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domingo, 1 de maio de 2022

VIDANEWS - Morador do DF sofre com doença que o deixou com perna gigante.

 

Raimundo Nonato espera consulta com especialista na rede pública há quatro anos: 'Ainda tenho esperança que vou conseguir'.

Dores, desconforto e dificuldade para caminhar. Há 27 anos Raimundo Nonato Ribeiro Alves sofre com um linfedema na perna direita, um tipo de congestão dos vasos linfáticos que provoca dores agudas e infecções recorrentes. Ao longo dos anos, o membro inferior de Nonato cresceu tanto que já chega a pesar 81 kg. Aos 40 anos, o morador de uma região menos desenvoldida de Águas Claras, no Distrito Federal, sonha com uma cirurgia de amputação que pode mudar completamente sua qualidade de vida. O laudo encaminhando Nonato à ortopedia do Hospital do Paranoá é de 2018 e solicita que a cirurgia de amputação seja avaliada por uma equipe de especialistas. No entanto, em quase quatro anos, o aposentado sequer foi chamado para a consulta. Leia também: Pais denunciam falta de atendimento para os filhos na rede pública de saúde Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Nonato não está inserido no Sistema de Regulação, ou seja, não está na fila de cirurgias, e, mesmo com o encaminhamento, precisa procurar novamente uma Unidade Básica de Saúde para agendar consulta com especialista. “Eu fiquei muito triste quando soube que está tão atrasado, são quatro anos esperando uma ligação que parece que nunca vai acontecer”. Na rede particular, a cirurgia foi avaliada em R$ 80 mil. Valor inacessível para a família, que vive basicamente da renda da aposentadoria de Nonato. Apesar das dores cotidianas e da dificuldade em se locomover, ele não perde a esperança. Sentado em uma calçada e com a perna estendida, ele fala com confiança como sua vida mudaria para melhor se pudesse fazer a cirurgia. Cirurgias e internações: uma vida imobilizado Nonato conta que a perna começou a inchar ainda durante a adolescência. Aos 14 anos, ele jogava futebol quando percebeu que uma das pernas estava maior que a outra. "Quando eu colocava o meião, notava que estava inchada, mas era pouca coisa maior que a outra. Procurei o médico em 1995, foi aí que começou a minha luta", detalha. Leia também: Menina de 4 anos ganha próteses feitas em impressora 3D no DF Na época, ainda jovem, tirava o sustento do trabalho como agricultor em Grajaú, no leste do Maranhão. Na terra, junto aos pais e aos irmãos, Nonato plantava arroz, milho, feijão e mandioca. Ele conta que tinha uma vida saudável. “Mas aí eu descobri esse problema e fui para Teresina, no Piauí, fazer o tratamento. Consegui tudo pelo SUS, fiz sete biópsias, porque os médicos achavam que era um câncer. Acabei fazendo três cirurgias, uma delas para a retirada de um tumor”, detalha. Os médicos tinham alertado que ele ficaria com uma perna diferente da outra, mas o problema tomou uma proporção que Nonato não esperava e ele perdeu as contas de quantas vezes ficou internado por causa de infecções. Na última internação, ele passou 13 dias na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Núcleo Bandeirante com uma ferida aberta e com quase nenhuma mobilidade. Leia também: Sem atendimento, pacientes enfrentam o descaso na saúde pública do DF O aposentado passou a fazer acompanhamento médico no HUB (Hospital Universitário de Brasília) e em uma consulta descobriu que foi vítima de erro médico. “Disseram que retiraram uma glândula sem necessidade e que não tinha mais solução para a minha perna. Então, o médico me deu um encaminhamento para o Hospital do Paranoá, para amputação. É tudo o que eu mais quero”.Nonato conta com a ajuda da esposa para fazer as atividades diárias. "Eu limpo a perna duas vezes por dia, mas preciso da ajuda da minha esposa para lavar onde não alcanço. Minha cama é baixa, tenho dificuldade para sentar no sofá, tenho que sentar no chão para ficar mais confortável", desabafa. "Se eu tirasse essa perna, seria bom demais. Ela pesa e me atrapalha em todos sentidos. Eu teria uma vida mais normal de novo", finaliza.( Fonte R 7 Noticias Brasília)

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