CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

segunda-feira, 17 de maio de 2021

VIDA NEWS- POLITICAS PARA ENFRENTAR A POBREZA E DESIGUALDADE

 

ARTIGO: Políticas para enfrentar a pobreza e a desigualdade na América Latina.

Impostos progressivos, investimentos para o futuro e diversificação produtiva são saídas anticrise, dizem economistas.

Por Antoinette Sayeh, Subdiretora-Geral do Fundo, Alejandro Werner, Diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fund, Ravi Balakrishnan, chefe da unidade de Economias Avançadas do Departamento Europeu do FMI e Frederik Toscani, economista no Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI A América Latina entrou na pandemia como uma das regiões mais desiguais do mundo. E como grande parte do resto do mundo, sairá dela mais pobre e mais desigual. Segundo estimativas iniciais, mais 19 milhões de pessoas na região caíram na pobreza e a desigualdade aumentou 5% em relação aos níveis anteriores à crise. Em muitos países, o apoio público em larga escala impediu um resultado ainda pior, mas empurrou o nível da dívida pública de 68% para 77% do PIB. É provável que isso limite a capacidade dos governos de enfrentar as consequências de longo prazo da pandemia após a recuperação se consolidar. Mesmo assim, o cenário em termos de pobreza e desigualdade na região pode melhorar por dois fatores: i) a retomada dos preços das commodities e ii) a oportunidade proporcionada pela pandemia de chegar a um consenso político e social mais amplo sobre as reformas necessárias. Aproveitar ao máximo a retomada das commodities As chamadas “relações de troca” (terms of trade) das commodities, ou seja, a relação entre os preços de exportação e importação de commodities de um país, alcançaram o nível mais alto desde 2011 para os principais exportadores latino-americanos desses produtos. No Chile e no Peru, são atualmente as mais favoráveis desde 1980 graças aos preços recordes do cobre e outros metais. Um novo estudo do FMI documenta o notável progresso da América Latina na redução da pobreza e da desigualdade durante o boom das commodities no período 2000–14. Constata-se que boa parte desse progresso refletiu ganhos reais na renda dos trabalhadores de baixa qualificação, sobretudo no setor de serviços. Os sempre citados programas de transferência de renda, como Bolsa Família no Brasil e Bono Juancito Pinto e Renta Dignidad na Bolívia, também foram importantes, embora em menor grau, na maioria dos países. Isso sugere que, se os preços se mantiverem em alta, o setor de commodities vai voltar a se expandir e atrair trabalhadores, elevando salários e gerando mais empregos, estimulando outros setores, entre eles alguns dos mais afetados pela pandemia de Covid-19. Contudo, commodities a preços favoráveis por si só não serão suficientes para gerar uma redução duradoura da pobreza e desigualdade nos países que as exportam. A volatilidade dos preços significa que os ganhos de hoje podem se tornar perdas amanhã, como vimos quando a expansão se transformou em contração após 2014. Além disso, o mundo pós-pandemia, marcado por um endividamento público substancialmente maior, implicará condições mais restritivas para muitos países. Governos provavelmente terão menos margem de manobra para implementar programas de transferência, tanto por causa da piora das condições fiscais, como pela necessidade de lidar com possíveis sequelas. É por isso que acreditamos que os países latino-americanos precisam empreender reformas transformadoras e diversificar suas economias para além das commodities. Oportunidade para reformas transformadoras A reversão histórica de avanços sociais, induzida pela pandemia, poderia alimentar a polarização e paralisar reformas em muitos países. No entanto, a crise também pode oferecer as condições para um novo consenso político sobre o futuro, sobretudo se impulsionado por commodities em alta. Este poderia ser um momento oportuno para considerar pactos fiscais abrangentes para enfrentar problemas estruturais de longa data. 1. Finanças públicas mais progressivas Os sistemas fiscais e de transferência na região são consideravelmente menos progressivos do que nos países avançados. Finanças públicas mais progressivas (ou seja, impostos mais altos para os que ganham mais) ajudariam a reduzir a desigualdade e a gerar espaço fiscal para políticas favoráveis ao crescimento e aos pobres. A América Latina deveria ter impostos de renda de pessoa física mais progressivos, concentrando-se em reduzir as isenções fiscais e combater a elisão e a evasão. Em alguns casos, as autoridades também deveriam considerar uma redução das isenções para captar uma parcela maior de indivíduos com renda relativamente alta. Do lado dos gastos, a pandemia destacou a necessidade de melhorar o direcionamento das transferências sociais em muitos países, para assegurar o apoio aos mais vulneráveis. De modo mais geral, muitos países da América Latina (Brasil e Colômbia, por exemplo) têm níveis de gastos correntes elevados e difíceis de controlar, já que a maior parte são contingenciados para salários e aposentadorias. Isso dificulta alcançar um nível adequado de investimento público e complica a implementação de uma política fiscal sustentável. As significativas diferenças em critérios para aposentadoria, e a estrutura de certos sistemas de benefícios definidos também precisam ser corrigidas. No Peru, por exemplo, a alta taxa de informalidade significa que apenas cerca de 30% da população economicamente ativa está coberta pela previdência pública. Além disso, é pouco provável que a maioria dos trabalhadores alcance o período mínimo de 20 anos de contribuição. Isso significa que eles não apenas deixam de receber aposentadoria, mas também subsidiam implicitamente os trabalhadores de renda mais alta que recebem o benefício. 2. Preparar-se para os empregos do futuro Considerando as transformações estruturais provavelmente desencadeadas ou aceleradas pela pandemia, a região deve implementar políticas para recapacitar os trabalhadores e prepará-los para os empregos do futuro. Como a pandemia aumentou a desigualdade das oportunidades educacionais, os países precisam priorizar melhorias no acesso e na qualidade do ensino. Um sistema de ensino público sólido e de alta qualidade poderá oferecer o capital humano de que a região necessita para a economia do futuro. Abordar o elevado nível de informalidade do trabalho — mais uma vez, trazido à tona pela pandemia — também deve ser prioridade. 3. Diversificar economias Um passo difícil, mas crucial, é diversificar a economia. Um bom ponto de partida poderia ser estudar as estratégias aplicadas por países que tiveram êxito nessa tarefa, como Coreia, Malásia e Cingapura. Um estudo de caso interessante é o boom de exportação agrícola no Peru, um tradicional exportador de minérios, que não teria sido possível sem a construção de sistemas de irrigação (que converteram áreas desérticas próximas à costa em terras cultiváveis), a existência de vários acordos de livre comércio e o trabalho diligente de autoridades fitossanitárias, que contribuíram para a abertura de novos mercados. Isso mostra a necessidade de envolver todas as esferas de governo. Os governos da América Latina têm pela frente uma tarefa gigantesca. Embora não haja uma solução perfeita, a crise atual pode ser uma oportunidade para empreender reformas. De fato, as decisões tomadas nos próximos anos provavelmente terão consequências de longo alcance para a região. Se a América Latina conseguir forjar um consenso político e social para lançar reformas transformadoras, poderá retomar uma trajetória de avanço social sustentável e construir as bases de uma economia do século XXI.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

 

VIDA NEWS- HEGEMONIA TURCA PÓS-IMPERIAL

 

Hegemonia turca pós-imperial foi pano de fundo do genocídio armênio, diz pesquisadora.

Em entrevista, historiadora do Museu do Genocídio Armênio descreve motivação por trás de extermínio em 1915.

