Paquistão restaura acesso à
internet e redes sociais após três dias de bloqueio.
Medida tentava conter protestos
violentos após a prisão do líder islâmico radical Saad Rizvi em diversos pontos
do país.
O
governo do Paquistão restaurou
o acesso às redes sociais do país nesta segunda-feira (19), após três dias de
bloqueio de todos os canais de comunicação e redes sociais, confirmou o think
tank holandês especializado em telecomunicações Telecompaper.
A medida tentava conter protestos
violentos após a prisão de Saad Rizvi,
líder do partido islâmico radical TLP (Tehreek-e Labiak) em Lahore, no nordeste
do país. As autoridades determinaram a interrupção de Twitter, Facebook,
WhatsApp, YouTube e Telegram ainda na sexta-feira, quando as manifestações
alcançaram o ápice. Pelo menos cinco pessoas, incluindo dois policiais,
morreram em meio aos protestos na capital, Islamabad, e outras cidades do país,
como Karachi e
Lahore, registrou o serviço Gandhara da
RFE (Radio Free Europe). Na quinta-feira, manifestantes foram até a embaixada
da França para pedir que diplomatas franceses deixem o Paquistão. O motivo para
a prisão de Rizvi tem a ver com o envolvimento do político nas manifestações
anti-França que movimentam o Paquistão desde o final do ano
passado. Em outubro, o Paris condenou o ataque ao professor Samuel Paty, 47, morto após
mostrar charges do profeta Maomé em sala de aula. Qualquer
representação de Maomé é proibida no Islã e é considerada ofensiva pelos
muçulmanos. O TLP iniciou uma campanha de protestos pela expulsão do embaixador
francês. Negociação
e policiais sequestrados Apesar dos bloqueio, os
tumultos no Paquistão não cessaram. O governo paquistanês prometeu discutir a
questão em fevereiro. Líderes do TLP alegam que Islamabad violou o suposto
acordo. Na quarta-feira (14), o governo paquistanês prometeu banir o TLP do
país, conforme as leis
antiterrorismo locais. Em meio aos confrontos, apoiadores do
TLP atacaram uma delegacia de Lahore e fizeram policiais como reféns, nesta
segunda (19). À Associated Press,
o ministro do Interior, Sheikh Rashid Ahmad, afirmou que 11 agentes estavam no
local. Os radicais libertaram o grupo após uma rodada de negociações. Segundo
Ahmad, os protestos continuaram nesta segunda-feira com 192 bloqueios de
estradas e rodovias em todo o país. A grande maioria dos pontos já está
liberado, informou.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)