O discurso de ódio contra mulheres se tornou um negócio lucrativo para influenciadores no YouTube.
Um estudo do NetLab, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), analisou 76,3 mil vídeos
publicados entre 2018 e 2024 e revelou que conteúdos misóginos acumulam bilhões
de visualizações e geram lucros significativos. Estratégias
e monetização Os pesquisadores identificaram 137 canais explicitamente misóginos que, juntos, publicaram
mais de 105 mil vídeos. Além da monetização direta por meio da plataforma,
criadores de conteúdo utilizam doações, crowdfunding e venda de produtos e
serviços como e-books e cursos. Aproximadamente 80% desses canais recebem pagamentos
do YouTube provenientes de anúncios. Os vídeos analisados abordam discursos
variados, desde o incentivo à manipulação psicológica de mulheres até a
justificação de abusos. Conteúdos antifeministas representaram 62 milhões de
visualizações, com estratégias que defendem o controle feminino e a limitação
de sua atuação social. A necessidade de regulamentação Para
a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a pesquisa reforça a urgência de
regulamentar redes sociais. “Precisamos regular o discurso de ódio, disputar os
conteúdos nas plataformas e cobrar posicionamento das empresas”, afirmou. O YouTube
informou que conteúdos com discurso de ódio são proibidos e removidos quando
identificados. A plataforma alegou não ter sido contatada pelo NetLab e
reforçou a atuação de suas políticas de moderação. Junte-se aos grupos de
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