Nos escombros do Império Otomano, dissolvido no fim da Primeira Guerra, o objetivo do governo turco era facilitar o estabelecimento de um Estado-nação homogêneo e a restauração de seu poder de influência perdido nos anos anteriores. Para atingir o objetivo, usou propaganda estatal para criar um inimigo comum: os armênios, alvos de um massacre que entre 1915 e 1923 ceifou a vida de 1,5 milhão de pessoas. A avaliação é da pesquisadora Edita Gzoyan, vice-diretora científica do Museu do Genocídio Armênio em Yerevan, na Armênia. Doutora em relações internacionais pela Universidade Estadual de Yerevan, Gzoyan, é especialista na história do país na sequência do fim do Império, que controlava parte do território ocupado pelos armênios étnicos, de religião cristã. A pequena nação, localizada no Cáucaso, está encurralada entre duas potências regionais, a Rússia e a Turquia. O fato de essa população estar espalhada pelos dois impérios, argumenta Gzoyan, contribuiu para insuflar a narrativa dos armênios como inimigos do Estado que culminou no morticínio. Ao final de oito anos, restavam apenas 600 mil armênios na Turquia – ou cerca de 1/4 da população original.O reconhecimento do genocídio armênio pelo presidente norte-americano Joe Biden, concedido no último dia 24, foi saudado pelo governo da Armênia e pela comunidade na diáspora e renovou o interesse da opinião pública a respeito das atrocidades perpetradas no início do século 20 pela Turquia. Veja a conversa de A Referência com a pesquisadora, na íntegra. Qual é o contexto no qual ocorre o genocídio? O contexto histórico que precede o genocídio armênio no Império Otomano foi complexo, como em qualquer acontecimento do tipo, mas alguns pontos se destacam. A primeira e mais importante precondição é a desigualdade institucionalizada do sistema otomano, marcada por uma posição subordinada dos cristãos armênios e supremacia dos turcos muçulmanos como a comunidade dominante, nação titular de um país multiétnico e multirreligioso. No final do século 19, as elites intelectuais de todas as comunidades nacionais passam a cooperar para derrubar a ditadura do sultanato e estabelecer um regime constitucional, o que resulta em um golpe de Estado em 1908. Contudo, esse novo governo de maioria turca não conseguiu criar o Otomanismo como uma ideologia que pregasse a cidadania comum para toda a população do império, independente de fé, religião e etnia. No período que precede a Primeira Guerra Mundial, houve o contínuo recuo do império da Europa para a Ásia Menor, em função das derrotas nas guerras Ítalo-Turca e Balcânica, entre 1911 e 1913 e as revoltas dos albaneses muçulmanos e árabes. Tudo isso resultou em desastre político, ideológico e militar para os turcos. O chamado CUP (Comitê de União e Progresso, chamados informalmente de “Jovens Turcos”), partido que controlava o país e foi o formulador e propagador do nacionalismo turco, adota então um posicionamento político radical. Em 1913, há outro golpe do CUP, que viabiliza uma ditadura no império. Pela legislação, os armênios eram marginalizados na vida social, econômica e cultural do país e, por meio de clubes de intelectuais e sindicatos, a propaganda estatal transfere o ódio da população muçulmana dos refugiados dos Bálcãs para os armênios. O estabelecimento de um Estado-nação homogêneo turco era a visão de prazo mais curto do CUP, enquanto a união de todas as nações de origem turca na Ásia Central e restauração de um grande império sob a supremacia turca era seu ideal. Mas a população armênia, que tinha uma forte marca de identidade nacional, além de burguesia e instituições religiosas bem-estabelecidas, era um símbolo de que a política assimilacionista dos otomanos não havia dado certo. Como os armênios viviam em suas terras ancestrais no coração desse futuro Estado-nação, essa população tornou-se obstáculo e alvo. Houve programas de reforma para auxiliar os armênios com ajuda dos países europeus em 1878, 1880 e 1896, que foram na prática bloqueados pelo Império Otomano. A Constituição de 1908 [elaborada por uma Assembleia dividida entre turcos, armênios, sérvios, búlgaros e outras etnias que compunham o império] nunca foi promulgada. Por isso, não foi possível organizar intervenção humanitária como resposta aos periódicos massacres de armênios. Uma última tentativa, em 1914, acaba abortada por conta da Primeira Guerra. Com isso, a comunidade armênia ficou vulnerável e tornou-se alvo fácil para investidas do governo. Quando o Império Otomano se junta aos Poderes Centrais, que incluíam a Alemanha e o Império Austro-Húngaro, e entra na guerra, os armênios deixados à margem da sociedade passam a ser classificados como traidores em potencial e ameaça real, pela qual uma resposta mortal passa a ser justificada. A guerra torna-se então usada como uma cobertura para a homogeneização étnica do Império. Como você explica, historicamente, as relações entre a Rússia e a Turquia em relação à Armênia e ao genocídio? Os armênios eram uma minoria nacional cristã, dividida entre os impérios russo e otomano, que esposavam suas próprias visões expansionistas pan-eslava e pan-turca, e tornaram-se vulneráveis dos dois lados. Contudo, a afinidade religiosa com os russos diminuiu a tensão para os armênios-russos, enquanto para os armênios-otomanos serviu como um marcador de discriminação em um Estado islâmico. As aspirações geopolíticas do Império Russo nos Bálcãs, em direção ao Mar Negro e os Estreitos de Bósforo e Dardanelos [que separam a Europa da Ásia e hoje estão ambos em território turco] culminaram em mais de uma dúzia de guerras turco-russas ao longo da história, fazendo da Rússia um inimigo natural do Império Otomano. Os armênios, com sua afinidade religiosa aos russos e vivendo dos dois lados da fronteira, tornaram-se vítimas das guerras e da diplomacia dos dois países. Foram assim considerados uma espécie de estrangeiro dentro do território turco. A Primeira Guerra intensifica esses sentimentos no governo otomano e é usada como pretexto para prosseguir com uma política pré-estabelecida. Como os impérios russo e otomano eram inimigos, espalhavam-se boatos sobre armênios que seriam pró-russos, colocando-os como ameaça existencial sobre a qual uma resposta moral era justificada. O objetivo era se livrar os armênios e homogeneizar a população do império. Na sua avaliação, por que há uma campanha forte e histórica do governo turco para que o genocídio não seja reconhecido? A Turquia começou a negar o genocídio dos armênios já no início de sua formação como república. A imagem dos armênios como “inimigos e traidores” foi construída ao mesmo tempo em que se nega e encobre o que ocorreu. As leis temporárias de deportação e confisco de propriedades, que foram anos depois consideradas inconstitucionais, foram novamente adotadas como uma cortina sobre a realidade do extermínio. Os pais fundadores da República da Turquia moderna eram membros do CUP, que planejou e executou o genocídio armênio, então reconhecer o que aconteceu teria um impacto negativo muito forte na identidade nacional turca construída sobre essas pessoas. Outra questão é que a atual república inclui territórios historicamente armênios. Portanto, reconhecer o genocídio abre caminho para eventuais demandas de devolução dessas terras. Além disso, parcelas grandes de propriedade foram confiscadas dos armênios durante o genocídio, incluindo terra e propriedades de entidades religiosas, residências da população, plantações e animais. De novo, reconhecer o genocídio traria de volta essa demanda por compensação, que é complicada para o Estado turco. Como os armênios de hoje se relacionam com a diáspora criada pelo massacre de cem anos atrás? Durante e sobretudo após o genocídio, os poucos que sobreviveram se espalharam pelo mundo, criando o que hoje conhecemos como a diáspora armênia. A história e a memória do genocídio são firmes e trazem uma noção de que somos duas metades de um povo separado pelo genocídio. As relações entre os armênios que vivem aqui e os que estão na diáspora são próximas, e eles contribuem para o desenvolvimento da república armênia contemporânea e da República de Artsakh [região de maioria armênia, hoje em território do Azerbaijão, e pleiteada no conflito de Nagorno-Karabakh]. Eles investem financeiramente e com capital humano para o futuro da nação. Os armênios da diáspora, inclusive, são os responsáveis por iniciar e trabalhar pelo reconhecimento do genocídio armênio em seus países, além da independência do território de Artsakh. Como você definiria o impacto do genocídio na Armênia contemporânea? O genocídio ainda afeta a Armênia de hoje na medida em que o não reconhecimento e a ausência de condenação ainda são entendidas como uma ameaça de segurança ao país. O exemplo mais evidente ocorreu em setembro de 2020, quando o Azerbaijão lançou uma ofensiva militar contra os armênios em Artsakh. Há pelo menos 20 anos o reconhecimento do genocídio armênio é uma das principais dimensões da política externa nacional, já que é visto como uma ferramenta importante para garantir a segurança nacional no longo prazo.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

 

 

VIDA NEWS- ÁFRICA DO SUL LANÇA CAMPANHA DE VACINAÇÃO EM MASSA CONTR COVID

 

África do Sul lança campanha de vacinação em massa contra covid.

Governo planeja imunizar 16,6 milhões de pessoas em seis meses, incluindo 5 milhões com mais de 60 anos até o final de junho.

