Maioria dos brasileiros apoia a criação de uma lei contra fake news-
O Instituto DataSenado realizou pesquisa nacional para ouvir a
opinião dos brasileiros sobre redes sociais e o Projeto de Lei no 2.630/2020,
de autoria do senador Alessandro Vieira Cidadania – SE), que tem o objetivo de
combater a disseminação de conteúdo falso na internet. Entre os dias 9 e 11 de
junho, foram entrevistados por telefone 1.200 brasileiros com mais de 16 anos,
em amostra representativa da população brasileira. Maioria dos brasileiros
apoia a criação de uma lei contra fake news Os resultados
mostram que 78% dos brasileiros têm ou já tiveram perfis em redes sociais. E a
maioria dos cidadãos que integram esse grupo (87%) está em alguma medida
preocupada com a quantidade de notícias falsas divulgadas nessas plataformas. Três
em cada quatro (76%) usuários de redes sociais concordam que, nesses ambientes
virtuais, notícias falsas ganham mais visibilidade que notícias verdadeiras.
Aproximadamente nove em cada dez (93%) acreditam que as notícias falsas trazem
riscos para a sociedade no momento atual de pandemia. Nesse sentido, 84% dos brasileiros que usam ou já usaram redes sociais
avaliam que a criação de uma lei de combate às fake news vai contribuir para a redução da quantidade de notícias
falsas nessas plataformas. Os dados também mostram que 66% dos usuários sabem
que o Congresso Nacional está debatendo uma proposta de lei para combater as
notícias falsas em redes sociais. Nove
em cada dez usuários acham que redes sociais devem verificar publicações A
ampla maioria dos usuários brasileiros de redes sociais (94%) acredita que as
empresas responsáveis por essas plataformas devem verificar se as informações
publicadas por usuários são verdadeiras. Além
disso, 94% concordam que as redes sociais devem colocar um alerta em
publicações que contenham informações falsas e 93% consideram que as redes
sociais devem diminuir o alcance de publicações que contenham informações
falsas. Do mesmo modo, 97% dos usuários pensam que o usuário de rede
social que faz uma publicação com informação falsa deve ser informado pela
plataforma. Maioria acha que perfis
controlados por robôs devem ser identificados Pouco mais da
metade dos usuários (54%) têm conhecimento de que há, nas redes sociais, perfis
controlados por programas de computador, os chamados "robôs". Nesse
grupo, 82% sabem que robôs também são usados para espalhar notícias falsas e
75% acham que os perfis controlados por robôs devem conter avisos que os
identifiquem como tais. Brasileiros utilizam com
mais frequência o Whatsapp como fonte de informação Em relação à
frequência de uso dos meios de comunicação e das redes sociais como fonte de
informação, o WhatsApp é o mais frequentemente usado (64%), seguido pela
televisão (58%) e por sites de notícias (39%).Mais
da metade (58%) dos usuários de redes sociais dizem compartilhar notícias em
redes com pouca frequência. Por outro lado, 32% afirmam nunca compartilhar.
Perguntados se já decidiram voto em período de eleições, com base em
informações vistas em redes sociais, 23% disseram que já o fizeram com base em
informações vistas no Facebook, e 21% com base no que viram no WhatsApp.
As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas. Nas entrevistas são
feitas perguntas que permitem estimar a margem de erro para cada um dos
resultados aqui divulgados, calculados com nível de confiança de 95% (Anexo 1
do relatório). Dessa forma, não existe uma única margem de erro para toda a
pesquisa (aproximação usual em pesquisas que não são totalmente
probabilísticas). As entrevistas foram distribuídas por todas as unidades da
Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis, com alocação
proporcional à população de cada UF.( Fonte Senado Federal Pesquisa: Fake News DataSenado)