O levantamento mapeia riscos de deslizamentos, enxurradas e inundações em pontos específicos das cidades.
Um estudo coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, em parceria com o Ministério das Cidades, incluiu Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis entre mais de 20 municípios goianos classificados como áreas suscetíveis a desastres naturais durante o período chuvoso. O levantamento mapeia riscos de deslizamentos, enxurradas e inundações em pontos específicos das cidades. As três maiores do estado aparecem na categoria de risco triplo, ou seja, estão sujeitas simultaneamente aos três tipos de eventos geo-hidrológicos. Ao todo, 1.942 municípios brasileiros foram identificados como vulneráveis a desastres relacionados a chuvas intensas. Em Goiás, além de Goiânia, Aparecida e Anápolis, constam na lista municípios como Alexânia, Alvorada do Norte, Aporé, Baliza, Caldas Novas, Cavalcante, Formosa, Goiatuba, Cidade de Goiás, Guarani de Goiás, Israelândia, Itumbiara, Lagoa Santa, Luziânia, Novo Gama, Petrolina de Goiás, Planaltina, Senador Canedo, Simolândia, São Domingos e Uruaçu. (Veja a nota técnica ao fim da reportagem). A capital concentra o maior número de áreas de risco mapeadas no estado, com 4.260 pontos identificados. Em seguida aparecem Senador Canedo, com 744 áreas, Aparecida de Goiânia, com 737, e Anápolis, com 393 pontos classificados como vulneráveis. Os dados reforçam situações já vivenciadas recentemente. Em Goiânia, temporais registrados no início de dezembro provocaram alagamentos em diversas regiões, incluindo a Marginal Botafogo, onde motoristas chegaram a ficar ilhados. Em Anápolis, chuvas intensas ultrapassaram 70 milímetros em menos de uma hora, colocando o município entre os que registraram os maiores volumes do estado, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). De acordo com o estudo, fatores como crescimento urbano desordenado, ocupação de áreas de várzea e encostas, além da impermeabilização excessiva do solo, ampliam a vulnerabilidade dos municípios. Com menor capacidade de absorção da água da chuva, o escoamento superficial se intensifica, sobrecarregando sistemas de drenagem e aumentando o risco de alagamentos. O levantamento também aponta que as mudanças climáticas têm contribuído para a intensificação e maior frequência de eventos extremos, exigindo planejamento urbano mais rigoroso e políticas preventivas por parte dos municípios para reduzir impactos à população.Fonte Jornal Opção Noticias GO
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