Prevendo a chegada de uma terceira onda de covid-19 ao país, a África do Sul lançou nesta segunda-feira (17), com atraso, uma campanha de vacinação em grande escala dirigida, sobretudo, para pessoas com mais de 60 anos e de grupos prioritários. O governo planeja imunizar 16,6 milhões de pessoas em seis meses, incluindo cinco milhões com mais de 60 anos até o final de junho.  As metas serão cumpridas, se a África do Sul receber as vacinas compradas a tempo, disse o ministro da Saúde, Zweli Mkhize, no domingo à noite (16). "Até o final de junho, esperamos ter recebido 4,5 milhões de doses da Pfizer e dois milhões de doses da Johnson & Johnson", disse Mkhize à imprensa. País africano oficialmente mais afetado pela pandemia, com mais de 1,6 milhão de casos de contágio e 55.210 óbitos, a África do Sul vacinou até agora apenas 1% de sua população. No início de fevereiro, a vacina da britânica AstraZeneca foi descartada, em meio a dúvidas sobre sua eficácia contra a variante local. Em meados de abril, a vacina da americana Johnson & Johnson foi suspensa, depois que casos de coágulos sanguíneos foram observados nos Estados Unidos. Recentemente, o governo retomou a vacinação de 1,25 milhão de pessoas que trabalham no setor de saúde. O governo sul-africano afirma que comprou doses suficientes para imunizar pelo menos 45 milhões de seus 59 milhões de habitantes. Esta quantidade seria suficiente para alcançar a imunidade coletiva, uma meta inicialmente prevista para ser atingida até o fim do ano.No início de maio, a África do Sul recebeu um primeiro lote de mais de 320 mil vacinas do laboratório americano Pfizer, de um pedido total de 4,5 milhões de doses. Após uma pausa, os contágios voltaram a aumentar novamente nas últimas semanas no país, muito afetado por uma segunda onda no final de 2020.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

domingo, 16 de maio de 2021

VIDA NEWS- TIPO DE CÂNCER DE COVAS É ASSOCIADO A IMPLAMAÇÃO

 

Tipo de câncer de Covas é associado a inflamação por excesso de peso.

Prefeito de São Paulo foi diagnosticado em outubro de 2019 com um tumor na transição entre esôfago e estômago.

Morto neste domingo (16) às 8h20, aos 41 anos, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, lutou durante mais de um ano e meio contra um câncer inicialmente identificado na cárdia, região de transição entre o esôfago e o estômago. O excesso de peso pode ter sido um dos fatores que contribuíram para o surgimento do tumor - Covas tem histórico de obesidade. Bruno Covas estava sob os cuidados das equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. David Uip, Dr. Artur Katz, Dr. Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, Prof. Dr. Raul Cutait e Prof. Dr. Roberto Kalil. O boletim, divulgado pela assessoria de imprensa da prefeitura, foi assinada pelo Diretor de Governança Clínica do Hospital Sírio-Libanês, Luiz Francisco Cardoso, e pelo diretor clínico, Ângelo Fernandez. Segundo a oncologista Ignez Braghiroli, da diretoria da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) e coordenadora do Comitê de Tumores Gastrointestinais, esse tipo de câncer está relacionado a inflamações crônicas causadas pelo excesso de peso.“O tumor justamente nessa transição entre o esôfago e o estômago está muito relacionado à obesidade e à doença do refluxo, porque [esses fatores] geram uma inflamação do esôfago que é fator de risco para a formação de tumores”, afirma. Em 2017, o político mudou drasticamente a alimentação e encarou uma dieta que o fez perder cerca de 20 kg. A especialista destaca a importância de bons hábitos alimentares para evitar casos de câncer gástrico.  “Por isso falamos de educação alimentar para diminuir o sobrepeso e justamente diminuir essa inflamação que, em última instância, também diminui as chances de evoluir para um câncer maligno”, explica. Além disso, a oncologista destaca que o diagnóstico tardio pode contribuir para que tumores malignos no trato digestivo sejam mais agressivos em pessoas com menos de 50 anos. A demora na identificação do câncer, inclusive, pode facilitar a ocorrência de metástase, quando o tumor se espalha para outros órgãos e regiões do corpo. No caso de Covas, quando o problema foi identificado, há menos de dois anos, a doença já havia atingido os linfonodos do fígado e, recentemente, se espalhou para os ossos e para o próprio fígado. No começo deste mês, ele foi internado e chegou a ser intubado após os médicos detectarem um sangramento no local do primeiro tumor.  “Não acho que [a agressividade] seja somente pelo diagnóstico tardio, mas certamente esse é um fator que contribui para isso. Se a pessoa tem um sintoma de refluxo, o que é muito comum, é muito menos provável que o médico pense em uma doença maligna, até pela raridade em pessoas mais jovens”, avalia a médica.. A identificação tardia do câncer pode impedir, inclusive, uma intervenção cirúrgica capaz de reduzir sua gravidade. Isso porque, segundo explica Ignez, quando ocorre metástase é mais difícil fazer a cirurgia para a retirada do tumor. “Não é que é impossível fazer a cirurgia quando o tumor já saiu de onde nasceu, pode ser que a pessoa tenha uma doença muito lenta e, nesses casos, podemos tentar a cirurgia como uma opção. Infelizmente não é assim com a maioria das pessoas. [Se identificado na fase inicial] eventualmente começamos com a quimio, fazemos a cirurgia e mais um pouco de quimio”, explica.De acordo com a especialista, o avanço rápido do câncer mesmo durante o tratamento, como no caso do prefeito, faz parte da evolução natural de um tumor maligno no estômago, sobretudo quando há metástase.“A quimio não tem o poder, exceto em raras exceções, de fazer com que essa doença vá embora completamente, então esta não é uma evolução inesperada. É muito variável de pessoa para pessoa, mas a tendência é que essa doença vá crescendo. Infelizmente não é algo que a gente consiga controlar ainda”, afirma.A oncologista ressalta que, em alguns casos, o paciente diagnosticado com câncer gástrico consegue conviver com a doença de forma controlada, até mesmo sem a necessidade de realizar quimioterapia, mas que essa não é a regra entre pacientes oncológicos deste tipo.“Tenho um paciente que, há dois anos, não precisa fazer quimio, a doença está parada no intestino. Mas no geral essa não é a regra, o tumor é mais agressivo, tende a ir crescendo, melhora com a quimio, mas depois de um tempo volta a crescer e é preciso voltar com o tratamento”, afirma.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDA NEWS- VOTAÇÃO NO CHILE

 

Chile espera alta participação no segundo dia de eleições.

Mais de três milhões de chilenos, cerca de 20,5% do eleitorado, votaram no primeiro dia do pleito.

Depois de passar a noite sob custódia, as urnas foram reabertas neste domingo (16), no segundo dia de votação no Chile, para eleger os 155 cidadãos que vão redigir uma nova Constituição em substituição da atual, promulgada durante a ditadura, em dia em que se espera uma grande participação dos eleitores. Mais de três milhões de chilenos, cerca de 20,5% do eleitorado, votaram ontem no primeiro dia das eleições consideradas as mais importantes desde o plebiscito de 1988 que pôs fim à ditadura de Augusto Pinochet. "Os mais de 23 mil membros das Forças Armadas cumpriram integralmente a custódia dos votos durante a noite nas 2.731 seções eleitorais do país, sem relatar incidentes", disse o ministro da Defesa, Blado Prokurica. As eleições, que deveriam ser realizadas em abril mas foram adiadas devido à pandemia, estão acontecendo em dois dias para evitar aglomerações — algo incomum no Chile — e os eleitores também vão votar em autoridades locais e governadores regionais, que até então eram nomeados pelo governo. O DESAFIO DA PARTICIPAÇÃO Segundo os especialistas, o número de participação ontem foi "potencialmente animador" se levarmos em conta que as eleições municipais de 2016 registraram uma participação de 35% e que os domingos são os dias por excelência de votação, embora desta vez as urnas fechem às 18h (horário local, 19h de Brasília). Os constituintes são fruto do histórico plebiscito de outubro do ano passado, em que 80% dos chilenos decidiram enterrar a atual Carta Magna, herdada do regime militar de Augusto Pinochet e foco de críticas durante os protestos do final de 2019. No referendo, votaram 50,9% dos cadernos eleitorais, o que representa a maior participação desde que a votação se tornou voluntária no Chile em 2012, e o número total de votantes nessas eleições é estimado em cerca de metade dos 14,9 milhões de eleitores. Para a pesquisadora principal do Centro de Estudos de Conflitos e Coesão Social (COES), Emmanuelle Barozet, a abstenção será marcada principalmente pela pandemia, em um país que soma mais de 1,2 milhão de casos e quase 30 mil mortos em decorrência da Covid-19. Em outubro — disse Barozet à Efe — muitos idosos ficaram em casa por medo do contágio, mas agora estão vacinados e, por serem os mais participativos, "podemos esperar números elevados". A convenção terá 17 cadeiras reservadas aos povos indígenas e será igualitária, algo inédito no mundo e que em poucos meses fará do Chile o primeiro país a ter uma Carta Magna escrita igualmente por homens e mulheres. A nova Constituição deve ser concluída no prazo de nove meses, prorrogável apenas uma vez por mais três meses, e em 2022 deve ser aprovada ou rejeitada em referendo com voto obrigatório.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

 

 

 

VIDA NEWS- CASA DE LÍDER DO RAMAS EM GAZA E ATINGIDA POR BOMBARDEIROS ISRAELENSES

 


Bombardeios israelenses atingem casa de líder do Hamas em Gaza.

