Soltura de ativista saudita mira
relação positiva com EUA, dizem analistas.
Ativista foi presa em 2018 após
campanha para que mulheres pudessem dirigir; veto caiu logo após prisão.
A libertação da ativista Loujain
al-Hathloul, na quarta (10), na Arábia Saudita, teria como objetivo garantir uma interlocução positiva neste início de
governo de Joe Biden, segundo analistas.O novo presidente
dos EUA prometeu
em campanha uma postura mais dura contra o regime, em contraste com seu
antecessor, Donald Trump. Al-Hathloul, 31, foi presa em maio de 2018 por liderar uma
campanha para permitir que mulheres dirijam no país. Poucas semanas depois, o
governo saudita suspendeu a proibição, mas manteve a jovem presa. A ativista,
que ganhou evidência global como símbolo da busca por direitos das mulheres sauditas, teve apenas parte de sua
sentença suspensa. Isso significa que Al-Hathloul poderá voltar à prisão a
qualquer momento. A ativista deverá prestar serviços comunitários no restante
da pena, não pode sair do país por cinco anos, está proibida de conversar com a
imprensa internacional e participar de ações que questionem o regime. “A prisão
injusta de Loujain al-Hathloul terminou, mas ela ainda não está livre”, disse
Adam Coogle, vice-diretor para o Oriente Médio da organização Human Rights Watch, ao citar a comutação da
pena. A família denunciou que Al-Hathloul sofreu tortura na
prisão.
Tensão bilateral Pouco antes de assumir o
mandato, Biden pediu uma “reavaliação” da
relação entre Washington e Riad. O democrata chamou atenção
para o histórico de
violações dos direitos humanos por parte do país. Um exemplo é
o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no
consulado saudita de Istambul, na Turquia, em 2018. Entidades internacionais
acusam o príncipe herdeiro, Mohammed bin
Salman, de ordenar o ataque. Ele nega. Além de al-Hathloul, vários
outros presos foram libertados pela Arábia Saudita nos últimos dias, segundo a
norte-americana NPR.
Autoridades sauditas soltaram dois ativistas com cidadania norte-americana, sob
fiança, enquanto aguardam julgamento por acusações de “terrorismo”. Em janeiro,
um tribunal de apelação reduziu pela metade a pena de seis anos de prisão de um
médico dos EUA e suspendeu o restante. Ele não deve voltar à prisão, apurou a Reuters.
As autoridades sauditas não comentaram a libertação e a Casa Branca elogiou a
medida de Riad. “Liberá-la foi a coisa certa a fazer”, disse Biden.( Fonte A
Referencia Noticias Internacional)
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