O lado sombrio da tragédia
As águas das enchentes e inundações no Rio
Grande do Sul começam a baixar. É questão de tempo para que riachos, córregos,
rios e lagos retomem seus leitos normais e, geograficamente, tudo tende a se
ajeitar. Materialmente, claro. Os estragos na alma dos gaúchos vão demorar mais
um pouco, se é que, um dia, serão curados. A tragédia trouxe, muito mais do que
danos materiais e perdas econômicas, feridas de difícil (ou impossíveis)
cicatrização. Muitas vidas que se foram, muitos lares desfeitos, muitos empregos
perdidos, muitas ilusões desaparecidas, muitos sonhos não realizados. Pais que
ficaram ‘órfãos’ de filhos, filhos que ficaram órfãos de pais. Esposas que
perderam maridos, maridos que perderam esposas. É muita dor em tão pouco tempo.
Não se computa, nessa matemática, famílias que perderam tudo: casa, carro,
móveis, roupas e, até, documentos. Vai ser difícil a reconstrução, mesmo com
muita resiliência. Aliás, o brasileiro (e, muito particularmente, o sulista) é
resiliente, é insistente, é destemido. Mas, não será uma luta fácil, é um
episódio inesquecível, por mais que o tempo passe. E, nesse pesadelo que parece
irreal, há uma camada da população que sofre inconscientemente, sem muita noção
e sem muita certeza de tudo o que acontece. São as crianças, seres puros,
inocentes, sem qualquer culpa ou, responsabilidade pelo que ocorre à sua volta.
Muitas a amargarem a orfandade, muitas outras com a obrigação de se readaptarem
ao “mundo novo” que lhes foi apresentado. Difícil imaginar o futuro desses
infantes, em diferentes ciclos etários mas que, provavelmente, não irão
apagar de suas memórias os horrores da força incontrolável e indomável
das águas. E, ninguém, ninguém mesmo, pode garantir-lhes que isso não voltará a
acontecer. Talvez, já na próxima estação chuvosa. A natureza não se rende a
nada nem a ninguém. Faltou explicar A Prefeitura anunciou, na semana passada, um
ousado projeto de recapeamento e restauração da camada asfáltica por toda a
Cidade. Pelo anúncio, seriam 150 quilômetros que, somados aos 150 que o
Governo Municipal alega já haver concluído, seriam. então, 300 quilômetros.
Faltou explicar detalhadamente, mas presume-se que sejam quilômetros
quadrados (comprimento vezes largura), ou seja, a área de previsão para a
cobertura asfáltica. Até porque, 300 quilômetros lineares, significariam mais
que uma ida-e-volta de Anápolis a Brasília. Se forem (e acredita-se que seja)
quilômetros quadrados, serão 150 mil metros quadrados, logicamente. A
considerar-se a largura média de uma rua em 20 metros (pode ser mais e,
pode ser menos) isto sinalizaria 15 quilômetros lineares, ou seja, uma pista
com 20 metros de largura do trevo de acesso ao Recanto do Sol, à entrada
do DAIA. A calcularem-se os 150 que já teriam sido concluídos, é só multiplicar
por dois. É muito asfalto. Cine/documento Um projeto
cinematográfico assinado pelo professor Augusto César de Almeida e pelo
jornalista Edson Nunes, está em formatação e vai contar um dos episódios
mais interessantes da radiofonia anapolina: o fechamento das rádios
Santana e Cultura, em 1975, atribuído à disputa política municipal. De um lado,
o Grupo Santillo (Rádio Santana) e, do outro, o grupo de apoio aos governos
Estadual e Federal (na época da ditadura militar). A polêmica e os ataques
mútuos serviram como argumento para o então Dentel (Departamento Nacional
de Telecomunicações) decretar a perempção das outorgas das duas emissoras. O
material, que se propõe ser apresentado em festivais de cinema, é feito com
depoimentos de pessoas que viveram (e trabalharam) nas duas emissoras,
políticos, historiadores e outras personalidades anapolinas. Praias privatizadas A PEC em discussão
no Senado transfere a propriedade dos terrenos do litoral, hoje da Marinha,
para estados, municípios e privados. Aprovada em fevereiro de 2022 na Câmara,
estava parada desde agosto de 2023 no Senado. Ambientalistas alertam que isso
pode privatizar praias e comprometer a biodiversidade, obrigando brasileiros a
