Proposta busca promover a igualdade entre homens e mulheres; o texto continua em análise na Câmara dos Deputados.
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos
Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar 218/23, que institui o
Orçamento Sensível às Mulheres (OSM). O objetivo é promover a igualdade entre
homens e mulheres, a inclusão social e a redução das desigualdades sociais na
distribuição de recursos da União. A proposta é da deputada Laura Carneiro
(PSD-RJ) e busca integrar as políticas públicas governamentais ao combate
contra a discriminação de mulheres. O parecer da relatora, deputada Dayany
Bittencourt (União-CE), foi favorável ao projeto na forma que foi aprovada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, que
fez alterações pontuais no texto. “Apesar dos avanços, as mulheres ainda
enfrentam desafios significativos, como a desigualdade salarial e a menor
representação política", lamenta a relatora. Segundo ela, o Orçamento
Sensível às Mulheres busca enfrentar essas questões de maneira estruturada e
integrada, garantindo que as políticas públicas sejam mais inclusivas e
equitativas. Diretrizes Entre as diretrizes estruturantes das políticas
públicas e orçamentárias do País, o OSM prevê: análise das necessidades
específicas de homens e mulheres em diferentes áreas; estímulo à participação
das mulheres na política e em cargos de liderança; combate à violência contra
as mulheres; e garantia de acesso à saúde, à educação e ao emprego para todas
as mulheres. Participação popular O projeto assegura ainda a participação
popular, por meio de fóruns regionais e consultas públicas, com capacidade de
propor sugestões durante a elaboração do Orçamento Sensível à Mulher. “Isso
assegura que a elaboração do orçamento seja um processo democrático e
transparente, permitindo que a sociedade civil proponha sugestões e participe
ativamente na definição das prioridades orçamentárias”, disse Dayany
Bittencourt. Anexo específico Por fim, o texto prevê que o Poder
Executivo elabore e publique, em todas as fases de elaboração e execução das
leis orçamentárias, anexo específico com o detalhamento das ações direcionadas
ao Orçamento Sensível à Mulher. “Essa medida assegura a transparência e a
responsabilidade na implementação das políticas voltadas para as mulheres,
permitindo um acompanhamento contínuo e a avaliação de seus impactos”, concluiu
a relatora. Próximos passos A proposta ainda será analisada pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada pelo
Plenário. Conheça a tramitação de projetos de lei complementar
Reportagem - Lara Haje Edição - Natalia Doederlein Fonte: Agência Câmara
de Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário