ARTIGO: Política robusta para
combater a incerteza contínua.
Diretora do FMI debate medidas de
auxílio contra crise da pandemia à luz do debate na última reunião do G-20.
Os líderes do G-20 se reuniram virtualmente na última semana,
enquanto a economia mundial passa por um momento crítico.
Os países começaram a se reerguer das profundezas da crise da Covid-19, mas o
novo aumento das infecções em muitas economias demonstra o quanto essa escalada
será difícil e incerta. A boa notícia é o progresso considerável no desenvolvimento de vacinas.
Ainda que com muitas ressalvas, esses avanços alimentam a esperança de derrotar
o vírus, que já ceifou mais de um milhão de vidas e provocou a perda de dezenas
de milhões de empregos. A notícia não muito boa é a gravidade da pandemia e seu
impacto econômico adverso. No mês passado, o FMI projetou uma contração
histórica do PIB mundial em 2020, de 4,4%. E nossa expectativa é de uma
recuperação parcial e desigual no próximo ano, com crescimento de 5,2%.Os dados
divulgados desde nossas últimas projeções confirmam que a recuperação global continua em marcha. Para
muitas economias, como os Estados Unidos, o Japão e a área do euro, a atividade
econômica no terceiro trimestre se mostrou mais forte do que o esperado. Entretanto,
como salienta a nota do FMI para a cúpula dos líderes do G-20,
os dados mais recentes sobre os setores de serviços que exigem contato
intensivo apontam para uma desaceleração do ímpeto das economias onde
a pandemia está recrudescendo. Em outras palavras, embora haja uma solução médica
para a crise no horizonte, o caminho econômico adiante continua difícil e
sujeito a reveses. O lado positivo é
que uma contenção do vírus mais rápida do que se esperava e o desenvolvimento
de melhores tratamentos permitiriam um retorno mais rápido às atividades
normais, limitariam as sequelas econômicas e impulsionariam o crescimento. O lado negativo é que se os novos surtos
exigirem restrições de mobilidade mais rigorosas, ou se o desenvolvimento, a
produção e a distribuição generalizada de vacinas e tratamentos forem mais
demorados, o distanciamento social continuará por mais tempo. O resultado seria
um crescimento menor, uma dívida pública maior e sequelas mais graves no
potencial a longo prazo da economia – basta imaginar os danos que um longo
período de perda de empregos podem causar para o capital humano dos trabalhadores. É por isso que precisamos manter medidas de
política robustas para combater a incerteza contínua. O sucesso
depende de nossa ação rápida e conjunta. A meu ver, há três prioridades
cruciais: i) vencer a crise sanitária, ii) fortalecer a ponte econômica para a
recuperação e iii) estabelecer as bases de uma economia melhor para o século
XXI. Em primeiro lugar, vencer a crise sanitária. O
aumento das infecções é um poderoso lembrete de que nenhum lugar terá uma recuperação
econômica sustentável se não derrotarmos a pandemia em todo o mundo. Os gastos públicos com tratamento,
testes e rastreamento de contatos são agora mais importantes do que nunca. O
mesmo ocorre com a cooperação transfronteiriça para reduzir o risco de um
abastecimento inadequado de vacinas, tratamentos e testes. É necessário,
portanto, intensificar os esforços multilaterais para a fabricação, compra e
distribuição dessas soluções sanitárias, especialmente em nações mais pobres.