pagar para frequentá-las. Comércio lojista Após um aumento nas
vendas no Dia das Mães, o comércio varejista se prepara para o Dia dos
Namorados em 12 de junho. A queda no desemprego e mais capital em circulação
indicam crescimento nas vendas de roupas, perfumes, eletroeletrônicos, flores e
outros produtos temáticos. Estrangulamento Os congestionamentos
constantes no Viaduto “Nelson Mandela” são o maior problema do trânsito em
Anápolis. Devido ao intenso fluxo de veículos, a região representa um desafio
para as autoridades. A travessia entre o centro e a Vila Santa Maria de
Nazareth exige atenção e paciência. Muitos motoristas buscam rotas alternativas
em certos horários. A Estação Há um clamor pelo subaproveitamento do prédio da antiga
Estação Ferroviária na Praça Americano do Brasil. Projetado para eventos
culturais, permanece fechado. Apesar do alto investimento em sua restauração, o
local não tem apresentado resultados práticos. Após a inauguração, recebeu
alguns eventos, mas há tempos não registra qualquer atividade. Segurança viária Moradores da Vila de
São Vicente reclamam da falta de segurança para pedestres e ciclistas na BR 060
e na rodovia para Bonfinópolis, Goianápolis e Leopoldo de Bulhões. Muitos têm
atividades do outro lado da via (Vivian Parque, Vila União, Copacabana, Morumbi
e outros), tornando a travessia arriscada. Eles pedem a implantação de
barreiras eletrônicas ou lombofaixas para reduzir a velocidade dos veículos. Empregabilidade O Câmpus
Metropolitano da UEG realizará a 3ª edição do projeto Empregabilidade na Praça
em 4 de junho, em um shopping de Aparecida de Goiânia. O evento conecta
profissionais e estudantes a empresas, oferecendo mais de 4.500 vagas de
emprego, estágio, e oportunidades para menores aprendizes e 60+. Há defensores
de um projeto semelhante para Anápolis, cidade natal da UEG. Saúde pública A Prefeitura de
Anápolis aposta na nova unidade de saúde, Hospital Municipal “Georges Hajjar”
(antigo Leblon), para aliviar a demanda por atendimento médico, aumentando a
capacidade de internações na rede pública. Outra aposta é a entrega da UPA da
Mulher, que oferecerá mais espaço para atender mulheres de todas as idades em
suas solicitações. Direto ao ponto Está perto de se encerrar o prazo
estipulado para o reinício das obras do Anel Viário do DAIA. Foi anunciado um
acordo com a mediação do Ministério Púbico que, em 45 dias, a contar do dia 26
de abril, as máquinas entrariam em operação. Falta, assim, pouco mais de uma
semana para que se confirme (ou não) o cumprimento do que ficou estabelecido. Há, na Cidade, um indagação sobre os
destinos do letreiro que identificava o Centro de Convenções de Anápolis. As
letras gigantes que existam em frente ao estabelecimento, foram retiradas e não
se fez qualquer explicação técnica a respeito. Tinha-se como certo que elas
estariam danificadas. Mas, ainda não foram restauradas, ou, mesmo,
substituídas. Os alimentos ultraprocessados já correspondem
a 25% de todas as calorias consumidas no Brasil, de acordo com um estudo do
Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde. Este alto consumo
preocupa as autoridades médicas, principalmente as da pediatria, tendo em vista
os riscos que ele oferecem à saúde de crianças e adolescentes. Estão em curso algumas pré-campanhas
para vereador que mais parecem pré-campanhas para deputado, ou, senador. O
envolvimento de pessoas (e de recursos) assusta os candidatos de menores
posses. Isto sinaliza que a disputa, este ano, em Anápolis, terá um grande
diferencial: ou seja, o fator econômico, mesmo que disfarçado, falará mais
alto. Pobre futebol anapolino. O “grande clássico” deste domingo
(02 de junho) será disputado entre Anapolina e Grêmio Anápolis. Pela
Série B, ou Segunda Divisão, diga-se de passagem. Saudades de se ver o Estádio
“Jonas Duarte” lotado nas tardes de domingo para o clássico Galo X Rubra. Será
que esta alegria, um dia, ainda, volta? Vai saber…( Fonte Jornal Contexto
Noticias GO)