Apenas 660 mil do 1,4 milhão de clientes da empresa Luma recuperaram o acesso à energia, causando indignação na população.
Metade de Porto Rico continua sem eletricidade nesta sexta-feira
(8), passados dois dias desde a falha na usina Costa Sur que causou um apagão
geral na ilha, onde a indignação da população tem aumentado.Os últimos dados
dos operadores de eletricidade mostram que 660 mil do 1,4 milhão de clientes da
ilha recuperaram o serviço. O trabalho de reparação do sistema pela empresa
privada Luma Energy, encarregada da transmissão, e pela estatal AEE (Autoridade
de Energia Elétrica) está demorando mais tempo do que o esperado e prometido.Embora
tenha sido inicialmente noticiado que a restauração do serviço levaria no
máximo 24 horas, Kevin Acevedo, vice-presidente de negócios estratégicos da
Luma Energy, anunciou nesta sexta-feira que antes do fim do dia se esperava que
fosse alcançada a marca de 1 milhão de clientes com eletricidade. Josué Colón,
diretor-executivo da AEE, descreveu o corte de energia como
"inesperado", uma vez que nenhum gestor ou técnico na Costa Sur tinha
"qualquer suspeita" do disjuntor que falhou, apagando a central
elétrica. Embora as causas exatas do fracasso estejam sendo
investigadas, foi verificado que o interruptor era antigo e deveria ter sido
substituído há pelo menos dez anos."Esse tipo de avaria no nosso sistema é
inaceitável e não descansarei enquanto não atingirmos o objetivo de modernizar
e substituir o nosso velho e obsoleto sistema elétrico", disse nesta
sexta-feira o governador de Porto Rico, Pedro Pierluisi, no Twitter.A situação
também é considerada inaceitável por todos os porto-riquenhos que continuam sem
eletricidade em casa e que se lembram de um apagão semelhante em 2016 e do
colapso de todo o sistema após o furacão Maria, em 2017.Dezenas de pessoas,
convocadas por vários sindicatos e coletivos, protestaram nesta sexta-feira em
frente aos escritórios da Luma no bairro de Santurce para pedir ao governo que
cancele o contrato com a empresa.Alguns dos slogans entoados pelos presentes
foram "Luta sim, Luma não", "O contrato Luma deve ser jogado no
lixo" e "A privatização é a mãe da corrupção".A frustração com
um sistema em tal estado de conservação cresceu depois de a Agência Federal de
Gestão de Emergências ter dito ontem, quinta-feira (7), que não tinha recebido
projetos de transmissão e distribuição para avaliar e aprovar recursos de
construção. A agência também recordou que aprovou cerca de US$ 9,5 bilhões
(cerca de R$ 44 bilhões) à AEE, em setembro de 2020, para a reconstrução da
rede elétrica.As aulas no sistema público foram canceladas ontem e hoje, assim
como os serviços da maioria das agências governamentais da ilha, que é uma
comunidade americana de cerca de 3 milhões de pessoas.Muitas casas e empresas
têm geradores ou painéis solares para mitigar o impacto das frequentes falhas
de energia da ilha, mas não é esse o caso de toda a população.( Fonte R 7
Noticias Internacional)
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