Também é preciso eliminar as recentes restrições ao comércio de todos os bens e
serviços médicos, inclusive em relação a vacinas. Estimamos que um progresso mais rápido com soluções médicas
amplamente compartilhadas poderia adicionar quase US$ 9 trilhões à renda mundial até 2025. Isso
ajudaria a reduzir a disparidade de renda entre as nações mais pobres e mais
ricas em um momento em que a desigualdade entre os países deve aumentar. Em segundo lugar, fortalecer a ponte econômica para a
recuperação. Liderado pelos países do G-20, o mundo adotou
medidas sem precedentes e sincronizadas que serviram de sustentáculo para a
economia mundial, que incluem US$ 12 trilhões em medidas fiscais e apoio
massivo à liquidez por parte dos bancos centrais. As condições de financiamento
foram flexibilizadas para todos, exceto os tomadores de mais alto risco. Dada a
gravidade da crise, precisamos aprofundar essas medidas. Muitas nações em desenvolvimento continuam a
enfrentar uma situação precária, em grande parte devido à capacidade mais
limitada de responder à crise; em escala mundial, as incertezas econômicas e
financeiras permanecem elevadas. Por exemplo, avaliações de
ativos elevadas apontam para uma desconexão entre os mercados financeiros e a
economia real, com riscos inerentes para a estabilidade financeira. Os dados
divulgados desde nossas últimas projeções confirmam que a recuperação global continua em marcha. Para
muitas economias, como os Estados Unidos, o Japão e a área do euro, a atividade
econômica no terceiro trimestre se mostrou mais forte do que o esperado. Entretanto,
como salienta a nota do FMI para a cúpula dos líderes do G-20,
os dados mais recentes sobre os setores de serviços que exigem contato
intensivo apontam para uma desaceleração do ímpeto das economias onde
a pandemia está recrudescendo. Em outras palavras, embora haja uma solução médica
para a crise no horizonte, o caminho econômico adiante continua difícil e
sujeito a reveses. O lado positivo é
que uma contenção do vírus mais rápida do que se esperava e o desenvolvimento
de melhores tratamentos permitiriam um retorno mais rápido às atividades
normais, limitariam as sequelas econômicas e impulsionariam o crescimento. O lado negativo é que se os novos surtos
exigirem restrições de mobilidade mais rigorosas, ou se o desenvolvimento, a
produção e a distribuição generalizada de vacinas e tratamentos forem mais
demorados, o distanciamento social continuará por mais tempo. O resultado seria
um crescimento menor, uma dívida pública maior e sequelas mais graves no
potencial a longo prazo da economia – basta imaginar os danos que um longo
período de perda de empregos podem causar para o capital humano dos trabalhadores. É por isso que precisamos manter medidas de
política robustas para combater a incerteza contínua. O sucesso
depende de nossa ação rápida e conjunta. A meu ver, há três prioridades
cruciais: i) vencer a crise sanitária, ii) fortalecer a ponte econômica para a
recuperação e iii) estabelecer as bases de uma economia melhor para o século
XXI.Em primeiro lugar, vencer a crise sanitária. O
aumento das infecções é um poderoso lembrete de que nenhum lugar terá uma
recuperação econômica sustentável se não derrotarmos a pandemia em todo o mundo. Os
gastos públicos com tratamento, testes e rastreamento de contatos são agora
mais importantes do que nunca. O mesmo ocorre com a cooperação transfronteiriça
para reduzir o risco de um abastecimento inadequado de vacinas, tratamentos e
testes. É necessário, portanto, intensificar os esforços multilaterais para a
fabricação, compra e distribuição dessas soluções sanitárias, especialmente em
nações mais pobres. Também é preciso eliminar as recentes restrições ao
comércio de todos os bens e serviços médicos, inclusive em relação a vacinas. Estimamos
que um progresso mais rápido com soluções médicas
amplamente compartilhadas poderia adicionar quase US$ 9 trilhões à renda mundial até 2025. Isso
ajudaria a reduzir a disparidade de renda entre as nações mais pobres e mais
ricas em um momento em que a desigualdade entre os países deve aumentar. Em segundo lugar, fortalecer a ponte econômica para a
recuperação. Liderado pelos países do G-20, o mundo adotou
medidas sem precedentes e sincronizadas que serviram de sustentáculo para a
economia mundial, que incluem US$ 12 trilhões em medidas fiscais e
apoio massivo à liquidez por parte dos bancos centrais. As condições de
financiamento foram flexibilizadas para todos, exceto os tomadores de mais alto
risco. Dada a gravidade da crise, precisamos aprofundar essas medidas. Muitas nações em desenvolvimento continuam a
enfrentar uma situação precária, em grande parte devido à capacidade mais
limitada de responder à crise; em escala mundial, as incertezas econômicas e
financeiras permanecem elevadas. Por exemplo, avaliações de
ativos elevadas apontam para uma desconexão entre os mercados financeiros e a
economia real, com riscos inerentes para a estabilidade financeira.( Fonte A
Referencia Noticias Internacional)