Neste domingo (16),  33 palestinos morreram em um dos dias com maior número de vítimas desde o início do conflito .

O Exército israelense bombardeou implacavelmente a Faixa de Gaza neste domingo (16), matando pelo menos 33 palestinos, incluindo oito crianças, e visando a casa de um líder do Hamas, no 7º dia de um conflito de "intensidade sem precedentes", segundo a Cruz Vermelha Internacional.Os grupos armados palestinos, incluindo o Hamas no poder em Gaza, dispararam mais de 3.000 foguetes contra Israel desde o início, em 10 de maio, deste novo ciclo de violência, de acordo com o Exército israelense, que ressaltou que grande parte foi interceptada. Esta é a maior taxa de foguetes disparados contra o território israelense, segundo os militares. Os novos bombardeios acontecem horas antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, cujos membros foram instados pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) "a exercer influência máxima para encerrar as hostilidades entre Gaza e Israel"."A intensidade deste conflito é algo que nunca vimos antes, com ataques aéreos implacáveis contra Gaza, que é um território densamente povoado, e foguetes atingindo grandes cidades de Israel, resultando na morte de crianças em ambos os lados", denunciou Robert Mardini, diretor-geral do CICV.O papa Francisco advertiu sobre a "espiral de morte e destruição", considerando a perda de vidas inocentes "terrível e inaceitável".Desde a madrugada deste domingo, 33 palestinos, incluindo 8 crianças, foram mortos, segundo as autoridades locais, em bombardeios israelenses em Gaza, um enclave pobre de dois milhões de habitantes sob bloqueio israelense há quase 15 anos.Desde 10 de maio, 181 palestinos morreram, incluindo 52 crianças, e 1.225 ficaram feridos, de acordo com o último balanço fornecido pelas autoridades palestinas.Nas últimas horas, 120 foguetes foram disparados de Gaza contra Israel, mas dezenas foram interceptados.Em Israel, dez pessoas foram mortas, incluindo uma criança, e 282 feridas, em disparos de foguetes palestinos desde segunda-feira. Reuniões da ONU e da EU Alcançando um novo nível em sua guerra contra o Hamas, o Exército israelense anunciou no Twitter que havia "atacado a casa de Yahya Sinouar e de seu irmão, um militante terrorista", postando um vídeo mostrando uma residência destruída envolvida numa nuvem de poeira.O destino desse chefe do gabinete político do Hamas em Gaza, porém, não foi informado. Enquanto os protagonistas do conflito permanecem surdos aos apelos internacionais pelo fim das hostilidades, as negociações diplomáticas estão se intensificando, com uma reunião virtual do Conselho de Segurança marcada para 14h00 GMT (11h00 de Brasília).Por sua vez, uma delegação americana, liderada pelo enviado especial Hady Amr, se encontrou com o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz."Expressei a eles meu profundo apreço pelo apoio americano ao direito e dever de Israel de se defender contra ataques terroristas. Disse-lhes que, ao contrário de nossos inimigos, temos o cuidado de atacar apenas alvos militares, com o objetivo de restaurar a segurança e a calma", escreveu Gantz no Twitter. Uma reunião ministerial da União Europeia está marcada para terça-feira. No sábado, dez palestinos, incluindo oito crianças, de uma mesma família, morreram em um ataque israelense em Gaza.Mais tarde, um israelense foi morto nos arredores de Tel Aviv na explosão de foguetes palestinos. Imprensa E um prédio de 13 andares que abrigava os escritórios da emissora Al Jazeera, do Catar, e da agência de notícias Associated Press (AP), dos Estados Unidos, foi destruído em um ataque israelense.Segundo o Exército, que já havia solicitado a evacuação do prédio, o imóvel abrigava "entidades pertencentes à inteligência militar" do Hamas.A direção da AP se disse "chocada e horrorizada". A Al Jazeera acusou Israel de querer "silenciar aqueles que mostram a destruição e morte".A AFP expressou sua "solidariedade" aos "colegas da PA e da Al Jazeera".O conflito começou em resposta aos foguetes do Hamas contra Israel, disparados em "solidariedade" com as centenas de palestinos feridos em confrontos com a polícia israelense em Jerusalém Oriental. Na origem da violência, a ameaça de expulsão de famílias palestinas em benefício de colonos israelenses neste setor palestino ocupado por Israel há mais de 50 anos.As hostilidades se espalharam para a Cisjordânia, outro território palestino ocupado por Israel desde 1967, onde confrontos com o exército israelense deixaram 19 palestinos mortos desde 10 de maio.Em seu território, Israel também foi confrontado a vários dias de violência sem precedentes e ameaças de linchamentos em suas cidades "mistas", onde vivem judeus e árabes israelenses.O último confronto entre Israel e Hamas remonta ao verão de 2014. O conflito de 50 dias devastou a Faixa de Gaza e deixou pelo menos 2.251 mortos do lado palestino, a maioria civis, e 74 do lado israelense, quase todos soldados.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

VIDA NEWS- PREFEITO DE SÃO PAULO BRUNO COVAS MORRE AOS 41 ANOS

 

Prefeito Bruno Covas morre de câncer aos 41 anos em São Paulo.

Desde 2019 tucano lutava contra um câncer na transição entre estômago e esôfago, com metástase no fígado e nos ossos.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu aos 41 anos neste domingo (16), às 8h20, em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase e complicações após longo período de tratamento. A informação pela Prefeitura de São Paulo. Bruno Covas estava sob os cuidados das equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. David Uip, Dr. Artur Katz, Dr. Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, Prof. Dr. Raul Cutait e Prof. Dr. Roberto Kalil. O boletim, divulgado pela assessoria de imprensa da prefeitura, foi assinada pelo Diretor de Governança Clínica do Hospital Sírio-Libanês, Luiz Francisco Cardoso, e pelo diretor clínico, Ângelo Fernandez. Covas lutava havia dois anos contra um câncer na cárdia e no fígado e estava internado desde o último dia 2 no Hospital Sírio-Libanês, na região central da cidade, onde realizava o tratamento contra a doença. Na noite de sexta-feira (14), um boletim médico informou que seu quadro era irreversível.O tucano havia oficializado seu afastamento por 30 dias das funções na prefeitura no dia 3 de maio para se dedicar completamente aos cuidados médicos. Desde então, a gestão paulistana ficou sob responsabilidade do vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB). No entanto, o prefeito era informado das decisões sobre a cidade mesmo durante a sua internação.Um dia antes do afastamento, Covas já havia sido internado. Em seguida, ele foi transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e intubado, após a descoberta de um sangramento no estômago. Dias depois, o prefeito publicou nas redes sociais uma foto no quarto do hospital ao lado do filho, Tomás, de 16 anos. Na ocasião, ele agradeceu as mensagens de apoio que recebia da população e demonstrou otimismo no avanço do tratamento.Mesmo durante a pandemia, Covas não havia se ausentado da agenda de prefeito, preferindo conciliar as atividades políticas com o tratamento. Durante o período mais rígido do isolamento social, decidiu se mudar para a sede da prefeitura. Entrou no fim de março e só voltou a dormir na própria casa no início de junho, depois de 70 dias, quando começou a flexibilização. Dias depois, contraiu covid-19 e permaneceu em quarentena, trabalhando em casa. DUrante a campanha para a prefeitura, também se manteve em atividade e foi à rua. HistóriaBruno Covas nasceu em Santos, no litoral paulista, era divorciado e pai de Tomás, de 15 anos. Neto do ex-governador de São Paulo Mário Covas, ele pertence a uma família que está na política há décadas. Economista formado pela PUC e advogado pela USP, Covas já havia sido também deputado estadual e federal, secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo (2011-2014) e presidente da Juventude do PSDB.Desde outubro de 2019, ele lutava contra um câncer na cárdia, transição entre estômago e esôfago, com metástase no fígado. Durante o tratamento, ele passou por diversas sessões de quimioterapia e imunoterapia apresentando boa evolução.No entanto, no dia 17 de fevereiro, um novo nódulo foi detectado no fígado mudando os rumos de sua recuperação. "Mais um desafio a ser superado. Vou enfrentá-lo como sempre: confiante, de cabeça erguida e grato pelo apoio e carinho de todos vocês", escreveu Covas.Em abril, o prefeito passou 12 dias internado. Ele precisou ficar internado mais tempo que o previsto,após serem detectados acúmulo de líquidos ao redor do pulmão e no abdômen e novos pontos da doença no fígado e nos ossos. Ele teve alta no dia 27 de abril e voltou a ser internado no dia 2 de maio, quando anunciou a decisão de se licenciar do cargo de prefeito por 30 dias.ReeleiçãoBruno Covas era prefeito da maior capital do país desde 2018 quando foi eleito como vice-prefeito na chapa de João Doria, em 2016. Covas foi reeleito para o cargo de prefeito de São Paulo no segundo turno das Eleições Municipais 2020. Covas teve 59,38% (3.169.121) dos votos válidos de acordo com apuração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).O tucano manteve a liderança na votação conquistada no primeiro turno, quando obteve 32,85% dos votos, contra 20,24% de Guilherme Boulos (PSol).( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDA NEWS- BEBÊ CAI EM BALDE COM ÁGUAS SANITÁRIA SALVA POR AVÓ

