Conhecida
na web como Tita Pipoka, influenciadora incentiva projetos sociais para criar
oportunidades profissionais aos estudantes.
Telma Seidi, 32 anos é uma
empreendedora africana, natural de Guiné-Bissau, na África. Na web,
ela é conhecida pelo nome artístico Tita Pipoka, uma influenciadora que
luta pelos direitos do povo africano.Com a ajuda de um time liderado por jovens
que acreditam no poder do digital, a influenciadora desenvolve o projeto Empoderamento
Digital em escolas e universidades da região. O objetivo é
promover a cultura do país e criar perspectivas para o povo local. “É preciso
mostrar as maravilhas de Guiné-Bissau, a internet não é só compartilhar memes e
figurinhas. É criar oportunidades quando não são dadas para nossa gente”,
comenta. O grupo realiza palestras nas instituições de ensino sobre
conceitos do mundo digital e empreendedorismo. Além das palestras
realizadas com os estudantes, a empreendedora busca ajuda e apoio de
organizações para ampliar o trabalho digital. "Quero oferecer cursos de
capacitação gratuitos para esses jovens. Infelizmente, no país são poucas as
empresas voltadas à tecnologia", explica.Outra ideia de Tita é conseguir
doações de materiais que possam ser usados e ofertados para os estudantes e
colocar em prática o que é dito nos encontros. “Pelas redes, podemos estudar
algo novo, realizar cursos gratuitos profissionalizantes de qualquer parte do
mundo e até obter um certificado", avalia. "Por que não usarmos isso
ao nosso favor e para darmos uma nova perspectiva profissional para os nossos
jovens?”. Mesmo sem tantos recursos, o grupo começa a ver resultado e jovens
impactados pela ação já colocam em prática o que aprendem. É o caso
de Hélio Ebenezer Fernandes Évora, influenciador digital africano. Logo
que aprendeu a utilizar as plataformas digitais, seus vídeos viralizaram e a vida
dele se transformou. Segundo o rapaz, até novos contratos de trabalhos
surgiram. "Tudo mudou para melhor! As pessoas me reconhecem nas ruas e
recebo mensagens gratificantes. Sinto que sou um transmissor de alegria",
diz.Hélio cria vídeos com dublagens em crioulo acompanhados de figurinos
divertidos dos personagens, trazendo mensagens engraçadas, mas com teor social
para chamar atenção de quem assiste na web. O rapaz já conta com quase 150 mil
seguidores na plataforma do TikTok (@heliofernandes72).Para Telma, as redes
sociais têm uma força gigantesca para projetar o que ocorre em seu país.
"Guiné sempre está relacionado com assuntos políticos e econômico, mas o
que nos falta é mostrar o lado social, humano, turístico e gastronômico.
Possuímos paisagens lindas em lugares incríveis, como o Arquipélago de Bijagós,
protegido pela Unesco. Temos um país seguro, com baixa taxa de criminalidade e
um povo hospitaleiro", explica. Sempre envolvida à luta pelo acesso à
educação de qualidade e igualitária, como na formação de liderança feminina,
Telma se define como uma pessoa destemida, batalhadora, independente e de
opinião forte. “Em Guiné, sabemos que existem diversos problemas de cunho
social e falta de oportunidades. Por isso, desde cedo sempre fui uma pessoa que
buscou por Justiça e igualdade a todos”, diz.Atualmente, a africana está com
novos projetos, inclusive no Brasil. “Estamos fechando parcerias para discutir
mais sobre a importância do digital e é surpreendente saber como o povo
brasileiro tem curiosidade sobre a cultura africana, mesmo distantes, somos
dois países falantes da língua portuguesa.”Projeto
conecta grupo do Brasil com estudantes de países africanos Danyele
Slobodticov é uma das líderes do SFL (Students For Liberty Brasil). A
organização mundial é liderada por estudantes, que de forma voluntária,
auxiliam no desenvolvimento de habilidades de liderança e princípios de
liberdade. A ajuda se dá por meio de mentorias, seja para a elaboração de um
trabalho acadêmico, auxilio em um novo idioma ou mesmo dicas de comportamento
durante uma entrevista de trabalho.O Projeto Brasil-África nasceu da
necessidade de desenvolver os coordenadores regionais no continente africano.
“Por sermos falantes do mesmo idioma em alguns países, percebemos a chance em
dar esse suporte, compartilhar experiências e conhecimento,"
explica Danyele. Esse é o caso do moçambicano Jaime Vaz, que
pretende se tornar um coordenador local com o propósito de gerar impacto na
comunidade. Para colocar seu sonho em prática, ele recebe o suporte de
estudantes brasileiros. "Quero ser alguém que no futuro formou muitos
grupos, expandiu ideias e criou movimentos que impactaram positivamente a vida
das pessoas que aqui vivem”, relata. A organização abre inscrição para novos
voluntariados no mundo todo. Para participar dos projetos e ações sociais, os
interessados precisam preencher um formulário eletrônico na página da
organização pela internet. Em seguida, os selecionados passam por um processo
seletivo.( Fonte R 7 Noticias Brasil) *Estagiário
do R7 sob supervisão de Karla Dunder