Expectativa de vida do brasileiro sobe para 73,76 anos, informa IBGE
Agência O Globo
A expectativa de vida do brasileiro saltou de 62,52 anos em 1980 para 73,76 anos em 2010, um acréscimo de 11,24 anos, segundo a Tábua de Mortalidade para o Brasil, divulgada hoje pelo IBGE. No entanto, se apenas as mulheres forem consideradas, em 30 anos, o aumento da expectativa de vida foi ainda maior: 11,69 anos, tendo chegado a 77,38 anos. Segundo o IBGE, o maior aumento aconteceu no Rio Grande do Norte, que saltou de 58,19 anos para 74,04 anos. Mas o estado com maior expectativa de vida foi Santa Catarina, com 76,80 anos. E o menor, para ambos os sexos, o Maranhão: 68,69 anos.
No entanto, a maior mudança registrada pelo IBGE foi na Região Nordeste. Em 1980, a esperança de vida ao nascer mais baixa foi registrada lá: 58,25 anos. Trinta anos depois, o indicador chegou a 71,20 anos, um incremento de 12,95 anos, que a fez superar a Região Norte. A Região Sul permaneceu em primeiro lugar.
Além desses dados, o IBGE divulga pela primeira vez a expectativa de vida para aqueles que têm 90 anos ou mais. No Brasil, a expectativa é de 5 anos mais. Nas regiões Sul e Sudeste, a expectativa é um pouco maior que a média brasileira e chega a 5,3 anos. No Centro-Oeste, 5,1 anos. A Região Norte está na média brasileira, com 5,0 anos. E o Nordeste, no entanto, está abaixo, com 4,7 anos.
Grente do IBGE, Francisco Albuquerque lembra que, em 2010, houve queda da mortalidade em todas as faixas etárias. A pesquisa aponta que, no Brasil, em 1980, 16 crianças num grupo de mil tinham a probabilidade de morrer depois de completar um ano e antes de chegar aos 5 anos. Três décadas depois, em 2010, o número caiu para 2,7 crianças. O estudo mostra ainda que 656,2 pessoas, num grupo de mil, dos que completaram 60 anos podiam não completar 80, em 1980. Já em 2010, o número caiu para 446,3 pessoas.
"Os índices mostram, por exemplo, que em Alagoas a probabilidade de uma criança que completou 5 anos não chegar aos 15 anos caiu quase quatro vezes. Esse declínio em todas as faixas, especialmente para os grupos mais vulneráveis, está ligado aos programas de transferência de renda, às campanhas de vacinação e às políticas públicas de assistência para gestantes", diz Albuquerque, lembrando ainda que os dados apontam ser preciso pensar em políticas públicas para os idosos: "A população está envelhecendo. É preciso pensar em políticas públicas para essas faixas etárias".
No Brasil, a taxa de mortalidade infantil (óbitos de menores de um ano) caiu, entre 1980 e 2010, 75,8%. Passou de 69,1 óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos em 1980 para 16, 7 trinta anos mais tarde. A menor taxa, em 2010, foi observada em Santa Catarina: 9,2 óbitos para cada mil nascidos vivos. A pior, em Alagoas. No estado, em 2010, foram registrados 30,2 óbitos para cada mil.
O mesmo comportamento, com Santa Catarina tendo a menor taxa e Alagoas, a maior, foi observado na taxa de mortalidade dos menores de cinco anos. Em 2010, foram encontrados 11,2 óbitos para cada mil nascidos vivos em Santa Catarina. Em Alagoas, a taxa foi de 33,2 óbitos para cada mil nascidos vivos. O estado da Paraíba foi o que apresentou a maior redução entre 1980 e 2010. Em 30 anos, 128,7 crianças menores de cinco anos deixaram de morrer para cada mil nascidos vivos.(fonte Jornal do Comércio)