 

Bebê cai em balde com água sanitária enquanto mãe limpava a casa e é salva por avó, em Goiás.

Segundo a família, durante um momento de descuido, a filha, que tem 1 ano e está começando a andar, tropeçou. Criança foi levada a hospital e, apesar do susto, está bem.

Uma bebê de 1 ano quase se afogou após tropeçar e cair dentro de um balde com água sanitária enquanto a mãe limpava a casa, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. A criança foi salva pela avó, levada a um hospital e, apesar do susto, está bem. O acidente aconteceu no início da noite de sexta-feira (14), no bairro Dom Miguel. A mãe disse que se deparou com a filha roxa dentro do balde, sem respirar. Nesse momento, saiu na rua para pedir socorro aos vizinhos. A avó da criança, que mora ao lado, tentou ajudar e fez respiração boca a boca. A mulher, que não quis se identificar, disse que já trabalhou em uma empresa de primeiros socorros. “Eu estava fazendo a massagem, mas não estava adiantando. Aí, eu a virei e chupei [o líquido] da boca dela. Foi aonde saiu um monte de água. Eu virei de novo e comecei a massagear”, disse a avó.  Após os primeiros socorros, a família levou a bebê até uma unidade de saúde da cidade. De lá, a criança precisou ser transferida para um hospital, onde há tratamento especializado em pediatria, no bairro Parque Bandeirantes. Ela foi medicada e recebeu alta. (Fonte Portal Forte News)

VIDA NEWS- MENINA MORRE AO CAIR EM FOSSA NO QUINTAL DE CASA EM GOIÁS

 

Menina de 4 anos morre após cair em fossa no quintal de casa, em Goiás.

Mãe da criança disse à polícia que havia saído para ir ao mercado e a deixou aos cuidados do pai. Após se distrair por 20 minutos, homem sentiu falta da filha e saiu à procura dela e a encontrou no buraco. Uma menina de 4 anos morreu após cair em uma fossa no quintal de casa, em Doverlândia, na região sudoeste de Goiás. Segundo a Polícia Militar, a mãe da criança disse que havia saído para ir ao mercado e a deixou aos cuidados do pai, que se distraiu e não viu quando a filha caiu no buraco. O acidente aconteceu na noite de sexta-feira (14), por volta de 18h40, no Setor Sudoeste. A menina chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal, mas, segundo a médica que a atendeu, ela já chegou ao local sem vida. De acordo com a Polícia Militar, quando o pai percebeu a ausência da filha, ele pediu ajuda aos vizinhos para encontrá-la. Um dos moradores percebeu que a lona da fossa estava parcialmente descoberta e que algumas tábuas de madeira que a cobriam estavam afastadas para o lado, com uma abertura. Ao observar o interior do local, ele viu a criança lá dentro. Conforme a corporação, as testemunhas relataram que tiraram a criança imediatamente da fossa e tentaram reanimá-la, mas não conseguiram. O caso foi registrado na Polícia Militar como morte acidental. (Fonte: Portal Forte News)

VIDA NEWS- PASTA BASE DE COCAINA AVALIADA EM R$ 33 MIL APREENDIDA PELA PRF E PMGO

 

Droga avaliada em R$ 33 mi é encontrada na lateral falsa de carreta em Goiás.

Os 265 kg de pasta base de coca foram encontrados por PRF e PM em Jataí (GO); foi a maior apreensão em 5 anos em rodovias federais de Goiás.

Ação conjunta entre Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar de Goiás (PMGO) na sexta-feira (14/5) identificou um carregamento de pasta base de cocaína avaliado em R$ 33 milhões. Os 265 quilos da droga estavam escondidos em uma lateral falsa de um caminhão graneleiro parado pelos policiais na BR-364, em Jataí, no sudoeste goiano. Foi a maior apreensão de pasta base da droga feita em uma rodovia federal de Goiás nos últimos cinco anos. Durante a tarde, policiais rodoviários federais e policiais militares do Comando de Operações de Divisa (COD) pararam na unidade da PRF em Jataí, na BR 364, um caminhão graneleiro transportando milho.No veículo estavam o motorista e o passageiro, respectivamente de 35 e 38 anos. Diante do aparente nervosismo da dupla, os policiais levaram a carreta até um armazém e descarregaram os grãos.Parede falsaEm uma parede lateral falsa construída em um dos semirreboques, os policiais encontraram 240 tabletes de cloridrato de cocaína, totalizando 265 kg da droga. Foi necessário apoio do Corpo de Bombeiros para cortar a lataria e acessar o compartimento que ocultava o produto ilícito. A dupla afirmou que receberia R$ 10 mil para levar a droga até São Paulo. A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil de Jataí. (Fonte Portal Forte News)

VIDA NEWS- RELAÇÕES BILATERAIS ENTRE ESTADOS UNIDOS E TURQUIA

 

ARTIGO: Há espaço para um ‘reset’ nas relações de EUA e Turquia?.

Especialista vê relação entre os dois governos mais conturbada e causadora de crescentes prejuízos para ambas as partes.

