ONU: Agências enviam apoio à RD
Congo após erupção do vulcão Monte Nyiragongo.
O Monte Nyiragongo começou a soltar
lavas no sábado (22) e forçou dezenas de milhares de pessoas a fugir de suas
casas.
Á ONU (Organização das Nações Unidas) informou que pelo
menos 13 pessoas morreram e cerca de 5 mil perderam
suas casas com
a erupção do vulcão Monte Nyiragongo, perto de
Goma, na República Democrática do Congo. O secretário-geral
António Guterres expressou suas profundas condolências às famílias
das vítimas, bem como ao governo e ao povo do país, numa nota
lida pelo seu porta-voz. Stephane Dujarric afirmou que a
ONU está preocupada porque o desastre acontece em um momento de
aumento das necessidades humanitárias na
região, que sofre com a insegurança e a atual crise econômica. A última erupção
do Nyiragongo, um dos vulcões mais ativos e perigosos do mundo, aconteceu
em 2002 deixando mais de 100 mil desabrigados. Após o acidente,
a maioria dos moradores fugiu para a localidade de Sake, na província
congolesa de Kivu do Norte, ou para Ruanda, o país
vizinho. Com a liberação das lavas e a fumaça, a principal linha de
abastecimento de alimentos
para Goma permanece bloqueada. Houve danos às linhas
de energia e ao abastecimento de água, interrompendo os
serviços para cerca de meio milhão de pessoas. A missão de paz
da ONU, Monusco, também está em alerta máximo. Durante a
erupção, a missão organizou vários voos de helicóptero, inclusive com
especialistas em vulcões, para avaliar a trajetória da lava. A Missão
compartilhou informações com as autoridades locais para
orientar a resposta. As correntes de lava
pararam junto de Munigi, cerca de 5 km a nordeste de
Goma. O aeroporto, que fica próximo, foi fechado, dificultando a
movimentação de equipes humanitárias e de funcionários do governo, bem
como o transporte de suprimentos e as evacuações. Cooperação A ONU atua com autoridades locais e dá suporte no
fornecimento de água, abrigo e saúde e ajuda a localizar parentes dos
desalojados. A Missão está pronta para limpar as estradas principais que
levam a Goma assim que possível. A erupção do Monte Nyiragongo
ocorre em um momento de grandes necessidades humanitárias na
província de Kivu do Norte. Cerca de 44% dos 5 milhões dos deslocados internos no
país vivem nesta província. Além disso, 3,2 milhões de pessoas, cerca de
33% da população, já sofrem de insegurança
alimentar grave.No fim de semana, o Unicef (Fundo da ONU para a
Infância) informou que ao menos 150 crianças foram separadas de suas
famílias. A agência teme que mais de 170 crianças estejam
desaparecidas.Mais de 5 mil pessoas cruzaram a fronteira com
Ruanda no sábado, e pelo menos 25 mil precisaram se
deslocar em Sake, 25 km a noroeste de Goma. No entanto, a maioria das pessoas
está voltando lentamente para casa, já que a lava parou de fluir. Também
há preocupação com o retorno de centenas de pessoas a Goma, onde encontrarão
suas casas danificadas e terão que lidar com falta de água e eletricidade.
Dezenas de crianças na área próxima ao aeroporto ficaram desabrigadas e
desamparadas. Pelo menos cinco mortes estão diretamente relacionadas à erupção
em Buhene, Kibatshi e Kibumba. Resposta Uma equipe do Unicef está nas áreas afetadas de
Sake, Buhene, Kibati e Kibumba para fornecer uma resposta de primeira linha,
incluindo a instalação de pontos de água de cloração para limitar a propagação
do cólera. A agência também está instalando dois centros para
crianças desacompanhadas e separadas, em colaboração com as autoridades locais,
e trabalhando com parceiros para encaminhar casos de violência de
gênero e abusos. ( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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