Alex Saab foi preso em Cabo Verde, em 2020, e extraditado para os
Estados Unidos em 2021, por suposta lavagem de dinheiro.
Ativistas ligados ao governo da Venezuela propuseram,
nesta segunda-feira (15), a "troca" do empresário Alex Saab, próximo
ao presidente Nicolás Maduro e processado nos Estados Unidos por lavagem de
dinheiro, por prisioneiros americanos no país sul-americano."Nos parece
uma opção muito válida", declarou durante uma coletiva de imprensa Roi
López, porta-voz do movimento Free Alex Saab (Alex Saab Livre, em tradução
livre), ao se referir a uma "troca". "Clamamos por sua liberdade
imediata", expressou. Saab, colombiano nacionalizado venezuelano, foi extraditado para
os Estados Unidos em outubro do ano passado, após ter sido
detido em Cabo Verde, em 12 de junho de 2020. O governo de Maduro descreve o
processo como "ilegal", alegando que o empresário tinha status
"diplomático"."Há uma série de detentos americanos cumprindo
pena aqui na Venezuela, alguns por tentativa de atentar contra a vida do
presidente, outros por crimes econômicos cometidos contra a nação", disse
López. "Se for feita uma troca, excelente, porque traremos de volta nosso
diplomata."Dois americanos detidos na Venezuela foram soltos em março,
após a visita de dois enviados da administração de Joe Biden a Caracas: o
ex-diretor do grupo Citgo Gustavo Cárdenas, condenado por corrupção nessa
subsidiária da estatal petrolífera PDVSA, e o cubano-americano Jorge Alberto Fernández,
preso no início de 2021 na fronteira com a Colômbia e acusado de “terrorismo”. Washington
pede a liberação de Matthew Heath, um ex-membro dos fuzileiros navais preso em
setembro de 2020, que foi rotulado de "espião" e acusado de planos
para atacar instalações petrolíferas e elétricas.Venezuela e Estados Unidos
romperam relações no início de 2019, depois que a Casa Branca não reconheceu
Maduro como presidente, considerando sua reeleição "fraudulenta".Os
membros do movimento Free Alex Saab pediram aos parentes dos americanos presos
na Venezuela que "pressionem"."Todas as opções estão na
mesa", disse Pedro Carvajalino, outro porta-voz. O Estados Unidos
"estão fazendo mais esforços para libertar uma jogadora de basquete na
Rússia do que mais de dez cidadãos americanos que estão na Venezuela",
acrescentou, citando o caso de Brittney Griner, condenada na Rússia a nove anos
de prisão por tráfico de drogas.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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