Mais da metade dos pacientes com cânceres relacionados ao tabagismo no Brasil não sobrevive, com letalidade acima de 80% em alguns casos.
O
estudo “Impactos do tabagismo além do câncer de pulmão”, divulgado pela
Fundação do Câncer, revela dados preocupantes sobre a letalidade de cânceres
relacionados ao tabaco. Mais de 80% de letalidade, como observado no câncer de
esôfago, é uma realidade alarmante. Outros tipos de câncer estudados incluem
cavidade oral, estômago, cólon e reto, laringe, colo do útero e bexiga. Alfredo
Scaff, coordenador do estudo, enfatiza a urgência em alertar a população sobre
o papel central do tabagismo nesses cânceres. Segundo o Instituto Nacional do
Câncer (Inca), o câncer é a segunda principal causa de morte no Brasil, com 239
mil óbitos em 2022 e 704 mil novos casos estimados para 2024. O estudo destaca
que 26,5% das mortes por câncer em 2022 e 17,2% dos novos diagnósticos são de
cânceres relacionados ao tabaco. A letalidade desses cânceres foi calculada com
base em taxas ajustadas dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) e
do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Estatísticas regionais Os dados variam
conforme a região e o tipo de câncer. O câncer de cavidade oral tem letalidade
de 43% em homens e 28% em mulheres, com maior índice entre homens no Nordeste
(52%) e mulheres no Norte (34%). O câncer de esôfago apresenta letalidade acima
de 80% em ambos os sexos, alcançando 98% entre homens no Sudeste. Já o câncer
de estômago possui letalidade de 71%, com a Região Norte atingindo 83%. Para o
câncer de cólon e reto, a letalidade é de 48% entre homens e 45% entre
mulheres. No caso do câncer de laringe, a letalidade entre homens é de 65%,
enquanto entre mulheres varia de 48% a 88% em todo o Brasil. O câncer do colo
do útero apresenta letalidade de 42%, com tabagismo contribuindo para altas
taxas no Norte, embora a prevenção primária esteja disponível através da
vacinação contra o HPV. O câncer de bexiga tem
letalidade de 44% em homens e 43% em mulheres. Scaff destaca a letalidade como
indicativo da agressividade desses cânceres e da dificuldade no diagnóstico
precoce e tratamento eficaz. Esses dados reforçam a necessidade de iniciativas
para reduzir o tabagismo e aumentar a conscientização sobre seus riscos. (Com
informações da Agência Brasil) (Fonte Jornal Contexto Noticias GO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário