Informação foi divulgada pelo
ministro da Informação Lai Mohammed, embora sem especificar um prazo para isso.
A Nigéria pretende encerrar em breve a
proibição de acesso ao Twitter no país. A informação foi divulgada pelo
ministro da Informação Lai Mohammed, que promete uma “solução amigável”, embora
sem especificar um prazo para isso, segundo a agência Associated Press. Sarah Hart, porta-voz do
Twitter, disse que houve uma reunião entre a empresa e o governo para tratar do
assunto. “Nosso objetivo é traçar um caminho para a restauração do Twitter para
todos na Nigéria. Estamos ansiosos para continuar as discussões com o governo
nigeriano e ver o serviço restaurado muito em breve”. A ordem de suspender
todas as atividades do Twitter foi feita no início de junho pelo presidente Muhammadu Buhari, que acusou a plataforma de
fazer “uso persistente de atividades capazes de minar a existência corporativa
da Nigéria”. Poucos dias antes, a big tech havia
excluído um tuíte de Buhari por violação às regras da comunidade. A proibição
tem relação com os planos do governo para regulamentar as mídias sociais no país.
Um Conselho Nacional de Informação (NCI) foi imposto ainda em 2017 para este
fim.
Críticas globais A decisão gerou críticas da
população nigeriana e de governos e organizações estrangeiros. Os EUA disseram
que a proibição “não tem lugar em uma democracia”, e a Anistia Internacional
disse que é “inconsistente e incompatível com as obrigações internacionais da
Nigéria”. Enquanto isso, usuários nigerianos buscaram formas de voltar a
acessar a plataforma. Uma possibilidade tem sido o uso de VPNs, uma rede
virtual privada que não monitora endereços de IPs. Em resposta, o gabinete do
procurador-geral nigeriano ordenou que sejam judicialmente processados todos os
cidadãos que tentarem contornar a proibição. Repressão crescente Em 2019, a Nigéria determinou que serviços de internet, como
WhatsApp, Zoom, Netflix e Skype, teriam que obter licenças para operar no país.
“Claramente, a proibição é uma tentativa de regulamentação”, disse Joachim
MacEbong, analista da empresa de análise de risco político SBM Intelligence.
“Estão mostrando como estão preparados para reprimir a liberdade democrática”. Articulador
do golpe da Nigéria em 1983, Buhari voltou ao poder em 2015, quando foi eleito
presidente. À época, usou as redes sociais – em especial o Twitter – como parte
da estratégia para ser retratado como um “democrata convertido”. A diluição da
imagem não demorou. Com Buhari, a Nigéria passou a viver sob leis que permitem
ao governo prender qualquer
jornalista ou civil acusado de “embaraçar” o presidente. Vários
jornalistas foram presos ou acusados de traição, enquanto o país caiu para o
120º lugar entre os 180 países do Índice Mundial
de Liberdade de Imprensa.( Fonte A Referencia Noticias
Internacional)