As relações bilaterais entre Estados Unidos e Turquia atravessaram uma intensa deterioração nos últimos anos. Crises e antagonismos deram a tônica nas interações de ambos os países. No centro destas animosidades, estão divergências e interesses conflitantes em assuntos estratégicos tanto para Ancara quanto para Washington. Agora, porém, o advento de uma nova administração na Casa Branca fornece oportunidades para um reset. As tensões recentes refletem os rumos tomados pela política externa de cada país de 2008 para cá. Sob o comando de Erdogan, o governo turco assumiu um viés autonomista, de modo a suavizar o alinhamento ocidental e a diversificar os horizontes do engajamento externo. Nesse sentido, ocorre uma recalibragem da projeção internacional. Em vez da condição de potência intermediária, com pouco espaço para protagonismo, atribui-se à Turquia o papel de potência regional. Há duas consequências disto. Por um lado, significa a priorização da defesa dos interesses nacionais em detrimento de preferências coletivas. Naturalmente, essa postura cria pontos de tensão com seus aliados. Por outro, a adesão dessa abordagem também indica a regionalização da política externa. Do ponto de vista geopolítico, Ancara passa a enfatizar a projeção no Oriente Médio. A inflexão da política externa norte-americana decorre, por sua vez, das preferências adotadas pela administração Obama. O descontentamento da opinião pública, junto com as restrições orçamentárias, criou um ambiente doméstico pouco favorável a comportamentos ofensivos ao estilo praticado pelo governo de George W. Bush. Ou seja, há uma indisposição geral em se envolver em intervenções externas que demandem o estacionamento massivo de tropas e a alocação de recursos, como as ocorridas no Iraque e no Afeganistão. Sob essas circunstâncias, o democrata estabelece uma doutrina que gravita em torno do princípio “leading from behind”. Em termos práticos, Washington não abdica de sua proeminência, mas reduz seu engajamento no teatro global. Ocorre, então, uma reformulação da projeção estratégica em alguns cenários. O aspecto central disso é a delegação de tarefas e de responsabilidades a atores locais aliados dos Estados Unidos. Precária leitura do cenário Apesar de divergentes, essas trajetórias apresentam pontos de interseção. Um deles é a revolta na Síria. Naturalmente, os atores em tela delineiam suas respostas à crise em concordância com os vetores em voga na política externa de cada um deles. Embora a destituição de Bashar al-Assad tenha sido um objetivo comum, a evolução do conflito tornou suas agendas incompatíveis. À medida que ocorre a escalada da luta armada, não apenas Erdogan amplia seu envolvimento, mas também espera de Obama o mesmo comprometimento na derrubada do ditador. Essa expectativa indica, porém, uma leitura equivocada por parte das lideranças turcas a respeito do momento de inflexão da potência atlântica e, sobretudo, sua postura no tocante aos assuntos do Oriente Médio. Havia pouco espaço de manobra na política interna dos EUA para acomodar empreitadas militares, uma vez que a plataforma eleitoral do presidente democrata se pautara pelo fim das guerras na região. Os desentendimentos se intensificariam com a patronagem norte-americana aos curdos. Mesmo sendo coerente com o “leading from behind”, o expediente revela uma miopia estratégica, em que interesses a curto prazo (no caso, a derrota do ISIS) preponderam acima do risco de alienar um importante aliado no Oriente Médio.A autonomia perseguida por Erdogan criou condições para que, diante de tais constrangimentos, seu país pudesse preservar seus interesses em vez de ter uma conduta passiva. O custo disso, da perspectiva estadunidense, é uma fragilização da aderência de Ancara ao arranjo euro-atlântico. Em outras palavras, a Turquia se desprende da órbita de Washington. Ainda que esse processo não signifique, de modo algum, uma ruptura formal, com uma eventual saída da OTAN, por exemplo, ele representa uma mudança substancial na postura da Turquia, tendo em vista a disposição de seus líderes em confrontar seu aliado. Em termos concretos, constatam-se esforços para balancear o comportamento norte-americano, que culminam no alinhamento estratégico com a Rússia. Da perspectiva de Ancara, o ônus dessa postura assertiva se manifesta nas tentativas de Washington de penalizá-la por aquilo que pode ser considerado uma defecção. Observa-se, então, a mobilização de instrumentos coercitivos para elevar os custos da transgressão. Nesse sentido, uma das primeiras medidas implementadas se trata da expulsão dos turcos do programa de desenvolvimento dos jatos F-35, em 2019. No ano seguinte, o Congresso norte-americano acionou o dispositivo legal CAATS (Countering America’s Adversaries Through Sactions Act) para impor sanções contra o governo turco pela compra do sistema S-400 da Rússia. Escolhas difíceis para BidenCom o novo ocupante da Casa Branca, emerge o questionamento: é possível que as relações melhorem, ou continuem em sua tendência de debilitação? Fica evidente que o padrão de interação até aqui gera prejuízos para ambas as partes. Em um momento em que a política internacional se define pelo retorno da competição entre as grandes potências, a perda de um aliado de longa data não adiciona qualquer incremento à posição dos Estados Unidos, em uma região tão vital a seus interesses como o Oriente Médio.Na verdade, os decisores norte-americanos deveriam evitar fissuras em sua rede de alianças. Do contrário, abrem flancos que os adversários podem facilmente explorar para cooptar parceiros. Tampouco é totalmente proveitoso para Ancara uma ruptura com a grande potência atlântica. Embora a aproximação junto à Rússia tenha resultado em ganhos táticos, principalmente, no contexto da Guerra da Síria, a colaboração não está longe de ser vantajosa. Se, por um lado, Erdogan conseguiu aliviar as pressões de Moscou, por outro, tornou-se ainda mais seu refém.Diante desse cenário, há espaço para resetar as relações? Certamente sim, mas as dificuldades abundam. É necessário boa vontade e concessões, o que torna esse resultado pouco provável. Do lado turco, prevalecem ressentimento e suspeitas. E com razão, pois não há nenhum sinal da administração Biden de ajustar sua cooperação com os curdos para acomodar as demandas de Ancara. Além do mais, ainda que assuma uma conduta pragmática, o viés normativo da política externa de Biden – que dentre outras coisas, prioriza a agenda democrática – complica o diálogo com Erdogan, dado seu autoritarismo e o desmantelamento das instituições pluralistas na Turquia.À luz disso, as escolhas de Biden transitam entre encapar a bandeira dos direitos humanos, mas arriscar um maior alienamento das lideranças em Ancara, e/ou fazer vista grossa ao histórico autoritário e buscar a reabilitação das relações bilaterais. Em um cenário em que a segunda opção fosse selecionada, porém, seu êxito seria incerto, em face das amarras impostas por decisões passadas de Erdogan. O reatamento das boas relações com a Casa Branca poderia reverberar de forma negativa sob os vínculos com a Rússia. Dificilmente o Kremlin não enxergaria nisso algum tipo de ameaça a seus interesses e agiria para minar as posições turcas no Mar Negro, no Cáucaso e no Oriente Médio. Em suma, o grande desafio para ambos os lados é contornar os trade-offs envolvidos. Independentemente disso, alcançar um modus vivendi em que os interesses de ambos sejam servidos é imperioso.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

VIDA NEWS- RESERVAS CAMBIAIS CAI PARA O NÍVEL MAIS BAIXO EM 25 ANOS

 

ARTIGO: Dólar nas reservas cambiais mundiais cai para nível mais baixo em 25 anos.

Bancos centrais de países como China e Rússia têm se movimentado para diversificar cesta de moedas nos últimos anos.

A participação do dólar nas reservas mantidas pelos bancos centrais caiu para 59% — o nível mais baixo em 25 anos — durante o último trimestre de 2020, de acordo com o levantamento do FMI sobre a Composição em Moedas das Reservas Cambiais Oficiais (COFER). Alguns analistas apontam que isso reflete, em parte, o declínio da importância do dólar na economia mundial diante da concorrência de outras moedas usadas pelos bancos centrais em transações internacionais. Se as mudanças nas reservas dos bancos centrais forem suficientemente grandes, podem afetar os mercados de câmbio e de títulos.Nosso Gráfico da Semana analisa os dados recém-publicados com base numa perspectiva de longo prazo. Mostra que a participação dos ativos em dólar nas reservas dos bancos centrais caiu 12 pontos percentuais, de 71% para 59%, desde o lançamento do euro em 1999 (painel superior), embora com flutuações sensíveis ao longo desse período (linha azul). A participação do euro desde então flutuou em torno de 20%, enquanto a participação de outras moedas, como o dólar australiano, o dólar canadense e o renminbi chinês, subiu para 9% no quarto trimestre.As flutuações cambiais podem ter um impacto importante na composição em moedas das carteiras de reservas dos bancos centrais. Variações nos valores relativos de diferentes títulos públicos também podem ter um impacto, embora esse efeito tenderia a ser menor, pois os rendimentos dos títulos das principais moedas costumam oscilar em conjunto. Durante períodos de desvalorização do dólar frente às principais moedas, a participação da moeda norte-americana nas reservas mundiais de modo geral diminui, pois o valor em dólar das reservas denominadas em outras moedas aumenta (e vice‑versa em períodos de valorização do dólar). Por sua vez, as taxas de câmbio em relação ao dólar podem ser influenciadas por vários fatores, como trajetórias econômicas divergentes entre os Estados Unidos e outras economias, diferenças nas políticas monetária e fiscal, bem como a compra e venda de divisas pelos bancos centrais. O painel inferior mostra que o valor do dólar em relação às principais moedas (linha preta) manteve-se praticamente inalterado nas duas últimas décadas. Contudo, houve flutuações significativas nesse intervalo, o que pode explicar cerca de 80% da variância de curto prazo (trimestral) da participação do dólar nas reservas mundiais desde 1999. Os 20% restantes da variância de curto prazo podem ser explicados, sobretudo, pelas decisões ativas de compra e venda pelos bancos centrais para apoiar suas próprias moedas.Voltando as atenções para o ano passado, após contabilizarmos o impacto das oscilações das taxas de câmbio (linha laranja), vemos que a participação do dólar nas reservas se manteve de modo geral constante. No entanto, em uma visão de mais longo prazo, o fato de que o valor do dólar tem permanecido praticamente inalterado, enquanto a participação da moeda norte-americana nas reservas mundiais tem diminuído, indica que os bancos centrais de fato têm se afastado gradativamente do dólar.Alguns preveem que a participação do dólar nas reservas mundiais continue a cair à medida que os bancos centrais das economias de mercados emergentes e em desenvolvimento procurem diversificar ainda mais a composição em moedas de suas reservas. Alguns países, como a Rússia, já anunciaram sua intenção de fazê-lo.Apesar das grandes transformações estruturais no sistema monetário internacional nas últimas seis décadas, o dólar continua a ser a moeda de reserva internacional dominante, mas eventuais mudanças na situação do dólar devem ocorrer no longo prazo.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

