Eduardo
Velloso toma posse e elege saúde como prioridade em seu mandato.
Tomou posse no Plenário nesta terça-feira (31) o
senador Eduardo Velloso (União-AC). Ele é o primeiro suplente do senador Márcio
Bittar (União-AC), que se licenciou do cargo por 121 dias para tratamento de
saúde e de assuntos particulares. Em seu primeiro pronunciamento, Eduardo
Velloso, que é médico, disse que vai priorizar o fortalecimento do Sistema
Único de Saúde (SUS), especialmente em localidades menos desenvolvidas, onde
muitos pacientes não encontram os serviços de que precisam. No Acre, por exemplo,
disse o senador, muitos moradores precisam se deslocar para cidades de outros
estados para o tratamento contra o câncer. — Muitos cidadãos morrem antes mesmo
de conseguirem se deslocar para o seu tratamento — lamentou. Também no setor de
saúde, Eduardo Velloso defendeu a inclusão da oftalmologia entre as
especialidades ofertadas pela atenção básica de saúde. Ele citou que uma
pesquisa veiculada pela Revista Veja aponta que 34% dos brasileiros
jamais se consultaram com um médico dessa área. O senador ainda criticou a
desigualdade de renda entre os brasileiros, especialmente quando se compara o
valor do salário-mínimo pago aos trabalhadores da iniciativa privada com o
vencimento equivalente ao teto do serviço público. Ele ainda defendeu mais
investimentos na prática de esportes nas escolas. — O esporte é
emancipatório, porque ensina aos jovens o valor da disciplina, além de melhorar
a saúde e a qualidade de vida da nossa população. Esse é um tema que requer
políticas públicas criativas e eficazes. No Acre, o esporte foi visto, muitas
vezes, sob uma ótica desenvolvimentista. Criar e ampliar espaços. Mas não
podemos nos descurar da capacitação profissional e da continuidade dos
programas — defendeu. Saneamento
básico e economia Eduardo Velloso aproveitou seu primeiro
pronunciamento para também chamar a atenção para a necessidade de investimentos
no saneamento básico. Segundo ele, de acordo com um ranking das 100 maiores
cidades do Brasil, conduzido pelo Instituto Trata Brasil, a capital do Acre,
Rio Branco, ocupa as piores posições nos últimos anos.— É evidente que a
escassez de serviços de saneamento do Acre dificulta o combate a doenças das
mais diversas e complexas. Diante dos trágicos números, toma-se conhecimento de
que apenas 48% da população tem acesso à água potável no nosso estado e somente
10% dos acrianos têm esgoto coletado — citou.Já na economia, o senador lamentou
que, apesar de suas riquezas naturais, o Acre ainda dependa do que ele chamou
de "exploração primitiva" de recursos, ao se referir à coleta de
castanha-do-brasil. Para o senador, é possível explorar o patrimônio ambiental
de forma racional e equilibrada, afastando-se de um modelo econômico que levou
o estado a ser um dos mais pobres do país e mais dependente do governo federal.Por
fim, ele defendeu a construção de uma rodovia entre Cruzeiro do Sul, no Acre, a
Pucallpa, no Peru. Para ele, essa medida vai viabilizar a atividade econômica
de vários estados, especialmente os do Norte do Brasil, ao garantir mais uma
saída dos produtos brasileiros para o Oceano Pacífico. Fonte: Agência Senado