Medicamento poderá ser comercializado por farmácias e
hospitais particulares, mas exige apresentação de receita médica.
A venda do medicamento Lagevrio
(molnupiravir), utilizado no tratamento da Covid-19, para farmácias e hospitais
particulares do país foi aprovada por unanimidade pela Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária).A decisão, tomada nessa quinta-feira (22), autoriza o
fornecimento do medicamento para o mercado privado, com a rotulagem em inglês,
porém com entrega da bula e folheto informativo aos pacientes abordando as
informações referentes à gravidez e lactação, em português. A bula em português
também estará disponível nos sites institucional da MSD Brasil e no global,
também será possível escanear o código QR no rótulo do produto que direcionará
para o site global da empresa com acesso às bulas. Receita de Controle
Especial deve ficar retida no estabelecimento, com dispensa e orientação pelo
farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento.“A aprovação levou
em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com
autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos, Japão e Reino
Unido. A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação
das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país”,
justificou a Anvisa em nota. Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, a
venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da
Covid-19, visto que o medicamento deve ser tomado dentro de cinco dias após o
início dos sintomas. "Para ajudar a prevenir a progressão da doença,
internações hospitalares e mortes, os medicamentos antivirais para infecções
respiratórias agudas devem ser usados o mais cedo possível após o correto
diagnóstico da infecção", afirmou a diretora. Ela reiterou que o tratamento
não substitui a vacinação. "Reafirmo e enfatizo que os benefícios
esmagadores da vacinação na proteção contra as formas graves e óbitos
ocasionados pela Covid-19, superam em muito o risco das raras reações adversas
relacionadas as vacinas aprovadas pela Anvisa", acrescentou Meiruze
Freitas. Essa informação se faz ainda mais necessária após um estudo
recente, liderado por pesquisadores da Universidade de Oxford, apontar
que o medicamento acelera a recuperação, mas não reduz a hospitalização ou
a morte em adultos vacinados. Os testes iniciais feitos pela fabricante do
remédio constataram que ele era cerca de 30% eficaz para hospitalização, mas em
pacientes não vacinados. Isso significa que a proteção oferecida pela vacina é
tão forte que não há benefício claro do medicamento em termos de redução
adicional de hospitalização e mortalidade de imunizados (com esquema vacinal
completo). No entanto, o medicamento não deixa de ser um aliado, já que
foi eficaz na redução da carga viral e pode ajudar a acelerar a recuperação do
paciente em cerca de quatro dias, de acordo com estimativas baseadas em dados
do estudo. ( Fonte R 7 Noticias Brasil)