VIDA NEWS- GERAÇÃO CONHECIDA COMO NEM-NEM TOTALIZA 766 MIL PESSOAS

 

Falta de trabalho formal e estudo afetam 30% dos jovens em SP.

Geração conhecida como Nem-Nem totaliza 766 mil pessoas na capital e quer oportunidades para inclusão produtiva nas periferias.

"Eu parei de estudar no ensino médio. Minha mãe ficou doente e criava a gente sozinha, na luta, com reciclagem. A gente sempre estava com ela para ter o que comer em casa. Quando fui ter estudo mesmo foi quando fomos para um abrigo. Meu marido, que tem 30 anos, parou na sexta série para poder trabalhar. Eu pretendo terminar os estudos, mas não sei como", lembra. Segundo ela, o maior preconceito enfrentado pelos jovens para conseguir trabalho é o fato de serem moradores da periferia. "Falta de capacitação, exigem experiência, mas nem todos tiveram oportunidades. Às vezes o trabalho é muito longe. A gente sente na pele e os olhares falam muito", ressalta.Ensinos profissionalizantes são opções mais viáveis: 80% dos estudantes do ensino técnico de 14 a 18 anos vêm de famílias com renda de até 5 salários mínimos. No entanto, apenas 8% dos jovens se formam nessa modalidade.  A inclusão produtiva dos jovens-potência significa retornos financeiros à cidade, com a redução do custo da evasão escolar e arrecadação de impostos. Segundo pesquisa Accenture, a inclusão pode somar até 0,3% ao PIB (Produto Interno Bruto) de São Paulo, o que representa R$ 2 bilhões. Exclusão digital A pandemia trouxe ainda mais problemas à família de Rute Franciele de Lima. O marido faz bicos como ajudante de pedreiro, mas não tem renda fixa. Eles recebem auxílio emergencial enquanto as crianças estudam em casa. "Tão tendo aula por celular, mas a conexão é ruim. Eles estão em séries diferentes, no mesmo horário, e só tem um celular. Fica complicado. Não tem uma estrutura boa para estar com as crianças em casa. Tem que pegar no pé para eles terem o que a gente não teve: o estudo", diz Rute. De acordo com a pesquisa feita pelo GOYN para implantação do projeto na cidade de São Paulo, a exclusão digital está diretamente relacionada à desigualdade social. Ermelino Matarazzo e São Mateus, na zona leste, tinham menos de 60% da população conectada à internet em 2017. Na Grande São Paulo, 825 mil moradias em situação de alta vulnerabilidade não possuem banda larga fixa. Também 26% da população da região metropolitana usa a internet apenas via celular e 9% dos estudantes sequer possuem acesso.Para resolver definitivamente o problema da conectividade, precisaria haver uma política pública. Na ausência de um projeto de fôlego, iniciativas são testadas antes de se tornarem programas em larga escala. Uma delas é a periferia digital."Os jovens estão alheios à discussão, não estão conectados, num momento em que se fala de indústria 4.0. A ideia são jovens, mentores, que são remunerados por isso, que mostram a outros jovens onde encontrar a conexão: é o letramento digital nas periferias", conta Gabriella Bighetti. Em 2019, cinco das oito profissões com maior oferta de vagas estavam relacionadas ao mercado digital. Ponto fora da curva Lucas Viana Gregório tem 20 anos, cursa Letras na USP e se considera um ponto fora da curva quando olha para os outros jovens da periferia. Ele mora em Taboão da Serra, no limite com o bairro do Campo Limpo, na zona sul."Passei na ETEC Paraisópolis, as aulas começavam às 7h, mas eu saía 5h30. De carro, seriam 20 minutos, mas de ônibus era 1h30. Consegui fazer um cursinho online noturno para o vestibular e passei na USP pelo SISU [Sistema de Seleção Unificada]. Sou privilegiado. Muitos colegas abandonam as escolas por falta de incentivo", afirma.Ele mora com os pais e, na pandemia, o pai perdeu emprego e passou a trabalhar como motorista de aplicativo. Em junho, Lucas descobriu o edital do GOYN, passou no processo seletivo para o Núcleo Jovem e recebe uma bolsa como assistente de projetos.O universitário reconhece muitos desafios que encontrou no percurso, entre eles os longos deslocamentos entre a periferia e o centro da cidade, a conectividade ruim de internet se não for um pacote pago e o pouco acesso a espaços de lazer e esporte."Consegui fazer muita coisa que os outros jovens não fizeram. É difícil ter acesso a oportunidades, a condução é cara e o bilhete não dá para fazer toda a viagem, os trajetos são longos. Mas há um contexto por trás. Muitos não têm apoio familiar, as escolas não provocam o interesse dos alunos, às vezes não tinha aula, com a pandemia, as escolas fecharam. Tem muitos jovens caminhando na direção contrária de serem potência", destaca.Lucas não concorda que os jovens sejam culpabilizados. "Nem trabalha nem estuda. Os jovens não são os culpados, eles não foram incentivados a mudar. Como diz a música, o jovem no Brasil não é levado a sério. São vítimas de um sistema que não incentiva a pensar no futuro. A parcela maior de culpa é do Estado, mas vamos tentar resolver junto", garante.Outros desafios Outros dois desafios à juventude periférica identificados pelo levantamento são o racismo estrutural e a crise laboral.  Os jovens negros têm menos escolaridade que os brancos: 34,3% entre 18 e 20 anos e 44,1% das mulheres negras completam o ensino médio em São Paulo. Na comparação, 62,6% das mulheres brancas e 53,7% dos homens terminam o ciclo nos colégios. Consequentemente, a renda de pessoas brancas é quase três vezes maior. Apenas 4,7% dos executivos das empresas brasileiras são negros. Já nos cargos funcionais, 35,7% dos trabalhadores são negros. As mulheres são as mais excluídas produtivamente. Nos últimos anos, o desemprego aumentou entre os jovens de 18 a 24 anos, chegando a 29,7% no segundo trimestre de 2020. Durante a pandemia, 80% das famílias nas favelas de todo o país passaram a sobreviver com menos da metade da renda que costumavam ter. Neste período, empresas suspenderam 52% dos contratos de jovens aprendizes. "Fui jovem aprendiz numa empresa em 2019. Seria na área administrativa, mas fiquei no almoxarifado. Me deram responsabilidades que não condiziam com o cargo, mas fiquei porque precisava do dinheiro", lembra Lucas Gregório. Em 2019, São Paulo registrou mais de 700 mil MEIs (Microempreendedores Individuais), sendo que 168 mil tinham menos de 30 anos.  Na práticaUm dos parceiros do GOYN é a Fundação Tide Setubal, com forte atuação no Jardim Lapena, no extremo leste de São Paulo. Sauanne Bispo é coordenadora de Nova Economia e Desenvolvimento Territorial do projeto e conta que 70% dos funcionários da instituição têm vivência na periferia, em todos os níveis hierárquicos. "É uma maneira inteligente de impacto nos territórios, sem achismos, com prática na escuta ativa dos moradores, buscando meios de tornar realizáveis as demandas. Nossa missão é a justiça social e o desenvolvimento para enfrentamento das desigualdades", explica. Uma das formas de auxílio à população são os programas de aceleração, com incentivo a negócios que possam ser aplicados na região, e a capacitação de jovens entre 16 e 25 anos, com remuneração, porque muitos precisam ter renda. Por 4 a 6h de trabalho na semana, podem receber entre R$ 500 e 700.Só neste ano, Sauanne já analisou 180 negócios de impacto sobre empreendedorismo periférico, sendo que 37 conduzidos por mulheres negras."Não criamos iniciativas, apoiamos. Disponibilizamos o capital-semente porque negócios na periferia tendem a fechar em menos de três anos. Precisa de dinheiro, não é só ajuda na gestão. Um apoio para dar fôlego porque, para muitos, é o sustento familiar", destaca a coordenadora. A fundação criou o Galpão ZL, que fica no Jardim Lapena, e oferece atividades gratuitas na área de educação, cultura, esporte, culinária, empreendedorismo e atendimento às demandas sociais, com foco na geração de renda."O limitador é o abismo social gerado pelo racismo. Desigualdade impede o acesso à educação. O Brasil está entre os 10 países mais desiguais do mundo. O jovem não vê semelhantes ocupando espaços e acaba ficando estagnado", diz Sauanne Bispo.Ela mesma conta que nasceu na periferia de Salvador (Bahia), é negra, mulher e nordestina. Aos 17 anos, entrou na UFBA (Universidade Federal da Bahia) e se formou em estatística. Hoje tem 35 anos e há 2 veio para São Paulo."Nunca me imaginei colocando currículo em banco. Meu grande feito seria ensinar estatística na faculdade. Mas recebi proposta até da Bolsa de Valores de São Paulo. Outros não têm oportunidades ou não veem possibilidades. Minha filha de 3 anos já nasceu com outras referências", conta Sauanne.  A diretora executiva da United Way Brasil ressalta que os problemas da juventude são complexos, por isso precisam ser enfrentados de forma conjunta e organizada."Queremos a inclusão produtiva, que os jovens cresçam, tenham carreiras, uma vida digna e próspera. Não é só empregabilidade. Soluções sistêmicas não elencam prioridades, tudo está interligado. Não são desafios que uma entidade dê conta sozinha, mas sim uma rede. Trabalhar de forma colaborativa não é fácil, mas vamos mais longe, mesmo que mais devagar", conclui Gabriella Bighetti. ( Fonte R 7 Noticias Brasil)

