Chefe do Executivo recebeu alta hospitalar nesta
quarta-feira (5) após dois dias internado em um hospital na capital paulista.
Após receber alta hospitalar depois de dois dias internado em um
hospital em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta
quarta-feira (5), que querem "politizar a tentativa de homicídio"
sofrida por ele durante a campanha eleitoral de 2018. Bolsonaro reclamou também
das críticas que recebeu por estar "vitimizando" a nova internação."Querem
politizar uma tentativa de homicídio. As imagens mostram a faca entrando,
inclusive o brilho da faca quando sai. Falar que isso é uma faca fake? A faca
passou por poucos milímetros da aorta", disse Bolsonaro em entrevista
coletiva. "O pessoal tem dúvida, alguns dizem que seria armação da minha
parte. A faca entrou e, na hora, alguns falaram que não sangrou, mas uma facada
nessa região não sangra porque vai tudo para dentro", acrescentou. De
acordo com Bolsonaro, a internação não tem efeito político com vistas às
eleições de 2022. "Estava previsto para eu retornar na terça-feira a
Brasília, mas vim parar aqui. Agora, querer levar para o lado da politização,
que estou vitimizando, é brincandeira, né?."O mandatário criticou, ainda,
a investigação do caso do atentado pela PF (Polícia Federal). "O Adélio
[autor do ataque], as pessoas da pousada, duas já morreram. Está muito parecido
com o caso do Celso Daniel", avalia. "O delegado saiu do caso, está
indo para o exterior, o processo foi reaberto depois de três anos, e eu espero
que a PF aprofunde mais, porque agora conseguimos adentrar nos telefones dos
advogados [do Adélio]", disse.O médico Antônio Luiz Macedo, que acompanha
Bolsonaro desde a facada de 2018, afirmou que o presidente passou por uma
cirurgia "muito bem feita pelos profissionais que o atenderam"
primeiramente, na época, na Santa Casa de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Segundo o profissional, poucos dias depois do atentado, houve uma quantidade de
reação imunológica. "Embora esteja tudo bem, essas aderências possibilitam
quadro de obstrução intestinal. Normalmente, nesses quadros, não operamos
direto", afirmou. Assim que chegou ao hospital na capital paulista, o
presidente publicou nas redes sociais que passaria por exames para avaliar a
necessidade de uma possível cirurgia. O médico pontuou que foi colocada uma
sonda nasogástrica, retirada na última terça-feira (4).O profissional explicou
que, no dia que chegou, na madrugada de terça-feira, o intestino do presidente
estava começando a funcionar. "No dia seguinte, já estava bem. Vai fazer
dieta especial em uma semana, vai fazer apenas caminhada, sem exercícios
intesos. Mas ele está curado e pronto para o trabalho", complementou.Bolsonaro
disse que o desconforto abdominal, provavelmente, ocorreu porque ele comeu
peixe e camarão, sem mastigar, no último domingo (2).Mais cedo, Bolsonaro usou
as redes sociais para comunicar que recebeu alta após dois dias internado no
Hospital Vila Nova Star, na zona sul da capital paulista, para tratar um quadro
de obstrução intestinal."Alta agora. Obrigado a todos. Tudo posso naquele
que me fortalece", escreveu o mandatário em sua página no Twitter. O texto
é acompanhado de uma imagem em que o presidente aparece com a equipe médico que
o atendeu durante os dias de internação, incluindo o médico-cirurgião Antônio
Macedo, que acompanha Bolsonaro desde o atentado a faca em 2018. Macedo chegou
a antecipar o fim da viagem que fazia às Bahamas e voltou ao Brasil na madrugada
da segunda-feira (3) para avaliar a necessidade do chefe do Executivo passar
por nova cirurgia. Ao R7, ele havia antecipado que o procedimento talvez não seria
necessário. No entanto, durante a internação a equipe
médica implementou uma sonda nasogástrica no presidente e o submeteu a uma
dieta líquida. Como o aparelho digestivo do mandatário respondeu bem ao
tratamento, não foi necessário um novo procedimento cirúrgico.A obstrução no
intestino de Bolsonaro foi reflexo do ataque à faca que ele sofreu em 2018, durante
a campanha presidencial. Desde o atentado, o presidente passou por seis
cirurgias. Foram quatro em 2018 e duas em 2019 — para retirada da bolsa de
colostomia e para correção de uma hérnia na incisão da cirurgia.A última
internação de Bolsonaro por problemas no aparelho digestivo tinha sido em julho
de 2021, quando ele ficou hospitalizado por quatro dias com um quadro de
obstrução parcial do intestino delgado. À época, os médicos descartaram fazer
uma cirurgia no presidente por ele ter se recuperado sem grandes dificuldades. (
Fonte R 7 Noticias Brasil)