Um estudo da Agência Nacional de Águas, publicado esta semana, mostra que o Brasil pode perder 40 por cento de disponibilidade de água até 2040, portanto, daqui a 16 anos. Numericamente, é quase a metade de todo o volume disponível. Um dado ameaçador, preocupante e extremamente sério.
A pesquisa “Impacto da Mudança Climática nos
Recursos Hídricos do Brasil” deu início à Jornada da Água 2024, que terá como
tema “A Água nos Une, o Clima nos Move”. E, por ela, a água pode diminuir nas
bacias hidrográficas do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e parte do Sudeste. O
levantamento aponta um cenário incerto sobre as condições climáticas futuras no
Centro-Oeste. E, é no Centro Oeste que fica Goiás e é no Centro Oeste que fica
Anápolis e mais duas outras grandes cidades (Goiânia e Aparecida de Goiânia)
classificada entre as 100 maiores do Brasil. Sem contar, claro, Brasília, a
maior e a mais importante de todas elas. É inimaginável admitir estas
comunidades colapsadas em termos de fornecimento de água potável. O que seria das
populações, o que seria das indústrias, do comércio, da prestação de serviços,
da produção de alimentos? Leia também: Adeus à grande dama Não
é nenhum terrorismo barato, nem qualquer ameaça sem fundamento. Os dados são
técnicos e precisam, o quanto antes, da tomada de providências e iniciativas
por parte dos governos. A água, um dos quatro elementos da natureza (os outro
são terra, ar e fogo) é insubstituível, água é vida. E, quanto mais difícil for
encontrá-la, quanto mais cara for a sua manutenção, mais haverá o
empobrecimento das comunidades. Caminho curto para a sucumbência. A história de
Anápolis revela uma progressiva escassez de água potável. Em menos de 50 anos,
a abundância de água na cidade degradou-se drasticamente, agora representando
uma ameaça real. Investimentos em infraestrutura, como redes e reservatórios,
tornam-se infrutíferos sem um suprimento adequado. Anteriormente abastecida
pelo Ribeirão Antas, agora depende do Sistema Piancó, distante 12 quilômetros,
alimentado pelos ribeirões Anicuns e Capivari. Com o crescimento da demanda, o
Lago Corumbá IV, a 30 quilômetros, emerge como possível nova fonte. A situação
crescentemente complicada desafia as futuras administrações da cidade.( Fonte
Jornal Contexto Noticias GO)
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