ONU:
Conselho de Segurança analisa crise humanitária e ameaça de fome no Iêmen.
Em
reunião com a cúpula, chefe do Programa Mundial de Alimentos apelou por paz e
cessar-fogo no país árabe.
O diretor-executivo
do Programa
Mundial de Alimentos, David Beasley, apelou para a paz no Iêmen e
pediu um novo financiamento para socorrer as famílias que passam fome no
país. Ao Conselho de Segurança da ONU, nesta quinta (11), Beasley falou
sobre o conflito no país árabe e a iminência da pior crise de
fome vista na história moderna. Segundo ele, mais da metade dos
iemenitas estão sofrendo com escassez aguda de
alimentos. Ele contou que com mais financiamento será possível aliviar o
problema. O Iêmen vive um conflito
civil entre tropas do governo, apoiadas pela Arábia Saudita, e rebeldes
houthis, apoiados pelo Irã. Na capital Sanaa,
ele visitou um hospital. Metade das crianças abaixo de cinco anos, um total de
2,3 milhões de pessoas, devem enfrentar má nutrição
aguda ainda este ano. Pelo menos 400 mil sofrerão de má
nutrição aguda severa. Sem tratamento urgente, eles correm risco de morte. Na
enfermaria infantil, Beasley disse que encontrou silêncio absoluto porque as
crianças estão bastante doentes e abatidas. Muitas famílias sequer têm como
transportar as crianças ao hospital. Vários postos de saúde estão recusando a
internação por falta de
leitos. Para o PMA, a assistência
humanitária com alimentos é a primeira linha de defesa contra a
fome no Iêmen, onde 16 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar. No
momento, a Agência da ONU prioriza assistência a 11 distritos que já estão
passando fome para evitar o pior. Mas outros milhões de iemenitas também
precisam de apoio contra a iminência de fome, a falta de combustível e a disparada no
preço dos alimentos. Mulheres e meninas Segundo Beasley, 14 navios
cargueiros com combustível estão na costa do Mar Vermelho,
sem poder entrar no país. Desde 3 de janeiro, nenhuma embarcação foi autorizada
a atracar no porto de Hodeida. Sem combustível, os hospitais e o comércio não
podem funcionar. Para o chefe do PMA, a situação no Iêmen é infernal e
terrível. David Beasley disse que o país está se tornando o pior lugar do mundo
numa crise totalmente produzidas por seres humanos. Ao passar o Dia
Internacional da Mulher no Iêmen, ele afirmou que é preciso dar autonomia a
meninas e mulheres como forma de se alcançar a fome
zero. A agência pede US$ 1,9 bilhão para evitar uma crise arrasadora de
fome no Iêmen este ano. David Beasley disse que a assistência
alimentar salva vidas, mas não resolver a crise do Iêmen,
somente uma solução de paz duradoura, que revitalize a economia e estabilize a
moeda local, poderá alcançar essa meta.( Fonte A Referencia Noticias
Internacional)