Segundo o ministro da Cidadania, 17 instituições financeiras já estão
homologadas e aptas à concessão do empréstimo.
O ministro da Cidadania,
Ronaldo Bento, disse nesta quarta-feira (17) que as contratações de crédito consignado por
beneficiários do Auxílio Brasil devem começar até o início de setembro. Após a
edição do decreto que regulamentou a concessão desse empréstimo, o Ministério
da Cidadania trabalha em normas complementares para o início das operações. “Já
temos quase 17 instituições financeiras homologadas pelo Ministério da
Cidadania aptas à concessão do empréstimo consignado. É um número que mostra o
interesse do mercado em estar disponibilizando o crédito para essa população”,
disse ele durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. O crédito
consignado é aquele concedido pelas instituições financeiras com desconto
automático das parcelas em folha de pagamento do salário ou benefício. Os
beneficiários do Auxílio Brasil poderão fazer empréstimos de até 40% do valor
do benefício e autorizar a União a descontar o valor da parcela dos repasses
mensais. O programa social tem valor mínimo de R$ 400, mas de agosto a
dezembro deste ano o benefício será de R$ 600. Extrema
pobreza O ministro Ronaldo Bento estava acompanhado do presidente do Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Erik Figueiredo, que apresentou um
estudo que avalia os efeitos do Programa Auxílio Brasil sobre a extrema
pobreza, o mercado de trabalho e a insegurança alimentar. A nota Expansão do
Programa Auxílio Brasil: uma Reflexão Preliminar, assinada por Figueiredo, foi
divulgada na semana passada. De acordo com o Ipea, a previsão da ONU
(Organização das Nações Unidas) era que a taxa de extrema pobreza brasileira
saltaria de 5,1% em 2019 para 8,8% em 2022, mas, segundo Figueiredo, a
tendência é contrária, com a projeção de uma redução da taxa de extrema pobreza
para 4,1% em 2022. Em 2021, 6% dos brasileiros estavam na condição de extrema
pobreza.Para chegar a essa previsão, Figueiredo explicou que o Ipea considerou
a adição de 5,7 milhões de famílias no Auxílio Brasil em 2021 e 2022. “Evidente
que isso vai ter um impacto na extrema pobreza. Consideramos esse incremento
com base em dados mais concretos”, disse.O estudo diz ainda que o crescimento
da prevalência de desnutrição e insegurança alimentar no Brasil não tem
impactado os indicadores de saúde ligados à prevalência da fome. “Entre 2018 e
2021, o número de internações relacionadas à desnutrição proteico-calórica de
graus moderado e leve, à desnutrição proteico-calórica grave, ao atraso do
desenvolvimento devido à desnutrição proteico-calórica, à kwashiorkor
[deficiência de proteínas] e ao marasmo nutricional apresentou queda”, informou
o Ipea.De acordo com o instituto, o aumento do repasse do programa representou,
entre janeiro e agosto, aproximadamente 2,5 vezes a perda de renda do trabalho
das famílias pobres em decorrência da pandemia de Covid-19. Além disso, segundo
Figueiredo, o crescimento do programa social impulsionou as economias locais.“Em
todas as regiões do país, houve uma relação diretamente proporcional na
quantidade de empregos formais gerados e famílias acrescidas ao Auxílio Brasil.
Em média, para cada mil famílias incluídas no Auxílio Brasil, há a geração de
365 empregos formais”, disse.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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