Decisão do ministro do STF neste sábado faz referência
ao caso em que a deputada apontou uma arma para um homem em São Paulo.
O ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou neste sábado
(5) a Procuradoria-Geral da República (PGR) colher o depoimento da deputada
federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP). A decisão do magistrado faz referência
ao caso em que a parlamentar
apontou uma arma para um homem em São Paulo, no último dia 29,
às vesperas do segundo turno das eleições (veja no vídeo abaixo). No
documento, Gilmar Mendes estabelece que a oitiva deve ser realizada pela PGR
"por intermédio dos meios processuais e das soluções tecnológicas
cabíveis, sob pena de revelia e de prosseguimento das investigações
independentemente da colheita dos esclarecimentos a serem prestados pela
parlamentar federal".A determinação do ministro atende à própria PGR, que havia pedido permissão ao STF, nessa sexta-feira (6), para tomar o depoimento de Carla
Zambelli antes de decidir se abriria uma investigação sobre a parlamentar, que
teve os perfis das redes sociais Twitter e Instagram suspensos por
determinação da Justiça, na última terça-feira (1º). Carla
Zambelli afirmou nessa sexta-feira (4) que está nos Estados
Unidos para entregar à Corte Interamericana de Direitos Humanos um documento com
relatos sobre censura e violação de direitos humanos no Brasil. "A
minha equipe está fazendo um material robusto sobre os problemas que nós
estamos passando no Brasil em relação aos nossos direitos humanos. E vou levar
até Washington, na Corte Interamericana de Direitos Humanos, e
dizer o que a gente está passando," disse a deputada em uma entrevista
feita por videoconferência a um canal de notícias brasileiro. A corte à qual a
deputada se refere, no entanto, está sediada em São José, na Costa Rica. O órgão que tem sede na capital
americana é a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Os dois
órgãos fazem parte do Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos
(SIPDH).Arma No episódio com a
arma, em São Paulo, Carla Zambelli afirmou que sacou e apontou o revólver
depois de ter sido agredida e xingada pelo homem, que, segundo a parlamentar,
seria militante do presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um vídeo gravado de outro
ângulo, no entanto, mostra Zambelli caindo após tropeçar."Me empurraram,
até me machucaram aqui, me empurraram no chão. Ele me cuspiu várias vezes.
Quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar
a polícia, que ele tinha que ficar aqui para esperar a polícia chegar. E aí ele
se evadiu, eu saquei a arma e saí correndo atrás dele, pedindo para ele
parar", explicou Zambelli, num vídeo.( Fonte R 7 Noticias Brasília)