Prefeitura mantém a estratégia de bloqueio ao mosquito transmissor da
dengue
O secretário de Saúde,
Eduardo Rangel, disse que os procedimentos realizados pela equipe de endemias
têm caráter preventivo e educativo. “Os nossos agentes tem como premissa o
controle da fase larvária do vetor através da eliminação ou destruição de
criadouros. O PNCD também preconiza ações diferenciadas de rotina para outros
tipos de imóveis como cemitérios, borracharias, garagens de prefeitura,
depósitos de reciclagens, ferros velhos, etc. Por estes serem locais vulneráveis
a proliferação do mosquito, são considerados Pontos Estratégicos (P.E) e
visitados mensalmente pelos agentes de saúde”, informou o secretário.
A contingência
deve ser realizada pelos mesmos agentes, porém, quando há circulação do vírus e
envolve o controle da fase alada/adulta do vetor através de aplicação de
agrotóxicos de uso em saúde pública. A etapa de contingenciamento depende do
conhecimento prévio e oportuno, por parte do setor de endemias municipal, do
caso suspeito de dengue.
“Por isto é muito
importante que todas as pessoas que busquem atendimento médico no DF, informem
sua situação numa unidade básica de saúde mais próximo de sua residência para
que seja notificado e as providencias sejam tomadas”, pontuou.
Mensalmente são
realizados em média 100 testes rápidos de dengue, onde grande parte destes
testes dão resultados, por isto o monitoramento é constante.
“Para isso as
áreas de Vigilância em Saúde, Atenção Primária e Educação em Saúde trabalham de
forma articula, para que as notificações dos casos de dengue, mesmo ainda não
confirmados, recebam o mais rápido possível medidas de tratamento no ambiente.
De posse dessa informação, há desencadeamento de ações coordenadas a partir do
local provável de circulação viral indicado na ficha de notificação visando
eliminação da fêmea transmissora, ação também denominada bloqueio da
transmissão. As ações de bloqueio são realizadas num raio de 150 metros do caso
suspeito e envolvem eliminação ou tratamento em massa de criadouros (bloqueio
focal) e posteriormente a nebulização espacial com agrotóxicos para que o
bloqueio surta o efeito desejado”, disse o secretário.
Segundo o coordenador de endemias,
Lourisvan Santiago, os níveis de infestação do mosquito vetor Aedes aegypti tem
se mantido num patamar baixo, graças a um grande trabalho de monitoramento das
áreas de risco, “o último índice foi de 1,0 médio risco, o Ministério da Saúde
indica como aceitável este percentual. As ações são realizadas conforme as
notificações são feitas nas unidades de saúde, onde a equipe só é acionada com
as informações enviadas pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica”, falou
Lourisvan.
O trabalho
realizado pela coordenação de endemias segue o Programa Nacional de Combate a
Dengue, podendo ser definido por duas estratégias distintas de enfrentamento do
vetor Aedes aegypti: Rotina
e Contingência. A rotina do
programa é baseada na inspeção bimestral de todos os domicílios a Secretaria Municipal
de Saúde por meio dos Agentes Comunitários de Saúde – ACS e/ou Agentes de
Combate às Endemias – ACE.
Fotos: ASCOM