A suspensão de benefícios concedidos a pessoas que se declararam vítimas do acidente radioativo (Césio 137) ocorrido em Goiânia no ano de 1987 e que têm recebido a ajuda de forma indevida, sinaliza para a ponta de um gigantesco e preocupante iceberg formado pela nociva prática da usurpação, do golpe, da fraude e da apropriação indébita.
Neste episódio pontual, pessoas, até, de boas posses, se inseriram no rol das vítimas do infausto acontecimento, para tirarem vantagens econômicas, financeiras e previdenciárias, pois obtiveram bônus que gente comum do povo não consegue, a não ser que espere em longas e intermináveis filas da Previdência Social. O que se lamenta, entretanto, é a diversidade desses golpes disseminados por todo o Brasil. Aqui e alhures, diária e, constantemente, afloram notícias e informações dos mais diferentes tipos de espertezas, ora no prejuízo de instituições oficiais, ora nos danos causados à iniciativa privada. Bancos, repartições públicas, organizações não governamentais e assemelhados, vivem e convivem com estas anomalias sociais. A falsificação de produtos (inclusive alimentos e remédios) é um tapa na cara da sociedade. Os furtos e roubos se diversificam e se multiplicam no desafio constante às autoridades competentes. Leia também: Editorial 974 – Votar é bom! Toma-se por exemplo, o levantamento feito pela empresa que fornece energia elétrica para o Estado, a Equatorial Goiás. Ela, em conjunto com as forças policiais goianas, tem apertado o cerco contra o consumo irregular de energia neste ano. A quantidade de operações saltou de 96 ações realizadas de janeiro a setembro de 2023 para 217 no mesmo período 2024, um aumento de 126%. O quantitativo de pessoas envolvidas presas também seguiu o mesmo caminho, e passou de 108 para 115 prisões, alta de 6,5%. A empresa relata que o combate às fraudes e furtos nas redes de distribuição abrangem todo o Estado de Goiás e conta com o apoio estratégico das Polícias Civil, Científica e Militar. O volume maior de prisões em 2024 foi registrado em Goiânia, Rio Verde, Águas Lindas, Itumbiara e Itaberaí. Em 2023, as cidades com mais prisões foram Goiânia, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Anápolis e Caldas Novas. Gente que faz ligações clandestinas (os chamados “gatos”), consome energia e não paga. Essa prática é codificada como crime de furto. E, não para por aí. O mesmo ocorre com água/esgoto. A ligação clandestina de água é considerada crime no Brasil. Essa prática de adulterar o sistema de fornecimento de água é enquadrada como atentado contra o patrimônio, segundo o artigo 155 do Código Penal Brasileiro que diz: “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. Inciso 3º Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. E, o que muita gente não sabe é que, quem paga esta conta é o consumidor honesto e pontual. Os prejuízos das empresas prestadoras de serviços, são diluídos na chamada planilha de custos e acoplados às tarifas cobrada da população. Será que, um dia, isso terá fim?.(Fonte Jornal Contexto Noticias GO)
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