A agência enfatizou os benefícios das doses de reforço e reiterou que os imunizantes atuais oferecem proteção contra casos graves.
Em meio à discussão sobre a necessidade de uma quarta
dose contra a Covid-19, a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu, nesta quinta-feira (10), um
posicionamento no qual sugere o desenvolvimento de novas vacinas com outras
abordagens tecnológicas. É decisão do Ministério da Saúde incorporar ou não uma
quarta aplicação das vacinas já incorporadas ao PNI (Programa Nacional de
Imunização). "Os reguladores globais incentivam a comunidade
científica internacional e os desenvolvedores de vacinas a procurar abordagens
alternativas às vacinas monovalentes", pontuou a Anvisa, por meio de nota
oficial. "Na visão dos reguladores, as empresas devem explorar a
viabilidade de desenvolver vacinas variantes bivalentes ou multivalentes, para
determinar se elas oferecem vantagens às vacinas monovalentes", destacou. A dose
de reforço ao esquema primário é defendida pela reguladora.
"Está se tornando cada vez mais claro que uma dose de reforço da vacina é
necessária para estender a proteção contra as formas graves da doença."Sem
opinar pela inclusão de uma quarta dose no Brasil, a Anvisa apenas destacou que
as atuais vacinas aprovadas pela agência, na forma de registro ou uso emergencial,
oferecem "proteção considerável contra hospitalização e óbitos causados
pela infecção contra a variante Ômicron."A reguladora pondera que uma
estratégia a longo prazo, como a que prevê aplicações periódicas, é uma
discussão global e que "exigirá coordenação entre os tomadores de decisão
em saúde pública em todos os níveis". Por enquanto, o Ministério da Saúde
descarta a inclusão de uma quarta dose, mas é possível que a
aplicação seja a "dose de 2022" do imunizante. O tema é motivo de
debate na Secovid (Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19) e o
objetivo da pasta, segundo o ministro Marcelo Queiroga, é "garantir que
todas as doses necessárias que sejam recomendadas pelos técnicos sejam
disponibilizadas para a população brasileira". Na contramão, o
governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o estado
implementará a estratégia de mais uma dose, independentemente do
que decidir o Ministério da Saúde, mas que o início das aplicações não seria
imediato. Queiroga avaliou a novidade como mais uma interferência à decisões
que estão no escopo federal, mas disse não temer um movimento coordenado neste
sentido por parte de outros governadores, já que cabe ao governo federal
distribuir novas doses. Na avaliação de Queiroga, a discussão de mais uma
dose é precipitada e é preciso se concentrar em imunizar as pessoas com a dose
de reforço. A cobertura vacinal da terceira dose está em 30% do público apto a
receber os imunizantes.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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