É verdade que a classe política, com raríssimas exceções, passa por uma fase de total descrédito junto à população. E, motivo é o que não falta. A começar pelo despreparo da maioria que entra no intrincado mundo eleitoral sem o menor conhecimento de causa. Quer participar, não se sabe como, não se sabe, ao certo, por que, não se sabe com que objetivo, ou, se são meros aventureiros.
Grande
parte nunca leu a Constituição Federal para saber qual é o papel de um
vereador, de um deputado estadual, deputado federal, senador, prefeito,
governador, ou Presidente da República. Provavelmente, muitos deles são
atraídos pela imaginária “vida fácil”, com pouco trabalho e muito dinheiro,
muita fama, muita posição e muito conforto. Leia também: Eleição se ganha no voto, com
propostas e ideias – Por Vander Lúcio Barbosa O eleitor está cada
vez mais cético, o que se reflete no elevado índice de abstenção e votos nulos
ou em branco, representando um quarto do total. Isso indica um descontentamento
com a política. A apatia do eleitorado pode ser atribuída à falta de propostas
claras dos candidatos, que, muitas vezes, fazem campanhas superficiais nas
redes sociais, sem interação direta com o público. Alguns candidatos se
destacam apenas por slogans chamativos, enquanto outros recorrem a ataques e
campanhas desrespeitosas. A falta de conexão genuína entre candidatos e
eleitores resulta em crescente decepção. Muitos políticos têm abandonado seu
propósito ideológico, trocando de partido conforme seus interesses de
sobrevivência política. Os compromissos de campanha são rapidamente
descartados, sem consideração pelo eleitor que confiou neles. Com o voto
obrigatório no Brasil, muitos cidadãos votam apenas para cumprir a lei ou por
“desencargo de consciência”. Esse distanciamento crescente entre eleitores e
políticos revela a necessidade urgente de repensar o modelo político
brasileiro. Com mais de 30 partidos ativos e outros tantos aguardando
legalização, até os próprios políticos desconhecem as propostas e a filosofia
de suas agremiações. A eleição é, sem dúvida, a forma mais adequada de governar
um município, estado ou nação. No Brasil, mesmo com seus defeitos, o modelo republicano
com eleições livres se mantém como o melhor sistema para constituir os poderes.
No entanto, falta conscientização ao eleitor, que muitas vezes não sabe
escolher as pessoas certas para os cargos certos. A indiferença e a falta de
conhecimento enfraquecem a democracia. Portanto, votar conscientemente é
essencial. A escolha é, e deve ser, responsabilidade do povo.(Fonte Jornal
Contexto Noticias GO)
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