Vinte anos após ser sequestrada por guerrilheiros das Farc, a ex-senadora tentará vaga em coalizão para a eleição de maio.
A política franco-colombiana Íngrid Betancourt, que foi
sequestrada por seis anos por guerrilheiros na selva, lançou sua
pré-candidatura presidencial nesta terça-feira (18), 20 anos depois de ter sido
feita refém. Em conferência de imprensa, Betancourt anunciou que vai participar
da consulta eleitoral da qual sairá o candidato de uma coligação de forças de
centro. "Vou trabalhar incansavelmente a partir deste momento, de sol a
sol, para ser presidente", disse a líder do partido Verde Oxígeno
(Oxigênio Verde). Se vencer a consulta, que será realizada juntamente com as
eleições legislativas de 13 de março, ela disputará o primeiro turno
presidencial em 29 de maio. Betancourt, de 60 anos, que se estabeleceu no
exterior após seu resgate em uma operação militar, relembrou seu sequestro há
20 anos nas mãos dos rebeldes das extintas Farc, quando fazia campanha para a
Presidência. "Hoje estou aqui para terminar o que comecei com muitos de
vocês em 2002. Com a convicção de que a Colômbia está pronta para mudar de
rumo", disse a candidata. Betancourt se apresentou como uma alternativa
centrista para a disputa entre a direita no poder e a esquerda liderada pelo
ex-prefeito e ex-guerrilheiro Gustavo Petro, favorito nas pesquisas. "Durante
décadas só tivemos opções ruins: extrema direita, extrema esquerda. Agora é a
hora de ter uma opção de centro", disse a candidata. O combate à
insegurança e à poluição ambiental foi apresentado como objetivo.
"Acredito em um mundo com a visão de uma mulher", acrescentou. Betancourt
voltou à vida pública depois de apoiar o processo de paz com os guerrilheiros
que a sequestraram em
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