 

 

VIDA NEWS- FALTA DE TRABALHO FORMAL E ESTUDO AFETAM 30% DOS JOVENS EM SÃO PAULO

 

Falta de trabalho formal e estudo afetam 30% dos jovens em SP.

Geração conhecida como Nem-Nem totaliza 766 mil pessoas na capital e quer oportunidades para inclusão produtiva nas periferias.

A cidade de São Paulo tem 2,57 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos de idade. Quase 30% delas estão em situação de vulnerabilidade social. São mais de 766 mil jovens sem oportunidade de estudo ou emprego formal. Os que já foram chamados de geração Nem-Nem agora querem ser vistos como jovens-potência à procura de oportunidades para superar o racismo estrutural, a evasão escolar, a falta de trabalho e a exclusão digital na periferia da maior metrópole do país."Parte do problema é como a sociedade olha para o jovem que mora na periferia, de forma negativa, que vai chegar atrasado e cansado no trabalho porque mora longe. Mas são jovens resilientes, criativos e com habilidades socioemocionais. São potências enormes. Em geral, escolhemos olhar para o lado que falta e não para o que abunda", afirma Gabriella Bighetti, diretora executiva da United Way Brasil, articuladora do GOYN.. A missão do GOYN (Global Opportunity Youth Network) São Paulo é impactar a vida de 100 mil jovens da periferia até 2030 por meio de parcerias com empresas e a sociedade civil para criar soluções estruturais aos desafios enfrentados pela juventude e combater a desigualdade de raça e gênero. "Que a gente da periferia seja regra e não exceção, para que a gente não tenha que trabalhar o dobro para ganhar a metade", afirmam os jovens em um manifesto.A iniciativa foi criada nos Estados Unidos por uma organização internacional que tem recursos para ajudar populações vulneráveis. Já foi implantada em Bogotá (Colômbia) e Cidade do México, na América Latina. Em São Paulo, começou em 2020 e hoje soma 70 instituições parceiras. "O estudo, em parceria com a Accenture Brasil, foi o ponto de partida para pensar intervenções que gerem oportunidades para o jovem. Baseado em evidências, dados e voz ativa dos jovens, podemos direcionar os investimentos em projetos para mudanças sistêmicas, que se sustentam com o tempo, e não àqueles que enxugam gelo", ressalta a executiva da United Way. Na capital paulista, 70% dos jovens vivem nos extremos das zonas sul e leste, em áreas como Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, São Mateus, São Miguel, Campo Limpo, Capela do Socorro, Cidade Ademar, M’Boi Mirim, Parelheiros e Santo Amaro. A maioria são mulheres e negros (53%). Alana Gonçalves Vieira tem 24 anos e vive em Ermelino Matarazzo, na zona leste, em uma casa com a mãe e duas irmãs. Desde que se formou no ensino médio em 2014, só teve uma experiência de emprego por três meses com telemarketing."O mais difícil é conseguir emprego. Não dão oportunidade para quem não tem experiência e treinamento. Vivo da renda familiar. Minha mãe é pensionista. Mas tenho amigos com faculdade, mestrado, que também não conseguiram colocação no mercado", conta.O índice de desemprego entre os jovens da cidade de São Paulo é de 35%. Quase o dobro quando comparado ao da população total (16%).Alana sonha em conseguir um trabalho para estudar psicologia. Sem uma renda garantida, não tem como pagar os livros, alimentação e transporte, mesmo que consiga uma bolsa de estudos. Hoje ela recebe um auxílio de R$ 300 e integra o projeto do GOYN, participa de reuniões com empresas e ajuda a propor soluções para juventude.Um dos problemas por ela relatados é a falta de entretenimento na periferia. Há uma pista de skate, onde os jovens se reúnem, mas em más condições de uso. "Fico desiludida, mas tenho esperança que as coisas vão mudar. Um dia o 'sim' vai vir. As coisas não são fáceis e nem vão ser. A gente aprende, tem vontade e quero despertar o outro também. O que falta na periferia é estímulo. O governo não dá a mesma oportunidade de quem mora no centro. As escolas não são as melhores e nem o emprego vai ser tão bom. Tinha que ter na periferia para ficar na periferia", enfatiza Alana. Evasão escolar A evasão escolar em São Paulo é alta e a pandemia agravou o problema. "Esse dado é muito preocupante porque 28% dos jovens que estavam matriculados no ensino médio não pretendem voltar para a escola. Temos que lidar com um desafio cada vez maior que é a evasão, enquanto o mercado de trabalho exige cada dia mais habilidades", explica Gabriella Bighetti. De acordo com levantamento do GOYN, dentre os jovens de 15 a 29 anos na capital, 26% não completaram o ensino fundamental, 24% saíram antes de concluir o ensino médio e apenas 13% têm ensino superior. A situação é mais grave nos extremos das regiões leste e sul, onde menos de 35% terminaram o ensino fundamental e apenas 4% concluíram o ensino superior. Um dos motivos para o abandono da escola é a questão financeira. Muitos precisam trabalhar para sobreviver. Foi o caso de Rute Franciele de Lima, de 27 anos, que foi criada na comunidade da Ilha, no Jardim Elba, na zona leste de São Paulo. Ela está há 9 anos com o marido e tem dois filhos, de 9 e 7 anos. Há dois, mora em um barraco numa invasão do Jardim Santo André porque não tem mais condições de pagar aluguel. "Eu parei de estudar no ensino médio. Minha mãe ficou doente e criava a gente sozinha, na luta, com reciclagem. A gente sempre estava com ela para ter o que comer em casa. Quando fui ter estudo mesmo foi quando fomos para um abrigo. Meu marido, que tem 30 anos, parou na sexta série para poder trabalhar. Eu pretendo terminar os estudos, mas não sei como", lembra.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

 

CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão da Câmara aprova projeto que amplia atendimento a doenças raras no SUS.

  Exames para diagnóstico deverão ser oferecidos em até 30 dias, e o primeiro tratamento, em até 60 dias; a Câmara continua discutindo a pro...