A comemoração no “Telhado do Mundo”,
uma das regiões mais fechadas e politicamente sensíveis do país, ocorreu nesta.
A
China comemorou nesta quinta-feira (19) o 70º aniversário da fundação da Região
Autônoma do Tibete. Cerca de 10 mil pessoas participaram do evento em Lhasa,
capital do chamado “Telhado do Mundo”, noticiou a agência qatari Al Jazeera.
A celebração trouxe também um apelo de Beijing aos tibetanos que reivindicam independência,
para que aceitem o governo do PCC (Partido
Comunista Chinês). “O Tibete só pode se desenvolver e prosperar sob
a liderança do partido e do socialismo”, disse Wang Yang,
que chefia uma organização nacional responsável por unir todas as etnias e
partidos sob a liderança do PCC.
A ocupação chinesa em uma das regiões mais fechadas e politicamente sensíveis
do país começou em 1950, quando as tropas do ELP (Exército de Libertação
Popular) invadiram o Tibete e assumiram o controle em um episódio que se
convencionou chamar de “libertação pacífica”. Na ocasião histórica, a
artilharia esmagou a resistência tibetana, executou os guardas do líder
espiritual e destruiu mosteiros de Lhasa. Diante do cenário de destruição, o
14º Dalai Lama Tenzin Gyatso fugiu para a Índia. Uma transmissão ao
vivo em todo o país da celebração apresentou a celebração ocorrida aos pés do
icônico Palácio de Potala, um local sagrado budista associado aos Dalai Lamas.
As imagens deram destaque a um retrato de quatro andares do presidente Xi Jinping. Culto à
personalidade Nas décadas de 1950 e 1960, os
propagandistas do PCC costumavam exibir extensivamente os retratos de Mao
Tsé-Tung em comícios e celebrações, estimulando o culto à personalidade de seu
grande líder. A maioria dos líderes que sucederam Mao proibiram a prática. Já
sob o governo de Xi Jinping, seus retratos individuais, bem como aqueles em que
o presidente aparece ao lado dos líderes anteriores, foram espalhados no Tibete. Os líderes ateus
do partido em Beijing também não medem esforços para cultivar a lealdade entre
os tibetanos, muitos dos quais são budistas devotos e tradicionalmente veem o
Dalai Lama como seu líder espiritual. Dalai exilado Beijing classifica
Tenzin Gyatso, o atual Dalai Lama em exílio na Índia, como um “separatista
perigoso”. No lugar dele, foi reconhecido o atual Panchen Lama, instituído pelo
partido, como a mais alta figura religiosa do Tibete. Como uma marca do domínio
do partido sobre o budismo tibetano, Wang presenteou o Panchen Lama com uma
placa comemorativa na cerimônia.( Fonte A Referencia noticias Internacional)
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