Números foram apresentados ao governador Ronaldo Caiado e ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. O documento será também encaminhado a outros gestores municipais. Os indicadores foram buscados através de várias fontes oficiais
Em cartas informativas endereçadas ao
governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, o
presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Edson Ferrari,
apresentou dez indicadores alarmantes sobre a situação da primeira infância. Em
breve, o documento- apresentado na reunião que resultou na criação do Comitê
Goiano do Pacto Nacional pela Primeira Infância- também será entregue aos
demais prefeitos municipais do Estado. Esse
período de vida, que vai de zero aos seis anos de idade, é considerado o mais
importante para o desenvolvimento humano, por ser determinante para saúde
física e mental do indivíduo, com impactos também nas gerações seguintes. VOCÊ PODE GOSTAR Confira o funcionamento
das repartições estaduais no feriado de Tiradentes Com parcelamento maior,
calendário do IPVA passa por mudanças Goiás gerou mais de 170 mil empregos desde janeiro de 2019 Os indicadores foram levantados de diversas fontes
oficiais, como IBGE, Ministério da Saúde e da Educação, DataSUS, dentre outras.
Os números foram divulgados durante encontro realizado no Tribunal de
Justiça de Goiás reunindo representantes dos três poderes, órgãos independentes
e sociedade organizada do Estado de Goiás para a assinatura do pacto nacional,
coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Preocupação Ferrari, que
também preside o Comitê Técnico de Avaliação do Pacto Nacional pela Primeira
Infância junto ao Instituto Rui Barbosa, entidade que congrega os tribunais de
contas brasileiros, mostrou dados preocupantes, como a grande quantidade de
mortes maternas, excesso de partos cesarianos e baixa quantidade de crianças
nas creches, dentre outros.O TCE de Goiás foi escolhido pelo CNJ para, a partir
de um portal que o órgão goiano elaborou, com dados de todo os estados e
municípios brasileiros, contendo indicadores – atualmente dez, podendo chegar a
14 – também disponibilizar esses dados aos municípios e estados.O portal será acessível ao
público a partir de 26 de abril em curso. Os quadros
mostrarão a situação no Brasil, indo desde o “alerta máximo” (na cor vermelha),
passando pelo “cuidado e alerta” (cor amarela) e o “parabéns”, representado
pela cor verde.Há, ainda, a cor cinza que revela não haver informações
disponíveis, merecendo, portanto, “atenção”.Um dos indicadores apresentados que
mostra um quadro crítico diz respeito à mortalidade materna.Nos três níveis –
federal, estadual e municipal – foi aplicada a cor vermelha, uma vez que no
Brasil foi detectado um índice de 67,9 mortes maternas a cada cem mil nascidos
vivos, número que sobe para 72,3 em Goiás e 72,5 em Goiânia.Também é gravíssima a situação
com relação ao percentual de partos cesáreos, que no Brasil chega a 57,2%,
enquanto em Goiás vai a 68,5% e na capital sobe para 69,7%.Quando se fala na
quantidade de crianças em creches nos municípios, a ordem inversa mostra a
fragilidade desse indicador. No Brasil são apenas 29,8% dos menores de seis
anos de idade matriculados, enquanto nos municípios de Goiás são 20,6% e em
Goiânia, 23,9%.Os números também mostram preocupação com relação a outros
indicadores: percentual de nascidos vivos de baixo peso, cobertura de
esgotamento sanitário, vacinação contra a poliomielite.Ainda: taxa de
mortalidade infantil, taxa de mortalidade na infância e percentual de cobertura
das equipes da saúde da família. (Informações da assessoria do TCE-GO –( Fonte
Jornal Contexto Noticias GO)