Crise na Índia deve prolongar
escassez de vacinas, diz chefe do Instituto Serum.
Estimativa de Adar Poonawalla é de
gargalos na distribuição global dos imunizantes contra a Covid-19 até junho.
O
aumento dos contágios e mortes por Covid-19 na
Índia deve prolongar a escassez de vacinas no país até julho,
estimou o chefe do Instituto Serum, Adar Poonawalla, ao britânico “Financial
Times”. De acordo com Poonawalla, só a partir do segundo semestre a
produção de vacinas aumentará de 70 milhões para cerca de 100 milhões de doses
por mês. A Índia vive o pior surto de
contágios pelo coronavírus no mundo e já se aproxima dos 20
milhões de infectados. As autoridades indianas não se prepararam para uma
segunda onda após janeiro, quando os números começaram a diminuir. “Todos
realmente sentiam que a Índia havia começado a virar a maré da pandemia”,
relatou. O país relatou 400 mil novas contaminações neste domingo (2). Várias
cidades estão bloqueadas,
incluindo a capital Nova Délhi. Como não houve pedido, o Instituto Serum avaliou
que não seria necessário produzir mais de um bilhão de doses por ano. O fato de
a Índia, com seus 1,3 bilhão de habitantes, ter inaugurado a vacinação para
todos os adultos fez com que a organização precisasse buscar novas fontes de
suprimentos. Conforme Poonawalla, Nova Délhi encomendou 21
milhões de vacinas do Instituto Serum e não deu indicação de
quando compraria mais. Um adicional de 110 milhões foi solicitado em março,
quando o país entrou em situação de emergência com o segundo surto de
infecções. Até agora, menos de 2% da população indiana recebeu o imunizante e
vários estados relatam não ter vacinas. O instituto, que produz as doses
desenvolvidas pela AstraZeneca com
a Universidade de Oxford, do Reino Unido, já planeja iniciar a produção em
outros países, confirmou Poonawalla. “Completamente incorreto”, refuta Nova
Délhi O governo da Índia negou as afirmações sobre
as vacinas. “Completamente incorreto e não baseado em fatos”, disse o
ministério da Saúde, reportou o diário indiano “India Today”.
Nova Délhi afirma que fez o pagamento adiantado para mais 110 milhões doses da
vacina no dia 28 de abril. As doses deveriam ser entregues entre maio e julho. Em
comunicado, o governo de Narendra Modi também
diz que depositou o valor no mesmo dia que o adicional para a aquisição de 20
milhões de doses do Covaxin, vacina desenvolvida no país. O chefe do Instituto
Serum acusa o primeiro-ministro de priorizar a política interna sobre a crise
de saúde ao permitir comícios eleitorais em massa e a realização do Kumbh Mela,
festival religioso hindu que reuniu milhões de pessoas em 13 de abril, segundo
a BBC.(
Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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