, Comunicação e Informática. "Optei pela que tem mais a ver com
meu histórico, meu eleitorado. É uma área que trabalho com mais
intimidade", disse. A senadora presidiu a CRA em 2019. O PSD deve começar
indicar a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O acordo é para
que o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) lidere os trabalhos. Ele confirmou a
indicação, mas ponderou que as conversas ainda estão sendo feitas. "No
máximo após o carnaval saem todos os nomes." O PSD chegou a pleitear a
Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CRE). A disputa, no
entanto, está sendo travada entre MDB e PT. Com a confirmação do senador Renan
Calheiros (MDB-AL) como líder da maioria, a tendência é que ele abra mão de
conduzir a CRE para que Fabiano Contarato (PT-ES) fique na cadeira mais alta da
comissão. A CRE tem sido disputada pela tendência de receber destaque em razão
dos ataques de 8 de janeiro e do papel da defesa nacional para coibir novos
episódios. Além da CRE, o PT mostra interesse em comissões como a de Assuntos
Sociais (CAS) e de Direitos Humanos e Minorias (CDH). Dentro do PSB, o acordo é
para que o senador Flávio Arns (PSB-PR) lidere a Comissão de Educação, Cultura
e Esporte (CE). A informação foi dada pelo líder do partido, senador Jorge
Kajuru (GO), que, nos bastidores, também tenta ficar com a presidência de outra
comissão. Outro nome cogitado é o do senador Wilder Morais (PL-MG) para a
presidência da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). Representando a
bancada feminina, as senadoras Daniella Ribeiro (PSD-PB) e Leila Barros
(PDT-DF) também devem ocupar cargos de presidência em comissões, mas ainda não
há indicação de quais. Entenda a divisão A ordem
de escolha dos nomes tradicionalmente segue a proporcionalidade partidária ou
dos blocos parlamentares. No entanto, essa configuração depende da
predisposição do presidente da Casa. Técnicos da Secretaria-Geral da Mesa do
Senado aguardam as definições finais dos blocos e dos partidos para realizar os
cálculos.A bancada de apoio ao governo foi dividida em dois blocos. O maior, chamado
Democracia, abriga 31 senadores do MDB, União Brasil, Podemos, PDT, PSDB e
Rede. O Resistência Democrática vem em seguida, reunindo 28 parlamentares do
PSD, PSB e PT.A maior parte da oposição está no Bloco Vanguarda, que tem PL,
Progressistas e Republicanos. O grupo soma 22 senadores.( Fonte R 7 Noticias
Brasilia)
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